Na RPC, TV Globo Paraná

Chico Santo, bastidores do jornalismo
Paula Vares Valentim
jornalista responsável
Em janeiro de 2011, Chico Santo retornou ao Núcleo Globo de Televisão para atuar como repórter da RPC TV do Paraná. Em Guarapuava, na região central do estado, deu sequencia a construção de sua carreira. "Foi mais um momento muito importante para mim, sobretudo pela oportunidade que tive de atuar em uma das principais afiliadas da Globo. Foi, a bem da verdade, um comenos atípico porque me identifiquei muito com a cidade e pela primeira vez, desde que comecei o meu giro profissional pelo Brasil, cogitei a hipótese de realmente tirar o pé do mundo e me estabelecer definitivamente em algum lugar. Guarapuava é uma das cidades mais lindas que conheci. Tem uma qualidade de vida incrível. As pessoas são educadas, os carros param quando você coloca o pé na rua. Sem falar que a RPC TV possui uma estrutura invejável. Lá tudo é tratado com muita seriedade e respeito. A começar pela maneira como o funcionário é visto dentro da empresa. Sem dúvida nenhuma, eu poderia estar em Guarapuava agora, curtindo a minha família e levando uma vida muito mais tranquila. Como dizem, aqui em São Paulo, bateu na trave.? A RPC TV foi a terceira afiliada do currículo do repórter. "Comecei na RBS TV, na Fronteira Oeste. Cobri toda aquela região da divisa entre o Uruguai e Argentina. Foi onde fiz as minhas primeiras reportagens internacionais em televisão, durante os anos de 2004 e 2005. De lá veiculei meu primeiro VT internacional para a Globo News. Então, em 2006, passei a fazer para a SporTV, através da VTF do Fernando Sampaio, o trabalho de produção dos campeonatos Brasileiro de Jet Ski e Troféu Brasil de Triathon. Isso me consumiu muito tempo porque eram muitas viagens e a gente passava realmente o tempo todo na estrada. Em 2007 assinei com a TV Anhanguera e fiquei em Palmas, até 2008. Lá fiz uma série especial sobre o Jalapão que me rendeu até Globo Internacional. Foi quando me dei conta que estava na hora de rodar o mundo e acabei assinando com o Terra e Jornal do Brasil algumas das principais coberturas da imprensa internacional. Então, em 2010, quando voltei da Copa do Mundo da África do Sul, onde fiquei durante os meses de maio, junho e julho, senti aquela vontade de voltar para a televisão. Eu já havia trabalhado nas afiliadas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Tocantins e sempre me identifiquei muito com o Padrão Globo de Jornalismo. Por isso procurei a RPC TV.?
O contato com a afiliada do Paraná aconteceu por acaso. "Tenho um relacionamento muito bom com o Rogério Silva, coordenador de jornalismo da TV Anhanguera. Quando disse a ele que estava querendo voltar ao núcleo mas que, daquela vez, pensava em algo mais próximo de São Paulo, ele me sugeriu que procurasse a RPC TV. Então, sem nenhum tipo de indicação, mas, claro, com o currículo de afiliadas como referência, procurei, por telefone, o diretor de jornalismo da RPC, que é o Wilson Serra. Fui muito bem atendido. Enviei um e-mail com o link de alguns vts e ele me disse que eu seria lembrado na primeira oportunidade que tivesse. Então, segui tocando a minha vida, mas com o olhar voltado para a RPC TV.? Dois meses depois, em Minas Gerais, quando atuava pelos Diários Associados, Chico Santo recebeu o convite para a nova mudança. "O Marçal, coordenador de Guarapuava, me procurou e fechei na hora com ele. Era uma cobertura de férias, evidentemente, como porta de entrada. O que me chamou a atenção, entretanto, foi realmente a estrutura da RPC. Lá dentro, como funcionário, por exemplo, fui descobrir quem era o Wilson Serra que eu havia pego o telefone e que, mesmo sem me conhecer, havia me atendido. Descobri isso lendo o Ronco da Pororoca do Losekan. Trata-se de um dos nomes históricos da TV Globo-RJ. E, ao mesmo tempo que possuía um currículo gigantesco, era acessível para qualquer um. Por isso, ao chegar na RPC TV, desembarquei em Guarapuava com a certeza de que eu poderia passar os próximos 30 anos da minha vida no Paraná.?
Mais uma vez, não foi o que aconteceu. "Cheguei no hotel e fui informado pela recepção que o Milton Neves tinha me procurado. Os funcionários se espantaram com isso. Achavam uma coisa de outro mundo o Milton ter me ligado. É que quando a gente sai de São Paulo fica mais fácil ter a noção do que representa a marca Terceiro Tempo. E quando um jornalista como o Milton Neves te liga e oferece uma mesa na Avenida Paulista, com um apartamento nos jardins e mais um monte de benefícios destes que o Terceiro Tempo dá aos seus funcionários, então, fica difícil dizer não. É o tipo de oportunidade que você só tem uma vez na vida. Levei em conta, também, o fato de ter crescido em São Paulo.  Então, disse ao Milton Neves que eu aceitaria, mas que ainda possuía 20 dias de contrato com a RPC e que em hipótese alguma eu iria quebrar o acordo com a emissora. Sou, acima de tudo, um cara de palavra. Eu não poderia abandonar a cobertura de férias da RPC apenas porque havia recebido uma proposta incrivelmente sedutora. Felizmente, o Milton Neves é um dos caras mais sérios que já conheci na profissão e ele me falou que iria esperar. Então, quando fechei o meu trabalho com a RPC voltei a São Paulo para atuar no Terceiro Tempo. Empresa na qual eu já tinha uma longa história de afinidade. Tanto que com o Terceiro Tempo eu tinha assinado, entre outros projetos, a Copa da Mundo de 2010, a Copa das Confederações de 2009 e jogos da Seleção Brasileira pela América, Europa e Ásia. Mais do que ninguém, eu sabia que estava fechando com a maior marca do pós-jogo de futebol no Brasil. Por mais que eu estivesse cansado de São Paulo, não seria inteligente, da minha parte, com apenas 31 anos, dizer não para a capital financeira do país. Por essa razão voltei a São Paulo.?
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