Revista Placar

Principal publicação esportiva do Brasil
por Marcos Júnior
Placar, principal revista esportiva do Brasil, inicialmente cobrindo diversas modalidades e em suas edições mais recentes voltada sobretudo ao futebol, foi lançada oficialmente no dia 20 de março de 1970, durante a preparação da seleção brasileira para a Copa do México, ainda com João Saldanha como treinador.

Antes do número 1 chegar às bancas, algumas edições experimentais foram impressas, e quando a primeira foi comercializada era Pelé que estava em destaque, com uma réplica da Taça Jules Rimet nas mãos. As fotos Saldanha e de Tostão, que se recuperava de descolamento da retina de seu olho esquerdo, também estamparam a edição pioneira, que deu como brinde aos compradores uma medalha com a imagem cunhada do rosto de Pelé.

Inicialmente mensal, o "Tabelão" da Placar, com informações dos jogos de todos os campeonatos regionais brasileiros e futebol internacional, era uma referência para que os amantes do futebol pudessem obter informações detalhadas acerca dos jogos, com fichas completas das equipes, autores dos gols, árbitro, público e renda.

A primeira edição também trouxe uma novidade à época, o lançamento da Loteria Esportiva, em uma época em que os cartões deveriam ser perfurados manualmente por aqueles que faziam suas apostas.

Desde sua criação, a Placar premia os principais jogadores brasileiros com a tradicional Bola de Prata e também a Bola de Ouro, premiação que Zico ganhou por mais vezes (cinco Bolas de Prata e duas de Ouro, como artilheiro).

O automobilismo, com colunas, fotos e reportagens de Lemyr Martins, também se destacou em Placar até meados dos anos 80, enfocando a Fórmula 1 e também as categorias nacionais. Na edição número 1, por exemplo, o piloto Luiz Pereira Bueno, o Luizinho foi tema de uma das reportagens, intitulada "Luizinho, o Bom".

Em 1986, em razão da boa fase vivida pelo Brasil no automobilismo, com dois títulos já conquistados por Emerson Fittipaldi (1972 e 1974) e dois por Nelson Piquet (1981 e 1983) somadas à meteórica ascensão de Ayrton Senna, que havia estreado na Fórmula 1 pela Toleman em 1984 e estava na Lotus-Honda, a Placar criou a Revista Grid, edições especiais com resumos e fichas das corridas, fotos e retrospectivas das temporadas.

O surgimento de grandes nomes no basquete neste período, como Oscar,  Hortência e Paula, e o crescimento do vôlei brasileiro com Bernard, Montanaro, William, Renan e Xandró, entre outros, também ganharam notoriedade nas páginas de "Placar", mas o futebol sempre foi o carro chefe da publicação da Editora Abril.

Em 1990 a revista deixou de ser semanal e passou a contar com publicações mensais e viveu momentos menos brilhantes, mas algumas edições temáticas de sucesso garantiram à revista continuar lucrativa, como uma especial com o "Cinquentenário de Pelé".

"Futebol, sexo e rock n´ roll" foi o slogan criado na tentativa para que Placar se aproxima-se do público jovem, fazendo a revista obter sua vendagem recorde: 237 mil exemplares, incluindo pela primeira vez as vendas por assinatura.

Em 1982, na edição 648 de 22 de outubro, Placar denunciou aquela que foi chamada de "Máfia da Loteria Esportiva", com ênfase para a manipulação de resultados, o que levou a uma perda de credibilidade da Loteria Esportiva e, também reduziu as vendas da revista, uma vez que muitos a compravam para analisar os times e tomar suas decisões sobre os palpites.

A revista teve capas polêmicas, como uma em que Marcelinho Carioca recebeu a chamada "O jogador mais odiado do Brasil", Edmundo com um ursinho de pelúcia no colo e a inscrição "O Animal precisa de carinho", entre outros.

Em outurbro de 2012 foi Neymar o personagem de mais uma capa polêmica, criticada na CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), com sua imagem crucifaca, editada por computador, com o título "A Crucificação de Neymar".
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