Ricardo Moraes

Ex-centroavante do Corinthians e Novorizontino
por Rogério Micheletti
Quando ele surgiu no time profissional corintiano, em 1983, alguns chegaram a apontá-lo como o sucessor de Casagrande. Promissor e oportunista, Ricardo, o Ricardo Moraes, não conseguiu fazer tanto sucesso quanto o centroavante roqueiro, hoje comentarista esportivo. Foi emprestado para alguns times, e seu melhor momento com a camisa do alvinegro foi no Paulistão de 1986, quando marcou três gols na vitória corintiana sobre o Guarani por 4 a 0, no Pacaembu.
Paulistano, Ricardo nasceu no dia 3 de julho de 1964 e deu seus primeiros chutes nas categorias de base do São Paulo Futebol Clube, onde ficou de 1980 até 1982.
Deixou o Tricolor paulista para defender o time juvenil do Corinthians em 1983. Não demorou muito para que ele ganhasse oportunidades na equipe principal, que tinha como técnico Jorge Vieira. Ricardo atuou em três partidas na campanha do bicampeonato paulista.
Portanto, foi campeão estadual no time democrático. No ano seguinte, Ricardo fez parte da equipe corintiana que foi vice-campeã da Taça São Paulo de Futebol Juniores (perdeu a final para o Santos, do saudoso centroavante Gérson).
Em 1985, Ricardo foi emprestado ao Novorizontino e ajudou o Tigre no acesso à Primeira Divisão do Paulistão. Além de Ricardo, quem também se destacou no ataque do time de Novo Horizonte foi o ponta Serginho, que depois defendeu o Clube Atlético Paranaense. No mesmo ano, o Corinthians fracassava no Brasileiro e também no Paulistão. Mesmo com várias estrelas, entre elas Hugo De Leon, Zenon, Serginho Chulapa, Arturzinho, Wladimir, Dunga e Paulo César Capeta, o alvinegro do Parque não conseguiu deslanchar.
Então, Roberto Pásqua, que assumiu a presidência corintiana logo após do período de Democracia Corintiana, resolveu fazer uma verdadeira reformulação no elenco. Para técnico chegou Rubens Minelli. E os reforços foram jogadores que despontavam em equipes de menor expressão, casos de Wilson Mano e Edevaldo (ambos ex-XV de Jaú), Catanoce (ex-América de Rio Preto), Cacau (Goiás), Cristóvão (Atlético Paranaense) e Jacenir (ex-Joinville/SC).



Chance com Minelli:
Ricardo voltou ao Corinthians e logo ganhou oportunidades com Minelli, que também depositava fichas em outros novatos: Paulo, Pinella, Ailton e Márcio. O centroavante agradou muito quando marcou três gols no Guarani, que tinha Wilson Macarrão, goleiro que mais tarde seria reserva de Ronaldo no próprio Corinthians. Ricardo tinha entrado no lugar de Lima e fez a Fiel acreditar que um "Novo Casagrande? estava mesmo surgindo no Parque.
No entanto, Ricardo não conseguiu ter o mesmo sucesso em outras partidas. Fez mais três gols apenas com a camisa corintiana. Um deles foi contra o XV de Jaú, no Pacaembu, na vitória corintiana por 2 a 0. Naquela partida, o meio-campista Dimas, do XV, ficou famoso por mostrar cartão vermelho ao árbitro Antônio Carlos Gomes Saraiva. O outro gol corintiano foi marcado por Casagrande. Ao todo, Ricardo fez 22 jogos (11 vitórias, sete empates e quatro derrotas).
Depois do Timão:
O passe de Ricardo ficou preso ao Corinthians até 1988, mas depois de 1986 ele não foi aproveitado. Chegou a defender por empréstimo o América de Rio Preto e o Paulista de Jundiaí. Marcou depois gols pelo Londrina (PR), Uberlândia (MG), Jaboticabal (SP), Universidad de Loja (Equador), C.D. Municipal (Peru), SIPESA (Peru), Catanduva Esporte Clube (SP) e encerrou a carreira no São Bento de Sorocaba (SP), em 1995.
Hoje, pós-graduado em Educação Física, Ricardo é casado, tem três filhos e mora no bairro São Francisco, em Catanduva (SP). Lá, ele é técnico de futsal (na Faculdade de Medicina de Catanduva), professor e técnico (escolinha de futebol/futsal Triunfo, de propriedade do ex-centroavante).
por Rogério Micheletti
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