Márcio Alcântara

Ex-zagueiro do Palmeiras
por Rogério Micheletti
 
Márcio Alcântara, o Márcio, zagueiro do Palmeiras nos anos 80, nasceu no dia 13 de março de 1962, em Nova Esperança, Paraná. Em 2017 seguia residindo em Londrina-PR, onde é dono de uma clínica de condicionamento físico e coordenador de esportes do Londrina Country Club, ministrando, inclusive, aulas de Futsal. Lá, ele também trabalha como comentarista e apresentador esportivo, nos programas "Show de Bola", da TV Cidade (Rede Massa) e "Rádio Esportes", na Paiquerê FM.
 
Iniciou sua carreira no Londrina Esporte Clube e depois passou pelo Sport Clube do Recife. No começo, atuava como médio-volante, mas depois virou zagueiro-central.

Uma das melhores partidas de Márcio Alcântara com a camisa do Palmeiras foi na semifinal do Paulistão de 1983. Na ocasião, o Palmeiras enfrentou o Corinthians e Márcio ficou com a missão de marcar Sócrates. O técnico Rubens Minelli pediu para que o volante seguisse o "camisa 8" corintiano por todos os cantos do gramado. Márcio seguiu a risca e, segundo jogadores da época, chegou até a acompanhar o "Doutor" quando ele entrou no vestiário. O problema é que Sócrates era gênio e, mesmo com a boa marcação de Márcio, conseguiu arrumar um espaço e garantiu a vitória alvinegra por 1 a 0.

Márcio jogou no Palmeiras de 1983 a 1989, atuou em 262 partidas (110 vitórias, 89 empates, 63 derrotas) e marcou 12 gols.
 
Abaixo, texto do excelente Rodrigo Linhares, que entrevistou Márcio Alcântara em novembro de 2008:

Revelado pelo Londrina E.C., Márcio Alcântara jogou também na Sociedade Esportiva Palmeiras. Disciplinado e muito aplicado, jogou em diversas posições no clube paulista. A polivalência, aliás, foi fator determinante para que fosse contratado pelo Verdão: "Em 83, o Palmeiras contratou Carlos Henrique, um ponta-esquerda que estava fazendo muito sucesso no Londrina. E um amigo chamado Daniel, primo de um diretor do Palmeiras, enviou uma fita minha ao clube afirmando que eu jogava em diversas posições, e também fui contratado", relembra.
E se a vida de Carlos Henrique foi curta na equipe de Parque Antarctica, Márcio jogou por seis anos no clube (entre 83 e 89).Viveu seu grande momento na equipe palestrina, sem dúvida, nas semifinais do Paulistão de 83, quando foi a sombra de Sócrates nas duas partidas:"No dia do primeiro jogo, o Minelli, a quem devo muito, passou por mim na concentração e me disse que eu iria jogar e marcá-lo. A partida ficou 1x1, e eu simplesmente colei nele. Até quando ele deu a volta na mesa do representante da FPF para pegar uma bola que havia saído pela lateral, fui atrás dele", conta, rindo.
Um canal de TV, à época, fez uma reportagem mostrando que até as passadas dos dois atletas foram iguais naquela noite. E o próprio Doutor da Bola reconhece que Márcio foi, ao longo da sua carreira, o jogador que melhor o marcou. "Já na segunda partida, o Minelli pediu para que eu e o Rocha nos revezássemos na marcação e, em um momento de vacilo, o Sócrates escapou e fez o gol que nos eliminou da competição", acrescenta Márcio.
Em 86, o Palmeiras, segundo ele, perdeu para o Inter de Limeira por méritos do adversário e também pela desunião que imperava na equipe alviverde. E, no lance mais polêmico da decisão, o ex-jogador do Verdão defende Denys: "Ele foi bastante crucificado à época, mas o Martorelli pediu o recuo de bola no lance do gol do Tato", conta, relembrando o gol do título da equipe do interior.
E, de volta ao Londrina, em 92, Márcio sagrou-se campeão estadual na final interiorana contra o União Bandeirante. Na segunda partida decisiva, aliás, já nos acréscimos, marcou, de cabeça, o gol de empate do Tubarão, forçando o terceiro jogo que culminou com o título da equipe londrinense.
Formado em Educação Física, Márcio Alcântara chegou a ser comentarista esportivo e hoje dá aulas de futsal no Londrina Country Club. Natural de Nova Esperança (PR), o ex-coringa palmeirense relembra sempre os diálogos com Milton Neves nos seus tempos de atleta: "O Milton vivia me perguntando como se chamava quem nasce na minha cidade. Até hoje não sei, porque apenas nasci lá e nunca mais voltei!", diverte-se.
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