Neto

Goleiro que tomou 10 gols do Corinthians

Honestilio Dias Neto, o ex-goleiro Neto, é o homem que sofreu mais gols em uma única partida na história do Campeonato Brasileiro. Estava no gol do Tiradentes do Piauí no dia 09 de fevereiro de 1983, quando sua equipe foi goleada pelo Corinthians por 10 a 1 no Canindé. Atualmente, este piauiense de Luzilândia, nascido em 12 de fevereiro de 1958, reside em Teresina, onde trabalha com projetos agrônomos e auxilia o irmão, que ocupa o posto de procurador de Justiça da capital do Estado. Matemático, advogado e engenheiro, Neto é casado e tem duas filhas: Larissa e Lorana.
O ex-goleiro começou a carreira no juvenil do Flamengo. Passou depois pelo Auto-Esporte, de Teresina, até chegar ao Tiradentes. Encerrou a carreira em meados da década de 1980 devido a uma contusão no joelho, embora naquele momento estudar já fosse sua prioridade.
Neto conta com naturalidade a história dos 10 a 1 que seu time levou do Timão. E faz questão de lembrar que naquela noite de 1983, o Tiradentes já estava classificado para a fase seguinte do Campeonato Brasileiro. Abaixo, o depoimento que nos concedeu:
"O Tiradentes tinha um time muito jovem em 1983. E muitos de nossos jogadores, entusiasmados com a classificação antecipada para a segunda fase do Brasileirão, viajaram relaxados para São Paulo. Chegamos à capital paulista um dia antes do jogo. Ficamos em um hotel bem no centro. Vários jogadores saíram do hotel para conhecer a noite paulistana e só voltaram de manhã. Eu mesmo fiquei na sacada do hotel, no último andar, tomando minhas cervejinhas.
Na partida, por incrível que pareça, saímos na frente com um gol de pênalti do Sabará. Mas não contávamos com um fato que nos prejudicou bastante: por ordem de pessoas ligadas ao Corinthians, o gramado do Canindé foi todo molhado. Para quem havia passado a noite anterior quase sem dormir, ficou difícil correr após os 25 minutos de jogo. Nosso preparo físico ruim foi decisivo para o resultado. Para se ter uma idéia, antes do primeiro tempo acabar, meus zagueiros não conseguiam sequer bater os tiros de meta".
Por Marcelo Rozenberg

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