Pavão

Ex-quarto-zagueiro do XV de Jaú e Jaboticabal
Quarto-zagueiro dos anos 40 e 50 de XV de Jaú, Francana, ADA de Araraquara, Ferroviária de Botucatu, Uberaba e Jaboticabal, Ciro de Almeida, o Pavão, vive hoje em Jaboticabal. Aposentado, este jauense nascido no dia 28 de janeiro de 1928 é casado e não tem filhos. Trabalha esporadicamente como massagista, e gosta de passar a maior parte do tempo contando histórias. A maioria, claro, relacionadas ao futebol.
A carreira começou no XV de Jaú em 1946, época em que a amizade de sua família com a do fazendeiro e presidente do Galo da Comarca, Zezinho Magalhães, era grande. Pavão se recorda das partidas que o time vinha fazer em São Paulo. A concentração acontecia nos alojamentos do Pacaembu. "Muitas vezes encontrávamos jogadores do Corinthians por lá. Conversávamos muito?.
Entre tantos amigos e companheiros que teve por conta da bola, Danilo Alvim é inesquecível. O meia, que fez parte da Seleção Brasileira derrotada pelo Uruguai na decisão da Copa do Mundo de 1950, foi seu treinador no Uberaba. Deixou uma mensagem marcante. "Certa vez, em meio a um papo descontraído antes de uma partida, estávamos falando da vida. O Danilo contou que havia perdido praticamente tudo o que havia ganho como grande jogador que foi, e que só restava uma casa no Rio de Janeiro em seu nome. Pediu para que não jogássemos dinheiro pela janela, e evitássemos desperdícios?.
A passagem pelo Jaboticabal Atlético, onde pendurou as chuteiras em 1960 e iniciou a carreira de treinador, foi decisiva para apontar o rumo de sua vida. Fez tantos amigos na cidade que preferiu estabelecer residência por lá. Duas partidas contra o Corinthians, tão logo abraçou a função de técnico, ficaram guardadas na memória.
"Foram dois amistosos que pararam a região. O primeiro, vencemos por 6 a 3 (dia 21 de fevereiro de 1960, segundo o Almanaque do Corinthians, de Celso Unzelte). Lembro que um diretor do Timão me perguntou o que ele iria dizer em São Paulo para explicar o resultado. Por isso, foi solicitada uma partida revanche. Novamente não fomos batidos. O placar final foi de 1 a 1 (dia 6 de março de 1960)?.
A experiência no banco de reservas seguiu por Taquaritinga, Mirassol, Votuporanguense e Tanabi, entre outros clubes. Anos depois, sempre ligado ao futebol, Pavão atuou como comentarista esportivo de rádio.

por Marcelo Rozenberg
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