Lédio Búrigo

Ex-lateral e fundador do Criciúma
por Tufano Silva
Um dos fundadores do Comerciário Esporte Clube, que no final da década de 70 passou a se chamar Criciúma, Lédio Búrigo, que também foi lateral-direito da agremiação, morreu em 18 de agosto de 2012, aos 82 anos, em Criciúma, vítima de infarto.
Foi o ex-lateral, à época dirigente, quem escolheu as atuais cores do uniforme da equipe do Criciúma, em 1984. "Lembro que dei a ideia. Preto do carvão, amarelo do ouro e branco da paz. O Antenor (Angeloni) que diz que as cores foi uma sugestão minha?, explicou Lédio, em entrevista concedida ao site oficial do Tigre, menos de um mês antes de sua morte.
Paralelamente às duas atividades no clube que ajudou a fundar, Lédio era um famoso comerciante de Criciúma. Apaixonado pela equipe da cidade, dificilmente perdia uma partida disputada no estádio Heriberto Hülse.
Lédio teve com sua esposa Aracy, falecida em 2009, quatro filhos: Rozângela, José Sérgio, Roberto e Maria Grazia; e oito netos. Apesar da paixão pelo time do Criciúma, o ex-dirigente matinha também um carinho especial pelo Vasco da Gama, algo relativamente comum no interior de Santa Catarina, onde existem muitos torcedores de times cariocas.
No dia 26 de agosto de 2012, a Folha de S. Paulo publicou o seguinte texto sobre a morte de Lédio Búrigo
Lédio Búrigo (1929-2012) - Pai das cores do uniforme do Tigre
ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO
Após mudar o nome de Comerciário para Criciúma no final da década de 70, o time catarinense resolveu, anos depois, trocar também a cor do uniforme, até então azul.
Comerciante da cidade, o sócio do clube Lédio Búrigo mandou trazer de Brusque, polo têxtil do Estado, 50 camisas de diferentes cores.
A que mais lhe agradou combinava preto (representa o carvão, base da economia local), amarelo (a riqueza da região) e branco (cor predominante no uniforme dos clubes das cidades mineiras do sul de Santa Catarina).
Com a aprovação dos outros membros do clube, o Tigre estreou, em 1984, as cores que ostenta até hoje.
Apesar de também torcer para o Vasco, Lédio era apaixonado mesmo pelo Criciúma. Não perdia um só jogo, até de bengala foi para o estádio Heriberto Hülse.
O fanatismo pelo futebol ela passou para as outras gerações da família: um dos filhos já foi presidente do time.
Na cidade que adotou para viver --era da vizinha Urussanga--, encontrou Aracy, outra paixão de sua vida.
Se conheceram passeando pela praça Nereu Ramos, no centro de Criciúma, e casaram-se em 1952. Da união, nasceram quatro filhos: Rozângela, José Sérgio, Roberto e Maria Grazia.
Era o estereótipo do gordinho alegre, bem-humorado. "Ele se dava bem com todo o mundo, era uma companhia gostosa", afirma José Sérgio.
Viúvo havia três anos, sofreu um infarto no sábado (18) --sem problemas de saúde, era considerado um "gordinho saudável", diz a família.
Tinha 82 anos. Além dos filhos, deixa oito netos.
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