Toninho, o Antonio de Pádua Bianchini, ex-ponta-esquerda da A.A. Areadense, A.A. Montebelense, Barra Mansa-RJ e de outras equipes do Sul de Minas, entre os anos de 50, 60 e 70, morreu no dia 11 de maio de 2023. Ele era aposentado como funcionário da Caixa Econômica de Minas Gerias e morava onde nasceu, em Areado-MG, a terra do pai de Milton Neves. Tempos antes de sua morte, em razão de problemas de saúde, passou por uma delicada cirurgia para amputação de sua perna direita, mas recuperou-se bem, vencendo este desafio com galhardia.
Toninho, um inesquecível ponta-esquerda que chutava mais forte do que Nelinho, Pepe, Jair Rosa Pinto e Éder, recusou propostas do Botafogo e do Fluminense, em 1959, porque seus pais achavam o Rio "longe demais e muito perigoso para um menino", e porque "futebol não é coisa séria e não dá em nada".
À época, tendo parentes em Barra Mansa-RJ, Toninho Bianchini fez vários jogos pelo time da cidade, encantou olheiros do Flu e do Botafogo, mas acabou voltando para Areado. Lá, fez perto de 500 gols jogando contra e a favor de times como Cruz Preta de Alfenas, Alfenense, Montebelense, Caldense, Esportiva de Guaxupé, Passense, Areadense, Pouso Alegre, Flamengo de Varginha, Muzambinho EC e etc.
Nos "clássicos" entre Bandeirantes de Muzambinho e Areadense, ficaram famosos os duelos entre o técnico ponta Toninho Bianchini e o atropelante "Camila", o Antonio Januário, "bíblico" lateral-direito do futebol de Muzambinho, com rápida passagem pelo Bonsucesso, no Rio.
Lá, Camila, o algoz de Toninho, disputou um tempo no Maracanã, em uma preliminar de Botafogo e América, jogando pelo "Bonsuça" contra o Canto do Rio pelo campeonato carioca de aspirantes de 1961.
Nas fotos veja Toninho ontem e em 21 de dezembro de 2008, na Fazenda do Ipê de Guaxupé-MG, quando visitou o "fazendeiro" Milton Neves ao lado de seu velho companheiro Zé Neto, ex-goleiro, e de um de seus cinco netos.
Toninho era também pai de cinco filhos, "todos vivendo no ar".
Um deles é piloto em Dubai, no Oriente Médio, e os outros filhos e filhas são comissários de bordo no Brasil, da Gol e da TAM.
