Mark Spitz

Ex-nadador

Por Danielle Nhoque

Mark Andrew Spitz, ou apenas Mark Spitz, é uma verdadeira lenda viva da natação mundial. Após deixar as piscinas profissionais, passou a viver em Los Angeles com a esposa e seus dois filhos. Tornou-se um bem-sucedido empresário do ramo imobiliário e ministra palestras motivacionais.

Mark foi o primeiro filho de Lenore e Arnold Spitz, nasceu no dia 10 de fevereiro de 1950 em Modesto, na Califórnia. Quando tinha dois anos de idade mudou-se com a família para o Havaí e as praias começaram a despertar sua paixão pela natação. Com apenas seis anos, começou a competir num clube local. Pouco tempo depois, treinou pela primeira vez sob orientação técnica, com o consagrado Sherm Chavoor. Passaram-se cinco anos e se mudaram para Santa Clara, onde passou a ter as orientações do treinador George F. Haines.

Sua estreia internacional foi nas Macabíadas quando, aos 15 anos, conquistou quatro medalhas de ouro e foi nomeado como destaque do torneio. Spitz atraiu os olhos do mundo esportivo em 1967, quando estabeleceu seu primeiro recorde mundial nos 400 metros livres, na Califórnia. No mesmo ano competiu os Jogos Panamericanos de Winnipeg, ganhou cinco medalhas de ouro e atingiu um novo recorde, que não seria superado por 40 anos.

Segundo maior atleta olímpico, lista nove medalhas de ouro na competição. As duas primeiras foram conquistadas na Cidade do México, em 1968, mas foi no ano de 1972, em Munique, que o nadador alcançou o feito que o faria liderar o ranking olímpico mundial por anos e ser lembrado eternamente como um dos mais fantásticos atletas de todos os tempos: em meio a um episódio trágico, levou para a casa surpreendentes sete medalhas de ouro. Após a prova final, Spitz foi retirado às pressas do país por forças de segurança dos Estados Unidos, por conta do "Massacre de Munique? - o atentado palestino que resultou na morte de 11 atletas israelenses.

Mark Spitz é lembrado também por seu famoso bigode. Durante as Olimpíadas, enquanto a maioria dos nadadores foi barbeada, manifestou sua rebeldia ao competir com os pêlos no rosto. Contra a crença de que pêlos no corpo podem pesar na performance sob as águas, Mark defendia que seu bigode era um "pedaço de boa sorte". Declarou, certa vez: "o melhor era quando meu bigode escondia o fato de eu não estar muito sorridente."

O nadador decidiu abandonar as piscinas aos 22 anos de idade. Sua impressionante carreira o lançou para a fama e ganhou admiradores por todo o globo. Aposentado, Spitz recebeu convites publicitários de notáveis empresas americanas, abriu seu próprio negócio no ramo imobiliário e passou a ceder palestras de motivação em vários eventos. Em 1991, aceitou uma proposta milionária para voltar a nadar e tentou se preparar para os Jogos de Barcelona do ano seguinte mas, aos 39 anos de idade e oito quilos mais pesado, não conseguiu passar da fase seletiva.

O ex-atleta não abandonou e o esporte que o consagrou. Ainda nada com a equipe de mestres na UCLA (Universidade da Califórnia): "Nado porque amo isso e é a melhor coisa que posso fazer para me manter saudável. É algo que eu espero fazer para o resto da minha vida".

Spitz manteve o título de maior nadador do mundo durante 36 anos até que, nos Jogos de Pequim, em 2008,  Michael Phelps estabeleceu um novo recorde ao ganhar oito medalhas de ouro.

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Medalhas olímpicas

Ouro - Munique 1972 - 100 metros borboleta

Ouro - Munique 1972 - 100 metros livres

Ouro - Munique 1972 - 200 metros borboleta

Ouro - Munique 1972 - 200 metros livres

Ouro - Munique 1972 - 4x100 metros livres

Ouro - Munique 1972 - 4x100 metros medley

Ouro - Munique 1972 - 4x200 metros livres

Ouro - Cidade do Mexico 1968 - 4x100 metros livres

Ouro - Cidade do Mexico 1968 - 4x200 metros livres

Prata - Cidade do Mexico 1968 - 100 metros borboleta

Bronze - Cidade do Mexico 1968 - 100 metros livres

* Foi o único atleta da história a estabelecer sete recordes mundiais conquistando sete medalhas de ouro (Jogos Olímpicos de Munique)

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