Renato Gaúcho

Ex-ponta do Grêmio, atual treinador
por Rogério Micheletti

Nascido em Guaporé (RS), no dia 9 de setembro de 1963, é o atual treinador do Grêmio.
 
Renato foi anunciado pelo Flamengo para o cargo de treinador em 10 de julho de 2021, permanecendo até 29 de novembro de 2021.
 
Ele foi demitido dois dias após a derrota do Flamengo para o Pallmeiras por 2 a 1 na final da Libertadores, partida disputada em Montevidéu. Em sua curta passagem treinando o time da Gávea, nenhum título conquistado. Além da derrota da final da Libertadores, a equipe foi eliminada na semifinal da Copa do Brasil para o Athletico Paranaense.
 
Em 1º de setembro de 2022 foi anunciado pelo Grêmio, para comandar a equipe na Série B, após a demissão de Roger Machado. 
 
Renato chegou a trabalhar em uma padaria antes de investir no futebol. Chegou ao Grêmio no começo dos anos 80 e ganhou fama quando estava apenas com 20 anos.
 
Em 18 de setembro de 2016 foi anunciado para ocupar o cargo de treinador do Grêmio. Nesta sua longa passagem pelo Tricolor, conquistou a Copa do Brasil de 2016 e a Copa Libertadores de 2017. Em abril de 2021, no entanto, Renato não resistiu à eliminação do Grêmio da pré-Libertadores, em confronto direto com o Independiente Del Valle-EQU, e acabou demitido do Imortal. 
 
Recebeu uma proposta do Corinthians em abril de 2021, após o trenador alvinegro, Vagner Mancini, ter sido demitido. Porém, Renato recusou a oferta corintiana, alegando que gostaria de passar um tempo com familiares e amigos antes de retomar sua carreira.
 
EM 10 de julho de 2021, após a demissão de Rogério Ceni do Flamengo, na madrugada do mesmo dia, foi anunciado como novo treinador do Rubro-Negro.
 
Aliás, sobre Renato Portaluppi e Corinthians, o jornalista Rogério Micheletti relembrou uma outra tentativa do Alvinegro em contratá-lo, mas quando ele ainda era jogador, em 1986. Na ocasião, o Corinthias era presidido por Alberto Dualib. Clique aqui e veja como foi que a história se desenrolou.
 
Como jogador: 
 
Renato foi autor dos dois gols gremistas contra o Hamburgo, em Tóquio, na final do Mundial Interclubes de 1983.

O Tricolor gaúcho, comandado por Valdyr Espinosa, bateu o time alemão por 2 a 1. Renato tinha como companheiros de equipe o goleiro Mazarópi, os laterais Paulo Roberto e Paulo César Magalhães, os zagueiros Baidek e De Léon (o capitão do time), o volante China, os meias Paulo César Caju, Oswaldo e Mário Sérgio e os atacantes Tarciso e Caio, entre outros.

A boa fase do ponta não foi suficiente para que ele estivesse na Copa do Mundo de 1986. Telê Santana, então técnico, não teria suportado o comportamento de Renato e por isso não o levou para o México.

Depois de ser bicampeão gaúcho pelo Grêmio, em 1985 e 1986, Renato Gaúcho foi contratado para jogar pelo Flamengo. Antes de acertar com o rubro-negro, por muito pouco Renato Gaúcho não foi contratado pelo Corinthians.

No time da Gávea, Renato Gaúcho não teve problemas de adaptação. Ele não escondia sua adoração pelas praias cariocas, o que lhe rendeu o título de "Rei do Rio". Com seus dribles e velocidade, Renato foi importante para que o Flamengo conquistasse a Copa União de 1987.

Chegou a ter uma rápida passagem pela Europa. Teve seu passe negociado para a Roma, da Itália, onde jogou por menos de dois anos (88 a 89). Sentiu falta do Rio, não conseguiu render tudo o que sabia no Velho Continente e acabou retornando ao Flamengo em 1989.

Renato chegou a ser convocado para defender o Brasil na Copa do Mundo de 90. Não se destacou no time do técnico Sebastião Lazaroni eliminado pela Argentina, de Maradona e Caniggia. O ponta foi apenas reserva da seleção que tinha Careca e Muller no ataque.

Desgastado no Flamengo, trocou de ares em 1991. Acertou com o Botafogo, onde reencontrou o lateral-direito Paulo Roberto, ex-companheiro dos tempos de Grêmio. Embora tenha feito boas partidas pelo Glorioso, Renato deixou o clube marcado pela derrota na final do Brasileiro de 92, justamente para o Flamengo.

No mesmo ano, ele seguiu para o Cruzeiro. Lá, Renato Gaúcho encantou os mineiros com o bom futebol e foi peça importante nas conquistas da Supercopa da Libertadores e também do Campeonato Mineiro. Já no rival Atlético, clube que defendeu em 1994, Renato não conseguiu títulos. A passagem dele no Galo foi apagada.

Ganhou a simpatia de outra torcida carioca quando foi defender o Fluminense. A consagração aconteceu na final da Campeonato Carioca. O gol dele, de barriga, contra o Flamengo, do técnico Luxemburgo, garantiu o título ao Tricolor das Laranjeiras.

Renato ficou no Flu até 1997 e voltou mais uma vez para o Flamengo, clube pelo qual sempre teve grande simpatia. Encerrou a carreira depois de uma passagem rápida pelo Bangu, em 1999. Os joelhos de Renato já não eram os mesmos. Era o fim de carreira de um dos melhores autênticos pontas da história do futebol brasileiro.

O Treinador
Principal jogador gremista na conquista do Mundial do Japão, em 83, Renato Portaluppi, o Renato Gaúcho, tornou-se treinador. Ele iniciou a carreira no Madureira em 2000. Assumiu o Fluminense pela primeira vez em 2002. No dia 18 de julho de 2005, assinou contrato para dirigir o Vasco da Gama, o único grande carioca que não defendeu como atleta.

Em abril de 2007, assumiu o comando do Flu novamente e fez história. Conquistou o título da Copa do Brasil e, em 2008, levou o Tricolor à final da Libertadores pela primeira vez na história. Foi demitido do Tricolor das Laranjeiras durante o Brasileirão do mesmo ano, após derrota do time para o Ipatinga, no dia 10 de agosto.

Mas não ficou muito tempo desempregado. Em setembro de 2008, voltou a comandar o Vasco no lugar de Tita para livrar o time da zona do rebaixamento do Brasileirão. Contudo, no dia 7 de dezembro, o ex-atacante deixou o clube, que caiu para a Série B.

No dia 20 de julho de 2009, Renato fechou novamente com o Fluminense e iniciou a quinta passagem como treinador pelo clube carioca, onde permaneceu até 11 de agosto, após derrota para o Ipatinga-MG.

Em 13 de dezembro de 2009 foi contratado pelo Bahia. Em agosto de 2010, deixou o clube baiano para assumir Grêmio.
 
Conseguiu bons resultados logo que chegou ao Olímpico, levando o Tricolor à Libertadores 2011. No entanto, os fracassos no torneio continental e Campeonato Gaúcho enfraqueceram o comandante, que se desligou do clube em 30 de junho daquele ano.
 
Em 2011, após deixar o comando do Grêmio, Renato assumiu o Atlético-PR, equipe que se encontrava na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, onde permaneceu até 1º de setembro de 2011, data em que foi anunciada a sua saída do clube.

Retornou ao Grêmio em 1º de julho de 2013, após a equipe gaúcha ter demitido do cargo Vanderlei Luxemburgo.
 
Levou o Grêmio à Libertadores da América, mas foi demitido e substitudo pelo técnico Enderson Moreira. 
 
Em 22 de dezembro de 2013 acertou sua volta ao Fluminense, onde permaneceu até o dia 02 de abril de 2014, quando foi demitido. O Tricolor havia sido eliminado nas semi-finais do Campeonato Carioca, na derrota por 1 a 0 diante do Vasco.
 
O UOL, em 19 de abril de 2018, publicou uma matéria assinada pelo jornalista Gabriel Carneiro, sobre veteranos treinadores ainda no mercado de trabalho, entre eles, Renato Gaúcho. CLIQUE AQUI E VEJA.
 
No dia 14 de outubro de 2018, Renato Gaúcho concedeu entrevista ao repórter Guilherme Cimatti, que foi ao ar no Domingo Esportivo Bandeirantes. Ouça a íntegra:

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Pelo Flamengo:

Atuou em 210 jogos, sendo 99 vitórias, 60 empates e 51 derrotas. Marcou 64 gols.
Fonte: Almanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins

Pela Seleção Brasileira:

Atuou em 44 jogos, sendo 22 vitórias, 13 empates e nove derrotas. Marcou cinco gols.
Fonte: "Seleção Brasileira - 90 Anos"
Autores: Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf

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