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Waldemar de Brito

Ex-atacante do São Paulo, Flamengo e Palmeiras e descobridor de Pelé
por Marcelo Rozenberg
 
Waldemar de Brito, nascido em São Paulo em 17 de maio de 1913 e falecido em 21 de fevereiro de 1979, foi um personagem importante do futebol brasileiro. Não apenas pelo grande atacante que marcou época no São Paulo da Floresta, São Paulo Futebol Cube, San Lorenzo da Argentina, Portuguesa, Portuguesa Santista, Palmeiras, Flamengo, Botafogo e Seleção Brasileira, como também pelo seu talento como treinador e descobridor de talentos. Em 1954, quando dirigia o Bauru Atlético Clube (Baquinho), viu Pelé correr atrás da bola e se impressionou com a capacidade do menino, então chamado de gasolina. Dois anos depois, o levou para o Santos. Por conta disso, passou para a história como descobridor do "rei".
 
A história é contada a partir do momento em que Waldemar foi contratado pelo Baquinho para formar uma equipe infanto-juvenil. E viu Pelé começar a brilhar e a atrair multidões para os jogos realizados em Bauru. Em um deles, o futuro astro marcou sete dos 12 gols da vitória de seu time sobre o Flamenguinho por 12 a 1. Recebeu imediatamente proposta do Noroeste, mas o destino o levou para a Baixada Santista.
 
Ironicamente, Waldemar teve que dobrar dona Celeste, mãe de Pelé, para levá-lo a Santos. E no dia 08 de agosto de 1956, o treinador apresentou o então menino magro e franzino na Vila Belmiro. "Vai ser o maior do mundo", sentenciou ao presidente do Peixe Athiê Jorge Cury.
 
Como jogador, Waldemar foi artilheiro do Campeonato Paulista de 1933 pelo São Paulo da Floresta com 21 gols. No São Paulo, segundo o Almanaque do São Paulo de Alexandre da Costa, fez 35 jogos entre 1941 e 1943 com 19 vitórias, 10 empates, seis derrotas e 29 gols marcados, tendo conquistado o título paulista de 1943.
No Flamengo, o ex-atacante permaneceu entre 1937 e 1939 segundo o Almanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins. Disputou 59 jogos com 34 vitórias, sete empates, 18 derrotas e 35 gols marcados.
 
Também teve passagem pelo Palmeiras no final da carreira, entre 1945 e 1946. No Parque Antártica, segundo o Almanaque do Palmeiras de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti, atuou em 15 jogos com nove vitórias, quatro empates, duas derrotas e nove gols marcados.
O livro "Seleção Brasileira ? 90 Anos?, de Antônio Carlos Napoleão e Roberto Assaf, informa que Waldemar vestiu a camisa do Brasil em 17 ocasiões no ano de 1934 com oito vitórias, cinco empates, quatro derrotas e 20 gols marcados. Participou, inclusive, da fracassada campanha da Copa do Mundo daquele ano.
 
ABAIXO, PARTICIPAÇÃO DE PEPE, ZITO, PAGÃO, O TREINADOR LULA E WALDEMAR DE VRITO (DESCOBRIDOR DE PELÉ) NO FILME "O REI PELÉ", DE 1962. PELÉ FOI INTERPRETADO POR UM ATOR

Da esquerda para a direita, Feitiço, Petronilho de Brito (o quarto), Waldemar de Brito e Fiori Gigliotii (o sétimo). Foto enviada por Benedito Vital Luvizotto

Da esquerda para a direita, Feitiço, Petronilho de Brito (o quarto), Waldemar de Brito e Fiori Gigliotii (o sétimo). Foto enviada por Benedito Vital Luvizotto


Da esquerda para a direita, Gatão, Feitiço, Araken Patuska (o quarto), Petronilho de Brito e Waldemar de Brito. Foto enviada por Benedito Vital Luvizotto

Da esquerda para a direita, Gatão, Feitiço, Araken Patuska (o quarto), Petronilho de Brito e Waldemar de Brito. Foto enviada por Benedito Vital Luvizotto


Da esquerda para a direita, Araken Patuska (o segundo), Petronilho  de Brito (o terceiro), Waldemar de Brito (o quarto) e Fiori Gigliotti (o sexto), em 1976. Foto enviada por Benedito Vital Luvizotto

Da esquerda para a direita, Araken Patuska (o segundo), Petronilho de Brito (o terceiro), Waldemar de Brito (o quarto) e Fiori Gigliotti (o sexto), em 1976. Foto enviada por Benedito Vital Luvizotto


Homenagem feita pela Prefeitura de Cerquilho. Da esquerda para a direita, Gatão, Waldemar de Brito, Petronilho de Brito, Araken Patuska e Feitiço. Foto enviada por Benedito Vital Luvizotto

Homenagem feita pela Prefeitura de Cerquilho. Da esquerda para a direita, Gatão, Waldemar de Brito, Petronilho de Brito, Araken Patuska e Feitiço. Foto enviada por Benedito Vital Luvizotto


Da esquerda para a direita, Gatão, Waldemar de Brito, Petronilho de Brito, Araken Patuska e Feitiço. Foto enviada por Benedito Vital Luvizotto

Da esquerda para a direita, Gatão, Waldemar de Brito, Petronilho de Brito, Araken Patuska e Feitiço. Foto enviada por Benedito Vital Luvizotto


Da esquerda para a direita: Pipi, Magnones e Waldemar de Brito (o descobridor de Pelé)

Da esquerda para a direita: Pipi, Magnones e Waldemar de Brito (o descobridor de Pelé)


Que emocionante ver Pelé tão novinho. Nesta imagem, o futuro rei do futebol, com no máximo 14 anos, está sentado com seus companheiros de Baquinho de Bauru. No canto direito da foto, vemos Waldemar de Brito, grande centroavante de São Paulo e Flamengo nas décadas de 1930 e 1940, dando a famosa preleção aos craques. Waldemar, na época, era coordenador das equipes de base do Baquinho e ficou tão encantado com Pelé que, em 1956, o levou para o Santos. Por conta disso, ficou conhecido como seu descobridor

Que emocionante ver Pelé tão novinho. Nesta imagem, o futuro rei do futebol, com no máximo 14 anos, está sentado com seus companheiros de Baquinho de Bauru. No canto direito da foto, vemos Waldemar de Brito, grande centroavante de São Paulo e Flamengo nas décadas de 1930 e 1940, dando a famosa preleção aos craques. Waldemar, na época, era coordenador das equipes de base do Baquinho e ficou tão encantado com Pelé que, em 1956, o levou para o Santos. Por conta disso, ficou conhecido como seu descobridor


Que recordação fantástica de um momento mágico do Palmeiras. Esta página do jornal

Que recordação fantástica de um momento mágico do Palmeiras. Esta página do jornal "A Gazeta Esportiva" de 19 de março de 1945 mostra que os cartolas do Parque Antártica se mexeram para contratar reforços e lutar para manter o time à altura do grupo do ano anterior, que havia conquistado o Campeonato Paulista. Vemos aqui os quatro novos jogadores que haviam acabado de chegar ao clube. Em pé, Túlio, ex-Jabaquara, e Waldemar de Brito, em final de carreira e que estava na Portuguesa; agachados Mantovani, ex-Comercial de São Paulo, e Oswaldinho, ex-Juventus. Mesmo com tanta gente boa, o título do Paulistão de 1945 foi conquistado pelo São Paulo


Waldemar de Brito foi artilheiro no São Paulo da Floresta e no São Paulo Futebol Clube. Foto: aqruivo do São Paulo

Waldemar de Brito foi artilheiro no São Paulo da Floresta e no São Paulo Futebol Clube. Foto: aqruivo do São Paulo


São Paulo em 1942, apenas sete anos após a fundação do clube. A base deste time conquistou cinco títulos paulistas na década, provocando um crescimento enorme da torcida tricolor. Em pé vemos Luizinho, Leônidas, King, Virgílio, Silva e Noronha; agachados estão Piolim, Waldemar de Brito, Lola, Remo e Pardal

São Paulo em 1942, apenas sete anos após a fundação do clube. A base deste time conquistou cinco títulos paulistas na década, provocando um crescimento enorme da torcida tricolor. Em pé vemos Luizinho, Leônidas, King, Virgílio, Silva e Noronha; agachados estão Piolim, Waldemar de Brito, Lola, Remo e Pardal


Dois momentos de Waldemar de Brito

Dois momentos de Waldemar de Brito


Pelo Palmeiras, clube que defendeu entre 1945 e 1945. Foto: Divulgação

Pelo Palmeiras, clube que defendeu entre 1945 e 1945. Foto: Divulgação


Nos anos 70. Foto: UOL

Nos anos 70. Foto: UOL


Waldemar de Brito falando ao telefone. Foto: ASSOPHIS (Associação dos Pesquisadores e Historiadores do Santos FC)

Waldemar de Brito falando ao telefone. Foto: ASSOPHIS (Associação dos Pesquisadores e Historiadores do Santos FC)


Em 1942, um dos primeiros jogos de Leônidas no São Paulo. Em pé, da esquerda para a direita, Fiorotti, Luisinho, Virgílio, Silva, Florindo, Lola e Zaclis. Agachados, da esquerda para a direita, Doutor, Waldemar de Brito, Leônidas da Silva, Teixeirinha e Pardal.

Em 1942, um dos primeiros jogos de Leônidas no São Paulo. Em pé, da esquerda para a direita, Fiorotti, Luisinho, Virgílio, Silva, Florindo, Lola e Zaclis. Agachados, da esquerda para a direita, Doutor, Waldemar de Brito, Leônidas da Silva, Teixeirinha e Pardal.


Em 1942, um dos primeiros jogos de Leônidas no São Paulo. Em pé, da esquerda para a direita, Fiorotti, Luisinho, Virgílio, Silva, Florindo, Lola e Zaclis. Agachados, da esquerda para a direita, Doutor, Waldemar de Brito, Leônidas da Silva, Teixeirinha e Pardal.

Em 1942, um dos primeiros jogos de Leônidas no São Paulo. Em pé, da esquerda para a direita, Fiorotti, Luisinho, Virgílio, Silva, Florindo, Lola e Zaclis. Agachados, da esquerda para a direita, Doutor, Waldemar de Brito, Leônidas da Silva, Teixeirinha e Pardal.


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Como jogador, Waldemar foi artilheiro do Campeonato Paulista de 1933 pelo São Paulo da Floresta com 21 gols. No São Paulo, segundo o Almanaque do São Paulo de Alexandre da Costa, fez 35 jogos entre 1941 e 1943 com 19 vitórias, 10 empates, seis derrotas e 29 gols marcados, tendo conquistado o título paulista de 1943.

No Flamengo, o ex-atacante permaneceu entre 1937 e 1939 segundo o Almanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins. Disputou 59 jogos com 34 vitórias, sete empates, 18 derrotas e 35 gols marcados.

Também teve passagem pelo Palmeiras no final da carreira, entre 1945 e 1946. No Parque Antártica, segundo o Almanaque do Palmeiras de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti, atuou em 15 jogos com nove vitórias, quatro empates, duas derrotas e nove gols marcados.

O livro "Seleção Brasileira ? 90 Anos?, de Antônio Carlos Napoleão e Roberto Assaf, informa que Waldemar vestiu a camisa do Brasil em 17 ocasiões no ano de 1934 com oito vitórias, cinco empates, quatro derrotas e 20 gols marcados. Participou, inclusive, da fracassada campanha da Copa do Mundo daquele ano.

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