Ricardo Boechat

Jornalista, ganhador do prêmio Esso
por Marcos Júnior Micheletti
 
O jornalista Ricardo Eugênio Boechat morreu aos 66 anos, em 11 de fevereiro de 2019, em decorrência de um acidente de helicóptero que caiu no quilômetro 7 do Rodoanel, em São Paulo, no trecho da rodovia Anhanguera, altura do quilômetro 22. No acidente também morreu o piloto da aeronave, Ronaldo Quattrucci, de 56 anos.
 
Boechat havia feito uma palestra no hotel Royal Palm Hotels & Resorts de Campinas para o Laboratório Libbs, e estava a caminho da capital paulista. Ele era o âncora do Jornal da Band e da BandNews FM e colunista da revista IstoÉ.
 
O corpo de Ricardo Boechat foi velado no MIS (Museu da Imagem e do Som) durante a noite de 11 de fevereiro de 2019 e a madrugada seguinte, em cerimônia aberta ao público. Do MIS foi trasladado para o Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, para a cerimônica de cremação, da qual participaram apenas familiares e amigos.
 
LAUDO SOBRE O ACIDENTE
 
O laudo final sobre o acidente que vitimou Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci, apontou para falta de manutenção no helicóptero que pertencia a RQ Serviços Aéreos Ltda. De acordo com o documento, emitido pelo Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, a aeronave tinha um tubo de distribuição de óleo entupido. Além do mais, a troca de óleo, que deveria ser feita anualmente, não estava sendo realizada por mais de três anos.
 
Argentino de Buenos Aires, onde nasceu em 13 de julho de 1952, Boechat também esteve presente nas manhãs da Rádio Band News-FM do Grupo Bandeirantes, informando e opinando sobre as questões nacionais.

Boechat não cursou jornalismo, nem concluiu o segundo grau, mas sua facilidade para escrever acabou encaminhando seu destino para a profissão em que se destacou.

Trabalhando como vendedor de livros, mesma atividade de seus pais, Boechat foi "descoberto" pelo pai de uma amiga, Kleber Savoia, do departamento comercial do jornal "Diário de Notícias".

"Ele (Savoia) disse que eu precisava trabalhar em algo em que eu precisasse escrever. Me levou ao chefe de reportagem e eu fui ficando", disse Boechat em entrevista ao "Na Telinha", do UOL, em 15 de março de 2013.

Ao mesmo site, Boechat falou sobre sua saída da Globo, em 2001, após sua reputação ser atacada em uma reportagem da Revista Veja, relativa à conversas telefônicas com o jornalista Paulo Marinho.

"Claro que aquilo me machucou absurdamente, me feriu, me ofendeu, me indignou, revoltou e conseguiu alguns anos de rancor. Era meu ambiente, minha casa, meus amigos, minha vida", desabafou Boechat.

Foi colunista da equipe de Ibrahim Sued e depois da coluna "Swann", no jornal "O Globo", antes de aceitar o convite para a Secretaria de Comunicação Social na gestão do então governador carioca Moreira Franco, em 1987.

Trabalhou no Jornal do Brasil e na sucursal carioca do jornal O Estado de S.Paulo

Boechat teve diversas reportagens premiadas, entre elas uma sobre a fraude na concorrência de fardas do Exército em 1991, que lhe rendeu o Prêmio Esso, um dos três que recebeu em sua carreira.

Ele era casado com Veruska Seibel Boechat com quem teve duas filhas, Valentina e Catarina. Também era paí de outros quatro filhos, Bia, Rafael, Paula e Patrícia. frutos de seu casamento com Claudia Costa de Andrade.
 
No player abaixo, ouça o emocionante depoimento de Milton "Pitonisa" Neves sobre o seu amigo Ricardo Eugênio Boechat:

Abaixo, assista ao emocionante depoimento de dona Mercedes, mãe de Boechat, no dia do velório do filho:

Reportagem do UOL registra Dez fatos sobre Ricardo Boechat que demonstram sua inteligência e humor.
 
Confira a última entrevista concedida por Ricardo Boechat. Faz parte do projeto Barões do Rádio, do jornalista Eduardo Barão. O bate papo foi publicado no dia 12 de fevereiro de 2019. Veja a íntegra abaixo:

 
Foto: Marcos Júnior Micheletti/Portal TT
 
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