Wilson Quiqueto

Ex-goleiro da Ponte Preta e do Santos
por Rogério Micheletti
 
Depois de viver na Arábia Saudita por mais de 18 anos, o ex-goleiro Wilson Quiqueto voltou a morar no Brasil. Em 2004, voltou a trabalhar em um time brasileiro.

"Fui preparador de goleiros do Vasco da Gama. Recebi o convite do Geninho (técnico) e aceitei", conta Wilson, que tem residência fixa na Ponta da Praia, em Santos. Wilson seguiu trabalhando ao lado de Geninho. Esteve com ele no Goiás e assinou contrato com o Sport Recife em 2007.

Wilson nasceu em Jundiaí (SP) e começou a trajetória no futebol nas categorias de base da Ponte Preta, em 66. "Na época, eu jogava no juvenil ao lado do Nelsinho (Nelsinho Baptista), Samuel (atuou no São Paulo e Palmeiras), Dicá, entre outros. Nós fomos bicampeões (em 66 e 67), mas só ganhamos oportunidade três anos depois!, lembra.

Segundo Wilson, a diretoria da Macaca resolveu apostar em jovens valores após o insucesso em 1968. "Eles contrataram vários jogadores experientes: o Virgilio, o Paulo Leão, o Chicão (ex-goleiro do Palmeiras). Como o time não conseguiu subir, eles resolveram dar chance aos jogadores criados em casa. O Cilinho e o Zé Duarte (treinadores) deram muita força?, diz.

Além de Wilson Quiqueto, a Ponte Preta revelou outros bons arqueiros nos anos 70. Os principais foram Waldir Peres, Moacir Cachorrão e Carlos. Na opinião de Wilson, Cilinho e Zé Duarte foram muito importantes para que talentosos goleiros surgissem no Moisés Lucarelli. "Não havia preparador de goleiros. O próprio técnico ficava responsável pela preparação dos goleiros. E o Cilinho e o Zé Duarte exigiam muito?, conta Wilson.

A equipe ponte-pretana da qual ele fez parte e subiu para a elite do futebol paulista, o ex-goleiro não se esquece. "Era eu, Nelsinho, Samuel, Henrique (ou Araújo) e Luizinho (ou Santos); Teodoro, Roberto Santos e Dica; Alan, Manfrini e Adilson. O meu reserva era o Waldir Peres?, recorda.

Com a contusão de Cláudio, em 72, o Santos procurava mais um goleiro para se juntar ao bom argentino Cejas. Foi então que Wilson Quiqueto se transferiu para o time da Vila Belmiro. "A Ponte Preta recebeu propostas também do Atlético Mineiro e do Grêmio. Preferi ir para o Santos. Queria jogar ao lado de Pelé?, fala Wilson, que permaneceu no alvinegro praiano até 1978.
 
Em 1978, ele foi defender o Dom Bosco (MT) no Brasileirão. Na época, o time de Cuiabá também contratou outros jogadores experientes e muito conhecidos do público paulista, como o zagueiro Roberto Dias (ex-São Paulo) e o atacante Adílson (ex-Santos).

No ano seguinte, Wilson retornou ao futebol paulista, dessa vez para defender a Internacional de Limeira, seu último clube. "Encerrei minha carreira por causa de uma contusão na coluna causada em um jogo contra o Santos, na Vila. Eu fiquei dois anos em tratamento e resolvi parar?, revela.

Professor de Educação Física formado, Wilson Quiqueto passou a trabalhar como preparador de goleiros no Santos no começo dos anos 80. Com o técnico Castilho, em 84, ele ajudou o Santos a ser campeão paulista.

No ano seguinte, Castilho recebeu o convite para trabalhar na seleção da Arábia Saudita e não se esqueceu de Wilson Quiqueto. "Foi uma experiência marcante. Eu não tive muitos problemas para a adaptação. Os árabes gostam muito dos brasileiros, principalmente os príncipes. Falar até que é fácil. O problema é ler e escrever?, fala Wilson, que ganhou, como preparador de goleiros, vários títulos: campeão árabe, tricampeão asiático e campeão do Golfo.

A boa lembrança da Arábia foi ter comandado o goleiro Muhamad Daeya, eleito o melhor do século na Ásia. "Era realmente um grande goleiro. Tanto que até o Atlético Mineiro quis contratá-lo uma vez?, comenta Wilson, que é casado e pai de dois filhos.

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