Valmir

Ex-zagueiro do Corinthians
por Diogo Miloni

Valmir de Freitas, mais conhecido apenas como Valmir, foi zagueiro do Corinthians por mais de uma década, sempre mostrando grande espírito de fidelidade e amor à camisa alvinegra.
 
O ex-atleta do Alvinegro morreu em 24 de novembro de 2014, aos 81 anos, na cidade de São Paulo.

Depois de encerrar sua carreira foi gerente na pizzaria Camelo, na rua Pamplona, região nobre de São Paulo, por 22 anos. Ele residia no bairro do Planalto Paulista.
 
Natural de Porto Alegre, capital gaúcha, o beque nasceu em 1º de outubro de 1933 e chegou ao Timão em 1954, antes do time conquistar o Torneio do IV Centenário. Por curiosidade, Valmir atuou ao lado de outro defensor do Sul do País: Oreco, que seria seu grande companheiro de zaga.
 
Em 1964, deixou o Corinthians na incômoda situação de uma década sem conquistar nenhum campeonato, tabu que só seria quebrado em 1977. Nos dois anos seguintes passou pela Portuguesa Santista e pela Ponte Preta, onde encerrou sua carreira, em 1968.
 
Era casado com Armantina Farina de Freitas. O casal teve duas filhas e um filho: Denise (administradora), Fábio (vendedor) e Ivelise (assistente administrativa); e cinco netos (Mayara, Bárbara, Amanda, Murilo e Thaís).
 
No dia 29 de novembro de 2014, a "Folha de S.Paulo" publicou na coluna "Obituário" um resumo da história de Valmir de Freitas

Valmir de Freitas (1933-2014) - Defendeu o Timão em 315 jogos

DE SÃO PAULO

 Foi num jogo de várzea na capital paulista que o gaúcho Valmir de Freitas, então com 18 anos, foi descoberto por um olheiro do Corinthians.

Apesar de dominar bem a bola desde pequeno e de ter treinado no Grêmio quando ainda morava em Porto Alegre, precisou deixar os gramados e trabalhar para ajudar a família quando todos se mudaram para São Paulo.

No Timão, tornou-se um marcante zagueiro nas décadas de 1950 e 1960 —e que nunca recebeu cartão vermelho. Recordava-se com orgulho da conquista da Taça dos Invictos de 1957, quando o clube disputou 35 partidas consecutivas sem ser derrotado.

Entrou em campo pelo Corinthians em 315 jogos, segundo o livro "Almanaque do Timão", de Celso Unzelte.

Valmir deixou o Parque São Jorge para defender a Portuguesa Santista e, depois, a Ponte Preta, onde se aposentou no final dos anos 1960.

Após pendurar as chuteiras, trabalhou por cerca de duas décadas como gerente da tradicional pizzaria Camelo, nos Jardins, bairro nobre da zona oeste paulistana.

Não deixava, porém, de disputar jogos com outros veteranos e ainda dividia o amor pela camisa alvinegra com a do tricolor gaúcho.

Fez questão de acompanhar o esporte até o final da vida, mas considerava as partidas de antigamente muito mais bonitas. Os atletas tinham mais garra e jogavam por amor à camisa, e não apenas por dinheiro, dizia.

Há quatro meses, foi diagnosticado com câncer na bexiga. Morreu na segunda-feira (24), aos 81 anos. Deixa Armantina, com quem foi casado durante 56 anos, além de três filhos e cinco netos.
 
Foto: Acervo pessoal
 
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Pelo Corinthans:

Atuou em 315 jogos, marcou um gol a favor e dois contra.

Fonte: Almanaque do Timão, de Celson Unzelte

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