Luís Carlos Feijão

Ex-atacante do Santos, Palmeiras e Timão
por Rogério Micheletti
 
Luís Carlos de Freitas, o Luís Carlos Feijão, faleceu em 20 de abril de 2011, vítima de complicações por pneumonia, em sua casa, em São Paulo.
Ele havia sido internado na semana anterior, mas melhorou e voltou para sua residência.
 
Ultimamente trabalhava como diretor social do Aristocrata Clube, tradicional agremiação da comunidade negra de São Paulo.
 
Foi o autor do primeiro gol do estádio José Lancha Filho, de Franca-SP, jogando pelo Corinthians, em 1969.
 
Era despachante policial credenciado pelo Detran-SP, desde 1976, quando encerrou a carreira.
 
Era proprietário de um escritório, o "Feijão Despachantes?, na Av. Angélica, próximo à Av. Paulista, em São Paulo capital.
Luís Carlos, o primeiro "Feijão? famoso, foi revelado pelo Nacional AC e logo contratado pelo Palmeiras, em 1965. No Verdão foi juvenil, participou dos juniores e virou profissional. Foi também o primeiro "futuro e novo Pelé?, o que muito o prejudicou, como a Washington, hoje técnico de garotos em Bauru (SP), e a Almiro, hoje cego, guia turístico pelas ruas de Salvador (BA), onde encerrou a carreira no Vitória.
 
Luís Carlos Feijão também achava que o filme "O Rei Pelé? o prejudicou. "Por ter a cor de Pelé e os olhos parecidos com os do Rei, fiz o filme como o Pelé era, e aquilo só me complicou?, reclamava sem muita convicção. "Depois do filme queriam que eu jogasse o mesmo que o Rei?, lembrava Feijão. Mas o filme lhe trouxe dividendos.
 
Após vários empréstimos autorizados pelo Palmeiras, defendeu o Corinthians e depois aportou na Vila Belmiro. Antes jogou na Prudentina, "que era um timão?, ressalta Feijão. Depois de meses no Santos foi emprestado ao Olaria AC do Rio. "Ah, foi maravilhoso. Eu, Afonsinho, Luiz Carlos Beleza e o lateral paraense Haroldo? que jogava mais do que Carlos Alberto Torres, "fizemos um belo Campeonato Carioca de 1971?.
 
Aí, o Santos vendeu seu passe para o Belenenses de Portugal. Lá, ousou brigar pela artilharia com o português Eusébio, do Benfica.
"Foram os melhores anos da minha vida. Era um rei em Lisboa e, na despedida do Gento, do Real Madrid, no estádio Santiago Bernabeu, fui convocado pela FIFA como titular da Seleção da Europa. Joguei muito; fiz um gol; me senti como um Ronaldinho Gaúcho hoje e acertei contrato com o Valencia. Na volta só tinha que cumprir um último jogo pelo Belenenses, contra o Rio Ave. O jogo era só pra cumprir tabela pois já tínhamos terminado o Campeonato Português de 1973 em terceiro lugar. Aí, numa bola cruzada, subi de cabeça e o goleiro também. Cheguei primeiro e desci. Nisso o goleiro caiu encima da minha perna direita, estendida. O barulho ouço até hoje. Quebrou tudo. Encerrei a carreira e até hoje manco. Minha perna é igual à de Garrincha? relatou, às gargalhadas o saudoso Feijão, o infortunado.
 
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Pelo Palmeiras:

Com a camisa palmeirense profissional, ele atuou em  três partidas e marcou um gol, segundo o "Almanaque do Palmeiras", de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti.

Pelo Corinthians:


Já pelo Timão, Luis Carlos Feijão disputou oito partidas (cinco vitórias e três empates) e anotou dois gols. Os dados constam no "Almanaque do Corinthians", de Celso Unzelte.

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