Obdulio Varela

Capitão uruguaio na Copa de 1950
por Diogo Miloni

Obdulio Jacinto Varela, ou simplesmente Obdulio Varela, foi um dos maiores jogadores da história do futebol uruguaio, sendo o capitão da Celeste Olímpica na conquista da Copa do Mundo de 1950, na final que ficou conhecida como "Maracanazzo", morreu em 2 agosto de 1996, aos 78 anos, em sua casa, em Montevidéu, no Uruguai.
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Natural da pequena cidade de Paysandú, quase na divisa com a Argentina, Varela nasceu no dia 20 de setembro de 1917. Em 1936, teve seu primeiro contato com o futebol profissional, no modesto Juventud, do Uruguai.

Três anos depois, o meio-campista já fazia parte da seleção principal de seu país e o futebol ganhava cada vez mais fãs por todos os lados do planeta.

Até o final de 1943, Obdulio Varela atuou pelo Montevidéu Wanderers, quando foi convidado para jogar pelo Peñarol, uma equipe mais bem estruturada e que alguns anos mais tarde conquistaria uma hegemonia no continente Sul-Americano.

No clube carbonero foram 12 anos de dedicação e idolatria. Varela é tido como um dos maiores jogadores que já vestiram a camisa amarela e preta, ao lado de nomes como Pedro Rocha, Spenser, Diego Aguirre, Pablo Forlán e outros gênios da bola. Em 1955, aos 38 anos, o uruguaio pendurou as chuteiras.

Pela Seleção Uruguaia

Após a primeira convocação, em 1939, foram diversos chamados para defender a Seleção Uruguaia, sempre representando com uma raça sem igual seu país. Antes da Copa do Mundo de 1950, disputada no Brasil, Varela jogou alguns torneios amistosos e graças a um amigo decidiu participar do torneio entre seleções. O meio-campista achava-se velho demais, aos 32 anos, para atuar em alto nível.

Mesmo com a idade avançada, Obdulio Jacinto Varela fez uma ótima Copa, sendo um dos destaques ofensivos da Celeste Olímpica, que ainda contava com jogadores como Ghiggia, e Schiaffino, grandes craques da época.
Na decisão, diante da favorita Seleção Brasileira, os uruguaios chegaram praticamente desacreditados pelos torcedores e pela mídia, mas fizeram um jogo duro e muito equilibrado no Maracanã. Após a virada e o gol histórico de Ghiggia, coube a Varela, o então capitão, receber a taça Jules Rimet.
Aliviado e satisfeito com a conquista, o representante do grupo uruguaio declarou que "se jogássemos 100 vezes contra o Brasil, perderíamos 99?, mas venceram e o Uruguai tornou-se um fantasma do futebol brasileiro.

Foto: Reprodução
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