Ranielli

Ex-meia do Palmeiras e Santos
por Rogério Micheletti

Nos anos 90, ele chegou a ser chamado de "Talismã da Vila". O apelido não era à toa. Muitas vezes, Ranieli José Cechinato, o Ranielli, entrava no decorrer de uma partida do Santos e deixava sua marca.

"Foi uma passagem realmente marcante pelo Santos. Infelizmente não fiz parte da equipe vice-campeã brasileira. Fiquei quatro anos ralando, mas não estava na hora de decidir um título?, comenta o ex-meia esquerda, que hoje tem  a "Midfield Sports Business", empresa de agenciamento esportivo. "Estamos com um trabalho novo dentro do futebol?, fala Ranielli.

Nascido no dia 19 de dezembro de 1970, o gaúcho Ranielli começou a carreira no Caxias em 83. Ficou no time gaúcho até 1990, ano em que foi contratado pelo Palmeiras. "Na época, eu e o Marques (lateral-direito) saímos do Caxias para jogar no Palmeiras. Fiquei muito feliz por ter sido indicado pelo Telê Santana. Embora tenha ficado apenas 11 meses no Palmeiras, eu tenho boas recordações do clube. Afinal, o clube investiu em mim quando eu tinha apenas 19 anos?, diz Ranielli, que em 91, junto com o ponta-direita Serginho Fraldinha, acabou sendo envolvido numa troca pelo volante santista César Sampaio.

"O Santos só aceitava negociar o César Sampaio com o Palmeiras caso eu fosse para lá. A diretoria do Palmeiras não tinha intenção de me liberar, mas foi o único jeito para contratar o César?, diz Ranielli, que ficou no time da Vila Belmiro até agosto de 1995.

"O primeiro dia na Vila foi meio decepcionante. Cheguei ao clube muito empolgado, afinal jogaria pelo time do Pelé. Fui treinar e me deram um uniforme rasgado. O gramado era muito ruim. Quase chorei no vestiário do clube. Mas depois as coisas se acertaram. Fui feliz no Santos. E fico feliz pela estrutura que o time tem hoje", revela.

Depois do Santos, o meia-esquerda jogou pelo Grêmio (sob o comando de Felipão), em 95, e no Botafogo de Ribeirão de Preto (Paulistão de 96), antes de jogar pela primeira vez em uma equipe carioca, o Vasco da Gama. "Passei pelo Vasco e não recebi até hoje?, reclama.
Depois do Vasco, Ranielli defendeu o Juventus em1997 e, em seguida, foi destaque da Matonense no Paulistão de 1998.

"Eu fui o artilheiro do Paulista. O problema é que a Federação Paulista não aceitou os gols marcados na primeira fase, na qual eu tinha feito oito gols. Na segunda fase (com os grandes times), eu marquei mais seis. Terminei com 14, dois a mais que o França, do São Paulo?, lamenta.

Também jogou pela Portuguesa Santista (99), Ponte Preta (99), Avispa Fukuoka, do Japão (99/2000), Sport (Copa João Havelange de 2000), Matonense (2001) (atuou ao lado do atacante Grafite na equipe de Matão), Juventude (2001), Ituano (2002) e Santa Cruz (2002), antes de se tornar empresário.

O ex-meia de estilo refinado (quando estava no Palmeiras chegou a ser comparado com Edu Manga) é casado e cuida dos negócios entre São Paulo e Goiás.
Ranielli marcou 148 gols oficiais na carreira profissional. "Para um meia-armador, não está bom?", indaga humildemente Ranielli.

 

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Pelo Palmeiras:

Atuou em 42 partidas, sendo 21 vitórias, 11 empates e 10 derrotas. Marcou 4 gols.

Fonte: Almanaque do Palmeiras
Autores: Celso Unzelte e Mario Sérgio Venditti

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