Luiz Fernando Bindi

Saudoso historiador do futebol
Vítima de infarto, morreu em São Paulo, no dia 22 de julho de 2008, o geógrafo, jornalista e colunista do site www.terceirotempo.com.br Luiz Fernando Bindi, com apenas 35 anos.
Casado, sem filhos, palmeirense e juventino, meu ouvinte de rádio desde os cinco anos de idade, o querido Bindi morreu trabalhando em seu escritório de geologia, nos Jardins, em São Paulo.
O velório ocorreu no cemitério São Paulo e seu corpo foi cremado no crematório da Vila Alpina. Ele deixou entre nós sua esposa, mãe e pai (falecido em 9 de outubro de 2012). Era filho único.
Alegre, comunicativo, amigão de todo mundo e queridíssimo no meio esportivo, o estudioso e apaixonado Luiz Fernando Bindi pelas coisas do futebol, mantinha o Blog do Bindi, recomendado em meu blog, e o site www.distintivos.com.br.
Era também comentarista esportivo da equipe da 105 FM de São Paulo e colaborador do programa "Fanáticos por Futebol? de Marcelo Duarte, na Rádio Bandeirantes AM 840 e FM 90,9.
Em 2007, lançou o livro "Futebol é uma Caixinha de Surpresas". Um de seus legados, o site http://www.distintivos.com.br terá oportunamente seu conteúdo publicado em espaço especial em nosso site - http://www.miltonneves.com.br - por cessão, satisfação e por aprovação de sua mãe e de sua viúva. Aliás, ele próprio já tinha feito esse pedido a dois editores de nosso site: Ednilson Valia e Gustavo Grohmann.
Falei com ele no sábado, domingo e segunda, dias 19, 20 e 21 de julho de 2008. Ele estava muito triste pela morte de seu avô materno, senhor Hermelindo Casciano, enterrado dia 20 em São Paulo. Colaborador gratuito de vários espaços, não escondia ultimamente sua decepção por ter recebido resposta mal educada de antigo e certo profissional que até então tanto adorava.
Contou Bindi numa roda, há dias, que fez em e-mail ao blog do referido cidadão, um mero comentário sobre tema esportivo postado pelo blogueiro e usou, em sua mensagem, a expressão "via de regra?. Pois não é que recebeu uma resposta de que "via de regra é vagina?? O doce Bindi ficou muito decepcionado.
Não deveria ligar, tem gente que, talvez por índole, não desiste nunca de magoar as pessoas, até doces como Bindi. Aliás, pelo que sentimos no velório, característica de toda a família, apesar de tanta dor. Dona Erna Lúcia Casciano Bindi, que perdeu o pai no sábado e o filho na terça-feira, manteve-se serena ao lado da nora, Eliana Gonçalves Bindi e do marido Oswaldo Bindi.
Presentes dezenas e dezenas de pessoas, amigos, teletrinzistas em peso e jornalistas como Mauro Beting, Ednilson Valia, Sérgio Quintella, Bruno Prado, Weber Lima e Gustavo Grohmann, dentre tantos, como o time da 105 FM, membros de sites que não identifiquei no visual e a médica, doutora Déo.
E comentou-se que suposto "protótipo de filhote de patrulheiro" enviou e-mail ao Bindi "demitindo-o" de seu blog insignificante, um blog baseado e transmitido do Rio. Lá, o bom Bindi era também colaborador, sempre de graça, e friamente foi "dispensado" depois de meses de trabalho. Aí, hipócrita, na morte do ex-colaborador, o filhote "lamentou" o ocorrido. E será que ele foi ao velório? Pois Bindi e sua mãe sempre iam a velórios até de parentes de pessoas que talvez não merecessem, pelo que se viu e pelo que se vê muito no mundo. A ingratidão e a hipocrisia são péssimas irmãs.
Alô, Bindi, aquele abraço, saudades enormes e que você, do céu, continue me enviando suas colunas de grande pesquisador que sempre foi!


Por Milton Neves
A carta
Bindi sempre foi um apaixonado pelos programas esportivos. Era ouvinte de Milton Neves há 26 anos e costumava mandar cartas ao apresentador desde criança.
"Era moleque e desde sempre ouvi o Terceiro Tempo. Eu costumava mandar cartas e lembro que uma vez o correio estava em greve. Minha mãe então pegou um ônibus em Santo Amaro e foi para a Avenida Paulista entregar a carta na Jovem Pan. Ela pegou até um elevador panorâmico, e olha que ela sempre morreu de medo de elevador", contou Bindi.
O garoto Luiz Fernando Bindi conta que todo esforço de sua mãe não foi em vão. "A carta chegou ao Milton, que no final do Terceiro Tempo leu o meu nome", lembrava Bindi. "A gratidão é a primeira das virtudes, como sempre fala o Miton. Ele pode ter defeitos, mas muito do amor e fanatismo que eu tenho pelo futebol eu devo ao Milton Neves. Hoje, eu fico muito feliz por ouvir o Milton falando o meu nome com tanto carinho", disse o saudoso jornalista, em 2007.

Veja a entrevista de Luiz Fernando Bindi para a coluna Terceiro Tempo, do jornal Agora São Paulo, no dia 24 de março de 2006:
Qual o seu time?
Palmeiras, desde sempre, Juventus, por amor à Mooca.
Qual o jogo marcante?
Palmeiras x Corinthians, pela Libertadores de 2000, quando o Marcos defendeu o pênalti do Marcelinho Carioca. Foi minha maior alegria no futebol, maior que qualquer título ganho pelo Palmeiras.
Qual a sua seleção de todos os tempos?
Marcos; Leandro, Luís Pereira, Gamarra e Júnior "Capacete?; Falcão, Zidane, Laudrup e Zico; Maradona e Evair.
Qual a camisa mais bonita?
Todas que unem preto e alguma outra cor (exceto branco), como Internazionale de Milão, Peñarol, Milan, América Mineiro, etc.
Qual o melhor e o pior esporte?
O melhor: futebol. O pior: hóquei no gelo (não me conformo com um esporte que precisa de uma sirene em cima do gol para mostrar que foi gol)
Em que rádio você ouve futebol?
Bandeirantes AM.
A revista que você lê?
"Placar?, "SuperInteressante?, "Trivela?, "Mundo Estranho?, "National Geographic? e "Bodiygaya? (uma revista budista)
Qual o melhor e o pior presidente da história do Brasil?
Melhor, é difícil, ainda não houve um presidente digno de ser classificado como o melhor. Pior, todos os que foram ditadores.
A personalidade marcante em sua vida?
Na vida pessoal, minha avó Wally Matarazzo Casciano. Na vida profissional, o geógrafo Marcos Rosa e o jornalista Mauro Beting.
Narrador esportivo de TV e de rádio?
De TV, Luiz Carlos Júnior. De rádio, José Silvério (esse é Deus).
Comentarista esportivo de TV e de rádio?
De TV, Paulo Vinícius Coelho e Maurício Noriega. De rádio, Mauro Beting (outro gênio).
Repórter esportivo de TV e de rádio?
De TV, Régis Rösing e Helvídio Mattos. De rádio, Wanderley Nogueira e Estevam Ciccone.
Apresentador esportivo de TV e de rádio?
De TV, Paulo Soares. De rádio, Milton Neves, ídolo de infância.
Apresentador de auditório de TV?
Serginho Groisman.
Jornalista de TV?
Francisco José.
Programa esportivo de TV?
"Troca de Passes?, do Sportv e "Sportscenter?, da ESPN Brasil.
Quem melhor escreve sobre esporte no Brasil?
Tostão.
Melhor e o pior cartola?
O melhor é José Carlos Brunoro, para mim, um exemplo. O pior é o resto.
Melhor e o pior técnico?
Telê Santana foi o melhor técnico que já existiu. Pior são todos os outros (exceto Leão, Felipão e Luxemburgo), muito comuns e pouco criativos.

Leia abaixo a última coluna de Luiz Fernando Bindi para o site terceirotempo.com.br.

A federação de Aruba, possessão holandesa do Caribe cuja base econômica é o turismo, foi fundada em 1932, mas só se filiou à Fifa em 1988 por questões políticas, já que o órgão máximo do futebol não aceita a filiação de nações não-soberanas. No entanto, gestões da própria federação holandesa propiciaram a filiação arubenha.
O símbolo da Arubaanse Voetbal Bond praticamente repete o brasão nacional: no canto esquerdo superior, um exemplar de babosa (Aloe vera), que representa a prosperidade da ilha; na parte direita superior, o monte Hooiberg, ponto culminante da ilha; no lado inferior esquerda, duas mãos se cumprimentando representam a amizade; no lado direito, um timão representando a navegação, em um fundo vermelho lembrando a escravidão. Todo o escudo fica sobre dois ramos de louro, tradicional símbolo da vitória e da consagração.
Incrível
No Grupo 2 da segunda divisão da antiga Tchecoslováquia, na temporada 1957/1958, algo realmente inacreditável aconteceu: o time B do Spartak Ko?ice subiu para a primeira divisão e o time A caiu para a terceira.
Ainda pior: o Spartak Ko?ice B fez uma campanha excelente, com 20 vitórias em 33 jogos (e apenas 5 derrotas). Já o Spartak Ko?ice A fez uma campanha deplorável, pas¬sando 33 jogos sem nenhuma vitória, 19 gols a favor e 124 (!!) gols contra.

Depois dessa inusitada temporada, o Spartak Ko?ice mudou de nome para Jednota (hoje, o nome do time é FC Ko?ice), e, claro, o time A jogou na primeira divisão, e o time B, na terceira. Mas o time A era formado pelos antigos jogadores B.
Na temporada 1961/1962 do mesmo Campeonato Tchecoslovaco, o Dukla Tábor foi rebaixado da segunda para a terceira divisão, mas foi salvo pelo seu time B, que fez o caminho oposto.

Veja abaixo o texto do jornalista Mauro Beting, amigo de Luiz Fernando Bindi, publicou no seu "blag" no dia 23 de julho de 2008, um texto emocionante sobre o seu parceiro "Bindão".


"Um brinde ao Bindi
postado por Mauro Beting
Um minuto de barulho pela alegria de ser amigo de Luiz Fernando Bindi.
Uma vida de silêncio pela dor de ter perdido um amigo de 35 anos.
O Bindi é bom. É ótimo.
(E me recuso a escrever no passado. O Bindão foi um presente para todos que o conheceram. Seguirá sendo uma luz e inspiração).
Daquelas pessoas que querem o bem, que querem bem, que fazem bem, que fazem o bem.
Sei que ele não quer a gente triste. Mas como? Somos pequenos, Inferiores quando comparados a pessoas como ele.
Somos egoístas quando achamos que o mundo acabou.
Não acabou. Mas ficou pior sem o Bindi.
O texto abaixo é o prefácio para "Futebol é uma Caixinha de Surpresas?, primeiro livro de Luiz Fernando Bindi, lançado em 2007 pela Panda Books.
Eu orgulhosamente o escrevi para um dos mais queridos amigos que tive nos últimos anos.
Um cara com o coração e a cabeça do tamanho dele. Enormes. Eternos.
Um amigo que o coração tirou da terra nesta terça-feira, com apenas 35 anos.
Um vazio armagedônico se abre.
Porque Bindi era o futebol que amava.
Um dos poucos caras que conheci que sabiam definir tantas coisas indefiníveis.
Um colega que, mais uma vez, me deixa sem palavras.
Desculpem se vocês não conhecem o Bindi. Uma pena em todos os sentidos.
Mas pensem em alguém que mereça todo o carinho e respeito.
Imaginem o que é perdê-lo.
E tão jovem.
Esse é o Bindi. Para sempre."
"O BAÚ DO BINDI"
Não tem nada mais futebol na nossa vida que o futebol.
Tá bom: não tem na vida nada mais imperfeito, falível, emocionante, sublime, apaixonante, exasperante que o futebol.
E depois divagamos o porquê de o futebol fazer tanto sucesso em tantos campos além do campinho nosso de cada domingo...
Onde o pior ganha do melhor? Na sua firma e no nosso estádio.
Onde um sapo enterrado pode fazer estragos no mais bem bolado e executado plano? No placar de um jogo.
Onde altos e Romários, Ronaldos e magros, Diegos e Pelés (ops, Pelé não tem plural) se dão bem e podem se dar bem?
Nada é mais democrático que o futebol. Mesmo com a Pelécracia, todo mundo joga, entende, discute e ama futebol. Até quem odeia precisa ser amado. Porque futebol não é só amar um time e um drible. É odiar a camisa alheia, é desbotar a cor rival.
Futebol é assim. É preto ou branco. E é preto com branco. É cinza. É renascer dela. É ver estrelas. É torcer por buracos negros.
Quem ama futebol, mesmo, talvez prefira a última frase. É fácil amar futebol num Fla-Flu de Maracanã lotado. Quero ver uma Javari vazia numa tarde de terça com jogo de quinta. Esse é o amante do futebol. Que não se importa com o placar, nem com a vitória. Ele se importa com o mais desimportante jogo e jogador. Esse ama o futebol sem pedir vitória.
Esse é o torcedor. Que vibra com o título. Mas que vibra, mesmo, por estar ao lado. Por estar na arquibancada. Por estar junto. Como amigo que é. Como amante que é.
Esse é Luiz Fernando Bindi. Ele vai ao Maracanã. Mas sabe o que é a Javari. Por isso sabe mais que muitos. Tem jornalista que consulta o Google, tecla o Yahoo!, vai aos livros. Na Rádio Bandeirantes, nós chamamos o Bindi. E ele atende sem precisar ser chamado. Geografia, futebol, tática, filosofia, cores, estádios, religião? Bindi está no ar.
Não por acaso ele sabe como nenhum outro no mundo ? e não é chute, é fato ? os distintivos dos clubes. Bindi é um escudo que nos blinda da ignorância. É um distintivo de conhecimento.
O futebol é um baú de surpresas. O livro de Bindi traz algumas das tantas histórias que esse farejador viu, leu e ouviu. Como amante dos fatos. Como apaixonado pela paixão do futebol que não se escreve. Das grandes ligas às histórias sem liga. Do maior espetáculo de craques ao menor futebolixo de bagres.
Histórias que são maiores que nomes e números. Porque são humanas como o futebol. A melhor definição indefinível do homem."
Veja abaixo o excelente texto de Luiz Fernando Bindi colocado em seu blog no dia 04 de maio de 2008 - "Futebol é uma Caixinha de Surpresas".

Una Furtiva Lacrima


De repente, depois de muito tempo de luta, fui convidado para ser comentarista de rádio, um sonho de infância. Quando recebi a escala do meu jogo de estréia, era Palmeiras x Náutico. Todos me falaram: "se segura, hein", "não vai bajular o Palmeiras", "não critica muito pra parecer imparcial", enfim. Eram muitos os alertas.
Quando entrei no Palestra Itália por alamedas em respirei quase 30 anos da minha vida, me senti em casa. Lembranças da minha avó Wally, do meu tio Hernâni, dos meus pais. Nesse estádio, vi vitórias gloriosas como a Libertadores de 99 e o Paulista de 96. Vi tragédias italianas, como a derrota para o XV de Jaú em 85 e para o Vasco na Mercosul.
Subi os 4 andares até a cabine da rádio a pé. Entrei, coloquei os fones. E esqueci para que time eu torci um dia. E assim tem sido, de uma forma deliciosamente fácil. Já fiz vários jogos do Palmeiras e tratei o time de Palestra Itália da mesma forma que tratei os outros times. Nem mais, nem menos.
Hoje, fiz Palmeiras 5 x 0 Ponte Preta, minha primeira final. Não senti simplesmente nada, como torcedor. Nada. Estive tranqüilo durante toda a partida. Felizmente, para mim, sou mais jornalista que palmeirense. Amo mais o futebol que o Palmeiras. Como diz meu mestre e amigo (não necessariamente nessa ordem) Mauro Beting, sou um palmeirense jornalista, não um jornalista palmeirense.
De repente, lá pelo fim do jogo, o técnico Wanderley Luxemburgo chama o goleiro Diego Cavalieri, reserva de Marcos. E substitui aquele que considero o melhor goleiro do Brasil em atividade por aquele que considero o futuro melhor goleiro do Brasil.
Quando vi Marcão saindo de campo, em respeito aos ouvintes, afastei o fone do ouvido.
E chorei.
Luiz Fernando Bindi era um louco por futebol. Ele sempre dizia que amava o Juventus, por amor a Mooca. Pois no dia 26 de novembro de 2007, o "Moleque Travesso" conquistou a Copa da Federação Paulista de Futebol ao perder para a Linense por 3 a 2, mas o gol do título juventino foi anotado aos 49 minutos do segundo tempo. Veja abaixo o texto de Bindi sobre o assunto.


Você corinthiano, flamenguista, são-paulino, palmeirense, vascaíno,
colorado, gremista, botafoguense, tricolores cariocas e baianos,
santista. Você, que vê seu time entre as 20 maiores torcidas do Brasil,
faça um exercício de abstração.

Pense que você não torce junto com mais 3 milhões de pessoas pelas
mesmas cores, pelo mesmo amor. Esqueça os títulos fartos, as vitórias
inesquecíveis e os craques indiscutíveis que passaram pelo seu time.

Vá até seu estádio preferido num dia sem jogo e sente-se nas
arquibancadas. Feche os olhos. Tenha consigo a companhia das pombas, dos
faxineiros da geral e da sua paixão pelo futebol. Imagine que junto de
você, existem outras 500 pessoas no Brasil inteiro. No mundo inteiro.

Pense que você torce para um time cuja torcida tem esse tamanho. Um time
que tem títulos esparsos e glórias advindas de vitórias sobre gigantes,
um solitário gol de bicicleta. Um clube quase de bairro, que todos dizem
amar, mas que poucos realmente sabem onde é o estádio.

Abstraia.

Conseguiu? O que você sentiu?

Pena? Compaixão? Achou graça? Se sentiu ridículo? Então volte para o seu
gigante. Ele estará lá, de braços abertos a lhe esperar.

Sentiu prazer? Achou uma sensação esquisitamente agradável? Sentiu-se
único, diferente? Pronto. Você descobriu o que é torcer para um time
pequeno. Agora, você de fato sabe o que é amar o futebol. Amor que é
amor sobrevive a tristezas, a vitórias tão raras quanto intensas, a
lágrimas carregadas de afeto.

Ontem, domingo, o Clube Atlético Juventus viveu uma de suas manhãs mais
gloriosas, mais inesquecíveis, mais inacreditáveis.

Entrei na Rua Javari, o mítico estádio paulistano. Aquele que parece ter
parado no tempo do futebol romântico, da bola laranja e das chuteiras
pesadas. Dos juízes de preto e das traves quadradas. Dos torcedores de
chapéu e das mulheres torcendo seus lencinhos, proibidas de gritar.

Estádio do Nonno, da Nonna. Estádio do time com camisa da Fiorentina e
nome da Juventus. Do time do Cotonifício Rodolfo Crespi. Estádio com
tribunas pintadas de grená, sem iluminação. Estádio no coração da Mooca,
talvez o bairro mais querido de São Paulo, bairro operário, bairro
italiano, bairro multinacional, multicultural.

E agora, campeão.

A inacreditável vitória sobre um valoroso Linense deu o título da Copa
FPF (cujo nome oficial homenageia os Heróis da Revolução de 32, em
esplêndida homenagem) ao time grená, que ganhou vaga para disputar a
Copa do Brasil em 2008.

Não ganharemos, provavelmente.

Mas somos tão felizes.

Abstraia. Feche os olhos.

Pelo menos, lhe trará paz.?

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