Olimpíada de 1924

Paris, França
Por Chico SanTTo
Em 1924, Paris deu novos ares aos Jogos de Verão e entrou para a história do Comitê Olímpico Internacional como a primeira cidade a receber a oportunidade de sediar pela segunda vez o maior evento esportivo do planeta. Um sonho cobiçado e realizado por Atenas, em 1906, que jamais foi reconhecido de forma oficial pelo COI. Entretanto, apesar do apoio de Pierre de Coubertin, o responsável pelo criador dos Jogos da Era Moderna, diante da clara tentativa de tentar apagar a imagem distorcida pela França em 1900, mais uma vez, o charmoso reduto parisiense pecou em sua organização. Tanto que o atraso no cumprimento de prazos por pouco não levou a oitava edição da competição para Lyon, capital do Ródano-Alpes.
Entretanto, com um exuberante complexo esportivo, entre o qual se destacou o multiuso Estádio Olimpico Yves-du-Manoir, palco, também, da final da Copa do Mundo de 1938 entre Itália e Hungria. Se não bastasse isso, Paris apresentou ao mundo uma autêntica piscina olímpica ? até, então, as raias haviam sido de certa forma improvisadas ? e o que veio a ser batizado, posteriormente, de "Vila Olímpica?, com um conjunto de casas de madeiras destinadas, exclusivamente, aos 3089 atletas de 44 nacionalidades distintas e 17 esportes.
O Lema Olímpico, Citius, Altius, Fortius, traduzido do latim ao português como mais "Rápido, Alto e Forte? foi introduzido à tradição do certame, bem como o uso da bandeira do país anfitrião hasteada ao lado da nação escolhida como sede dos Jogos subsequentes. Papel importante também teve a imprensa com a inovadora transmissão ao vivo, por rádio, através de balões. O lado negativo ficou por conta dos cambistas. O mercado paralelo de ingressos faturou quatro vezes mais do que o preço de tabela. Uma prova de que os Jogos Olímpicos, finalmente, haviam emplacado no esporte.
Novamente, os Estados Unidos lideraram o quadro geral de medalhas com um total de 99 conquistas (45 ouros, 27 pratas e 27 bronzes), seguido por Finlândia (14 ouros, 13 pratas e 10 bronzes) e França (13 ouros, 15 pratas e 10 bronzes). A prova dos 100 metros rasos foi imortalizada nas telas do cinema com o filme Chariots of Fire (Carruagens de Fogo em português) e conquistou 4 Oscars,  entre eles pela composição de Vangelis, tema de todos os corredores, veiculada tradicionalmente no Brasil durante a Corrida Internacional de São Silvestre. Harold Abrahams foi o vencedor. Neste ano, a Seleção Uruguaia recebeu o ouro no futebol. O time sul-americano passou a ser chamado de equipe Azul Celeste e após conquistar o bicampeonato em Amsterdã, na Holanda, em 1928, ganhou o direito de sediar o mundial de 1930, a primeira Copa da história.
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