Mauricinho

Ex-ponta do Comercial, Vasco e Palmeiras
por Rogério Micheletti
 
Ele foi um dos últimos autênticos pontas do futebol brasileiro. Rápido, driblador e bom cruzador, Maurício Poggi Villela, o Mauricinho, ponta-direita que se destacou no Vasco da Gama nos anos 80 e 90, hoje mora em Ribeirão Preto (SP), sua cidade natal, onde trabalha como professor em escolinhas de futebol.
 
Nascido no dia 29 de dezembro de 1964, o baixinho Mauricinho começou a carreira no Comercial de Ribeirão de Preto. Jogando pelo Bafo, ele teve a chance de ser convocado para o Mundial Sub-20 de 1983, competição que a seleção brasileira saiu como vencedora. Na mesma época, o arqui-rival do Comercial, o Botafogo, também revelado um ponta baixinho e habilidoso: Paulo Egídio, que jogava como ponta-esquerda.
 
Mauricinho chegou a ser cobiçado por grandes equipes paulistas no começo da década de 80, mas acabou se transferindo para o Vasco da Gama, em 1983. Ao lado de Geovani, Roberto Dinamite, Romário, dentre outros, Mauricinho se destacou com a camisa cruz-maltina e conquistou títulos dois títulos pelo clube de São Januário nos anos 80: 1987 e 1988.
 
Em 1988, Mauricinho sofreu uma grave contusão após uma entrada violenta do médio-volante Jandir, do Fluminense. "Eu tinha indicado o Mauricinho para o Corinthians, mas a contusão impediu a vinda dele", conta o técnico Jair Pereira, que à época dirigia o alvinegro do Parque São Jorge.
 
Mauricinho só retornou ao futebol paulista um ano depois para defender o Palmeiras, logo depois de uma passagem curta pelo Louletano, de Portugal. O atacante chegou a formar o ataque alviverde com Gaúcho, Neto e Edu Manga, mas apesar do bom time, o Palmeiras, comandado por Leão, parou no Bragantino no Paulistão de 1989.
 
O ponta-direita disputou apenas 13 partidas com a camisa palmeirense (5 vitórias, 5 empates e 3 derrotas) e marcou quatro gols, segundo mostra o "Almanaque do Palmeiras", de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti. Deixou o Palestra Itália para jogar no Español, da Espanha, no ano seguinte.
 
Em 91, retornou ao Vasco e depois foi defender o Bragantino, onde ficou até 93. Depois teve passagens pela Ponte Preta (94), Botafogo (94), Kyoto Purple Sanga - Japão (95), novamente Botafogo (96) e mais uma vez Vasco (97). Na última passagem pelo time de São Januário, Mauricinho foi campeão brasileiro de 97, campeão carioca do mesmo ano e campeão da Libertadares de 98.
 
Elogios de um ex-adversário
 
Mauricinho era realmente um tormento para muitos laterais. Até Branco, campeão mundial pela seleção brasileira em 1994, dá o braço a torcer e revela que marcar o ponteiro sempre foi muito difícil. "E eu gostava muito de atacar nos tempos de Fluminense, mas era muito complicado. Como fazer para marcar o Mauricinho? Ainda bem que eu tinha o Tato, um ótimo ponta-esquerda e que me ajudava também", contou Branco, entrevistado pelo Arena Sportv no dia 4 de abril de 2007.
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