Wilson Roveri

Saudoso ex-jornalista
Wilson Roveri, jornalista e advogado, faleceu em 16 de junho de 2004, aos 75 anos. O cronista era casado com Emília Martinez Roveri, e deixou três filhos - Emilson, Lisete e Liane - e três netos: Thiago, Pietro e Lívia. A causa de sua morte foi um infarto agudo, sofrido em sua residência, no Jardim Paulista.
Confira matéria sobre Wilson Roveri
CARREIRA - Roveri chegou em Ribeirão Preto na década de 50, vindo de Catanduva. Fez carreira no rádio, no qual era dos profissionais mais respeitados da história da cidade.
Seu último trabalho foi na rádio Globo/79, a qual deixou a cerca de dois meses.
Além disso, escreveu para praticamente todos os jornais do município. Atualmente, assinava uma coluna diária no Tribuna e outra semanal no A Cidade. Seu último texto, publicado hoje e intitulado "Doce de leite com saudade", começa com a frase "a realidade é dura e tem que ser encarada assim mesmo".
Ex-presidente da Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos de Ribeirão Preto (ACLE), Roveri foi o criador, na década de 50, da Chuteira de Ouro, que até hoje premia os melhores jogadores da dupla Come-Fogo na temporada.
Fora do esporte, o também advogado Wilson Roveri trabalhou por muitos anos na Câmara Municipal, onde seu trabalho mais recente foi chefiar a Assessoria de Imprensa.
Durante a vida, publicou sete livros: O amigo do Rei, O amigo do João, De Sócrates a Sócrates, Filosofia do Boteco, Rádio Bom Demais, Rio Abaixo e Rotary Sim.
Atualmente, preparava uma obra sobre os amigos e colegas com os quais trabalhou na imprensa ribeirão-pretana.
Rádio mais silencioso...
Na escalação do time do céu o rádio ficou mais forte, enquanto na terra se torna mais silencioso... Morreu Wilson Roveri, advogado, mas muito mais jornalista e essencialmente radialista.
Parece incrível a premonição daquele que fez da palavra o seu instrumento diário de trabalho, ao longo de décadas. Ao escrever, ontem, a sua última coluna para o jornal Tribuna, que circula hoje, Roveri a intitulou de "Doce de leite com saudade" e abriu-a afirmando que "a realidade é dura e tem que ser encarada assim mesmo".
Verdade absoluta. O que parece um pesadelo é a dura realidade da perda. Nos corredores das rádios de Ribeirão Preto, onde dedicou sua vida, já se pode ouvir o som do silêncio.
O coração do explosivo Roveri não resistiu e levou-lhe a vida, deixando um vazio em todos nós. Ele continuará tendo voz na mesa redonda do céu, para defender, com a empolgação de sempre, seus conceitos e valores, mas para nós e para o rádio deste interior, de Catanduva para o mundo, estamos todos mais silenciosos.
Roveri partiu para a última jornada, vitoriosa, como toda a sua vida. Wilson ToniAbaixo, mais um texto sobre o grande jornalista Wilson Roveri
Adeus ao amigo - Marcio Javaroni
Nesses meus - poucos - anos de jornalismo, nunca publiquei nenhum artigo ou qualquer outro tipo de opinião pessoal. Sempre achei ser isso função de comentarista, não de repórter. Hoje, pela primeira vez, abro uma exceção. Faça isso para me despedir não apenas de um colega, mas de um verdadeiro pai: Wilson Roveri, aquele que me levou e guiou no mundo da crônica esportiva.
Recordo bem do dia que o velho Roveri, um ídolo quase "inatingível" para um garoto que não desgrudava do radinho de pilha durante a infância, deu-me a honra de ler minhas mal escritas linhas sobre a história da dupla Come-Fogo. Isso aconteceu no estúdio da Rádio Clube, em 2000. Nascia ali uma sincera amizade. A partir de então, sempre procurei me inspirar no Armando Nogueira de Ribeirão Preto, como se orgulhava de ser comparado.
Hoje, Roveri não está mais entre nós. Foi se juntar a César Bruno, Indalécio Carvalho, Marco Antonio Mattos, Felício Papa e outras feras, que nos inspiram lá do Alto. Mas deixa seus pupilos cá na Terra. Pode deixar doutor, como sempre te prometi, a história, da qual agora o senhor ocupa lugar de destaque, continuará sendo escrita. Porém, o charme do texto nunca mais será o mesmo.
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