Taffarel

Ex-goleiro do Inter, Atlético Mineiro e Seleção Brasileira
por Rogério Micheletti

Vencedor, dono de ótimo reflexo e excelente para pegar pênaltis.
 
Assim, Cláudio André Mergen Taffarel, o Taffarel, natural da cidade gaúcha de Santa Rosa, onde nasceu em 08 de maio de 1966, entrou para a história do futebol brasileiro como um dos nossos melhores goleiros em todos os tempos.

Em 2009, ele foi eleito o 10º melhor goleiro da história do futebol desde 87 pela Federação Internacional de História e Estatística. 
 
No dia 23 de julho de 2014, foi anunciado como preparador de goleiros da Seleção Brasileira, passando a integrar a comissão técnica formada pelo treinador Dunga. E Taffarel seguiu no cargo mesmo após a chegada de Tite ao escrete canarinho. Paralelamente ao trabalho na seleção, em 30 de novembro de 2021, foi contratado para ser o preparador de goleiros do Liverpool.
 
A carreira de Taffarel não se resume apenas na conquista da Copa do Mundo de 1994 pela seleção brasileira. Ele começou a chamar a atenção ainda nos tempos de Beira-Rio.

Nascido em Santa Rosa (RS) no dia 8 de maio de 1966, Taffarel começou a carreira nas categorias de base do Internacional. Foi promovido ao time principal no mesmo tempo em que o clube gaúcho negociava Gilmar Rinaldi para o São Paulo, em 1985.

Ficou no Beira-Rio até 1990. Durante esses cinco anos, Taffarel esbanjou talento com a camisa que um dia tinha sido de Manga. As convocações para a seleção brasileira se tornaram frequentes. Taffarel não só fez parte da seleção medalha de prata nas olimpíadas de Seul, em 1988, como foi um dos melhores jogadores daquele time, então comandado por Carlos Alberto Silva.

As atuações dele contra o Alemanha, nas semifinais dos jogos olímpicos, fizeram com que Taffarel provasse que também era um grande pegador de penalidades. Naquele jogo, o arqueiro gaúcho defendeu dois.

Antes de ser campeão da Copa dos Estados Unidos, em 94, quando saiu como herói após a vitória brasileira sobre a Itália, nos pênaltis, na grande final, Taffarel defendeu o Brasil na Copa da Itália de 1990.

Deixou o Internacional em 1990 para defender o Parma, da Itália, algo raro para um goleiro. À época, era muito difícil um arqueiro brasileiro defender equipes estrangeiras, principalmente européias.

Tafarel ficou no Parma de 90 a 93 e depois jogou no Reggina, também da Itália, de 93 a 94. Retornou ao futebol brasileiro em 1995 para jogar no Atlético Mineiro, clube na qual defendeu até 1998. Foi para o Galatasaray, ainda em 98, onde permaneceu até 2001 e depois retornou ao Parma, onde permaneceu até 2003.
 
Em 20 de maio de 2010 foi anunciado pela CBF como observador, na Copa da África do Sul. Ele vai acompanhar os jogos das seleções com o objetivo de informar a comissão técnica brasileira.

No primeiro semestre de 2011, Taffarel voltou a morar em Istambul, na Turquia, onde assumiu o cargo de treinador de goleiros no Galatasaray, penúltima equipe que defendeu.

ATRAPALHANDO A FESTA DE ZICO

Com grande atuação, Taffarel impediu que Zico marcasse um gol em sua despedida do Flamengo, no Maracanã. Taffarel, que defendia a equipe dos amigos do Galinho, evitou o gol do meia rubro-negro. A defesa talvez tenha sido uma das maiores da carreira do goleiro.

BRILHANDO EM 1998
 
O Brasil não foi campeão da Copa do Mundo de 1998, mas Taffarel seguiu brilhando. Ele foi o herói da equipe comandada por Zagallo na fase semifinal. A seleção brasileira, depois de empate por 1 a 1 no tempo normal, eliminou a Holanda nos pênaltis.

MOMENTO DIFÍCIL

A condição de titular absoluto da seleção brasileiro chegou a ser questionada em 1993, quando Taffarel não vivia uma boa fase. As falhas no jogo contra a Bolívia do meia Etcheverry, em La Paz, fizeram com as pressões sobre Taffarel aumentassem. No entanto, um ano depois, o goleiro mostrou que tinha mesmo condições de continuar com a camisa 1 da seleção.
 
VEJA DEFESA ESPETACULAR DE TAFFAREL QUANDO DEFENDIA O GALATASARAY DA TURQUIA NA FINAL DA COPA DA UEFA DE 2000 CONTRA O ARSENAL DA INGLATERRA:
 
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Pela Seleção Brasileira:

Atuou em 108 jogos, sendo 64 vitórias, 30 empates e 13 derrotas. Sofreu 73 gols.

Títulos: Torneio Bicentenário de Independência da Austrália (1988), Copa América (1989 e 1997) e Copa do Mundo (1994).

Fonte: Seleção Brasileira - 90 Anos - 1914 - 2004
Autores: Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.

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