Nenê

Ex-goleiro do Juventus
por Marcelo Rozenberg e Rogério Micheletti
 
José Pezzolato, o ex-goleiro Nenê, nasceu em 12 de outubro de 1933 em São Paulo.

Começou no infantil do São Paulo, passou por vários clubes da várzea paulistana até chegar ao Linense.
Em seguida, tentou a sorte no Palmeiras, onde atuou apenas duas vezes pelo time de aspirantes, e transferiu-se depois para o Juventus.

No final da carreira, defendeu o extinto Comercial de São Paulo, Bragantino e Jabaquara.

Aposentado após trabalhar vendendo por mais de 35 anos carrocerias de ônibus, vive hoje em São Paulo. Tem três filhos e três netos. Ele é casado com Rita de Cássia.

No Linense, recorda-se de uma partida em especial. Disputada contra o Santos, em 25 de junho de 1957. Eis as escalações:

SANTOS: Manga; Hélvio, Mourão, Feijó, Brauner, Zito, Dorval, Álvaro, Pagão, Del Vecchio e Tite.

LINENSE: Nenê; Ecidir, Jurandir, Odorico, Frangão, Nelson, Rubinho, Odail, Alemão, Tremesch e Lele.

Nesse jogo, Nenê conta, que apesar da goleada (7 a 1), foi autor de grandes defesas e saiu de campo consagrado. "Defendi um dos dois pênaltis. O Santos era para ter goleado por uns 30. Era um timaço. e olha que ainda não tinha o Pelé e o Pepe, que estavam começando", brinca.

Contusão

Uma grave contusão sofrida quando defendia o Juventus ficou marcada negativamente na sua vida. Em 1962, em uma partida contra a Portuguesa no Canindé, sofreu um desvio na coluna de dois milímetros após receber um chute involuntário de Ipojucan. Ficou mais de um ano parado e quando retornou aos gramados, nunca mais sentiu-se confortável. Tempos depois, no Comercial, levou uma bolada durante um treino que o fez perder a memória. No Bragantino, jogou mas ficou sem receber. Mesmo assim, ainda tentou a sorte no Jabaquara. Em 1967, resolveu parar com a bola.

Prêmios

O ex-goleiro não esconde o orgulho por ter feito parte duas vezes da seleção da rodada da "Gazeta Esportiva". "Foi em 1957, quando ainda estava no Linense", conta. "Ganhei dois relógios mondaine, um dei para o meu pai e outro para o meu tio", emenda Nenê, que até hoje guarda com carinho dois presentes dados por Pelé. "Uma camisa da seleção brasileira autografada e uma medalha dos mil gols. Ganhei do Pelé em um jantar no Terraço Itália", lembra.

Goleiro virou modelo:

Após encerrar a carreira, Nenê se aventurou na carreira de modelo profissional. "Não podia mais jogar e entrei na Caio como vendedor de ônibus. E como bico, eu fui modelo. Fiz propaganda pela Rhodia, Patriarca, Hugo Castelana, Fepasa e outras mais", conta Nenê. "Fiquei nove anos sem ter de comprar roupa. Eles faziam para mim roupas especiais, por causa de meu manequim", lembra.

Passagem pelo Palmeiras

O início da carreira foi em Lins, mas Nenê chegou a treinar no time de aspirantes do Palmeiras. "Um jogo foi em Quatá e o outro foi em Paraguaçu Paulista. Quase mataram a gente em Quatá. Houve uma briga generalizada. A confusão começou após um lance do Parada, que driblou um zagueiro".
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