Toni

Ex-Corinthians, Taubaté e Juventus

Toni, o Antônio Radaik, oriundo das equipes do Clube Atlético e Recreativo Maria Zélia, grande celeiro de craques, onde começou desde o infantil, ainda bem novo chegou ao seu time principal. Seu notável futebol ganhou logo destaque e em 1958, com 17 anos, ingressou no juvenil do Sport Club Corinthians Paulista. Assim que se apresentou e treinou, logo foi inscrito para disputar o Campeonato Paulista da categoria.
Em 1959, como capitão da equipe, sagrou-se Campeão Paulista, fato marcante, guarda, inclusive, com carinho, a medalha conquistada. Foi um título de muito destaque naquele ano, evitou que o Palmeiras fosse absoluto no futebol paulista, só no juvenil o Palmeiras não conquistou o título, nas demais categorias sagrou-se campeão infantil, aspirante e profissional, este naquele célebre Super-Campeonato com o Santos. José Castelli, o saudoso e conhecido Rato, foi técnico do juvenil corintiano que impediu que o Palmeiras fosse campeão paulista em todas as categorias naquele ano.
Em 1960 serviu o Exército e passou a ser muito bem observado pelo Major Maurício Cardoso, profundo conhecedor de futebol que teve bons momentos no Palmeiras e fez tudo para levá-lo para o Parque Antártica. Toni, porém, não quis trocar de Parque. Em 1961, ele assinou seu primeiro contrato profissional com o Corinthians. Foi campeão da Taça São Paulo de 1962, que era um torneio de profissionais. O Corinthians derrotou um Santos, desfalcado de vários atletas (entre eles Pelé), na final. O Nei, pai do jogador Dinei (tricampeão brasileiro pelo Corinthians), foi o destaque daqueles jogos contra o Santos.
Em 1963, Toni fez parte nas excursões pela Colômbia e Uruguai. No estádio El Campim, em Bogotá, o Corinthains venceu os dois jogos contra o Santo Fé e perdeu para o Millionários. Em Montevidéu, Toni ficou na reserva, quando o Corinthians enfrentou a Seleção Uruguaia.
Trabalhou também com o técnico Paulo Amaral e ficou no banco em jogos importantes do Rio-São Paulo/Roberto Gomes Pedrosa, em 1963 e 1964, contra o Santos e Palmeiras, inclusive.


Como todo craque, não gostava da reserva. E sempre demonstrou isso, tendo sido, inclusive, emprestado ao Taubaté, onde teve curta permanência. Logo retornou, mas acabou não ficando no Corinthians. Em 1965, foi para o Juventus. Assim que treinou pela primeira vez Silvio Pirilo, de imediato, aprovou sua contratação. Ele tinha uma categoria impressionante, quarto-zagueiro dos clássicos, sabia mesmo jogar. Era dono de um futebol bonito, vistoso, de muita categoria.
Na primeira rodada do Campeonato Paulista, quando o Juventus enfrentou o Palmeiras no Parque Antártica, contundiu-se num treino e não pode atuar. Quando o Juventus enfrentaria o São Paulo, treinou toda semana na equipe titular, porém, na revisão médica, ao ser examinado onde sofrera contusão e fora submetido a tratamento, voltou a sentir dores e não pode atuar. Seriam duas grandes chances para poder mostrar seu futebol frente times grandes. Infelizmente, porém, não deu certo de atuar.
Acabou se desgostando, desiludido com o futebol, novo ainda, menos de 25 anos. Toni, que nasceu no dia 4 de maio de 1941, resolveu não mais continuar jogando, encerrando prematuramente uma carreira que poderia ser brilhante, era de uma invejável categoria. Segundo números do "Almanaque do Corinthians", de Celso Unzelte, Toni fez oito jogos pelo alvinegro do Parque: seis vitórias, um empate e apenas uma derrota.
No trato com a bola, ele podia ser comparado, pode se dizer tranquilamente, ao extraordinário Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol. Toni sabia realmente como tratar a redonda.
Do futebol para a GM
Desistindo do futebol, Toni ingressou na empresa General Motors do Brasil, onde trabalhou até se aposentar. Extraordinário caráter e exemplar chefe de família, o ex-zagueiro e lateral é feliz e muito estimado pelos familiares e amigos, entre estes, figura inesquecível e sempre muito bem lembrada, principalmente, então, quando o assunto é futebol , comentários sobre craques da bola.
Casado e muito bem com dona Marly Dellaversan Radaik, Toni é pai de três filhos: Paulo Henrique (engenheiro agrônomo, casado com Andrei e pai de Felipe, Nelson, Nicoli e Laura), Carlos Eduardo (engenheiro civil, casado com Simone) e Leonardo Antonio (sociólogo, casado com Elisa).
Toni, um grande craque, jogador de muita categoria, só atribuindo ao destino mesmo, não ter brilhado como deveria no futebol. Categoria, para se tornar um grande ídolo no esporte das multidões, tinha e muita, sem qualquer sombra de dúvida.

por Pedro Luiz Boscato/grande historiador e colaborador da seção "Que Fim Levou??

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Segundo números do "Almanaque do Corinthians", de Celso Unzelte, Toni fez oito jogos pelo alvinegro do Parque: seis vitórias, um empate e apenas uma derrota.

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