Leandro Amaral

Ex-atacante da Portuguesa, Vasco e Seleção Brasileira
por Túlio Nassif

Leandro Câmara do Amaral, atacante versátil e filho do ex-volante do Palmeiras Júlio Amaral. Nasceu no dia 6 de agosto de 1977, em São Paulo-SP.

Em março de 2012, ainda mantinha sua casa no Tamboré 3, na Grande São Paulo, mas mudou-se para a cidade de Orlando, na Flórida. É casado e tem três filhos gêmeos.

Leandro Amaral iniciou carreira na Portuguesa, em 1997. Permaneceu no time do Canindé até 1999, quando acertou sua transferência tumultuada para a Fiorentina-ITA. Antes de chegar ao time italiano, sua apresentação como jogador do Porto-POR estava praticamente certa, mas o atleta sequer se apresentou no clube português.

Esteve na Seleção Brasileira por sete vezes, nos anos de 2000 a 2001.

Com uma passagem discreta pelo time italiano, acertou sua volta para o futebol brasileiro. Em 2001 defendeu o Grêmio, posteriormente o São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Ituano, retornou a Portuguesa, passou rapidamente pelo Istres-FRA, voltou para a Portuguesa e em 2006, acertou com o Vasco da Gama.

Diferente das outras passagens que teve pelos clubes que jogou, Leandro Amaral se saiu muito bem pelo time carioca. Ganhou o prêmio Bola de Prata como melhor atacante e foi sondado por diversos clubes nacionais e internacionais.

Com o tamanho assédio sofrido, o presidente do Vasco renovou o contrato do jogador, o que não o agradou, uma vez que estava interessado em jogar no futebol japonês. E foi por essa questão contratual que o atleta decidiu deixar o cruzmaltino. Visado no mercado, Leandro Amaral acertou com o Fluminense e manteve sua boa fase. Porém, o Vasco conseguiu na justiça uma liminar que o impedia de jogar no rival carioca, o obrigando a retornar ao time de São Januário. Após o rebaixamento do Vasco para Série B do Campeonato Brasileiro, Leandro Amaral voltou ao Fluminense, mas sua segunda passagem pelo tricolor carioca ficou marcada por uma lesão no joelho, que o deixou fora dos gramados quase toda a temporada de 2009. Em 2010, o atleta foi dispensado pelo Fluminense. 

Sensibilizado com o drama vivido pelo jogador, em junho de 2010, Zico (que na época era diretor-executivo do Flamengo) propôs a Leandro Amaral que treinasse durante um mês na Gávea e se conseguisse voltar a jogar seu bom futebol, seria contratado. No início de agosto, o jogador foi apresentado como o mais novo reforço do rubro-negro. Devido às contratações do Flamengo, Leandro Amaral acabou sendo a quinta opção para o ataque. Em agosto de 2010, ele entrou em acordo com o Flamengo e reincidiu o contrato, encerrando sua carreira futebolística.

Em 12 de setembro de 2013, o UOL veiculou uma matéria do jornalista José Ricardo Leite sobre Leandro Amaral, que segue abaixo, na íntegra.

Leandro Amaral muda para Disney e faz sucesso em time com filhos trigêmeos
Viver bem, pagando um preço justo pelo que é oferecido, com boa educação e segurança. E em um lugar que faça a alegria dos filhos trigêmeos. Foi por esses motivos, entre outros, que o ex-jogador da seleção brasileira Leandro Amaral, hoje com 36 anos, decidiu há dois anos se mudar de vez para os Estados Unidos e viver em Orlando, muito próximo aos parques da Disney.

O ex-atacante de Portuguesa, São Paulo, Fluminense e Vasco, entre outros, decidiu pendurar as chuteiras em 2010, quando tinha apenas 33 anos, após uma passagem rápida pelo Flamengo. Sofreu com as lesões e não quis mais continuar por não se sentir tão útil no futebol quanto antigamente.

"Fiquei seis meses no Flamengo, mas estava me incomodando. A carga de treinamento era muito forte e o joelho doía. Pensei ´não dá mais pra insistir´. Fui até onde dava pra ir. Não conseguia jogar 100%, eu ia jogar 60%. Estava acostumado a jogar em bom nível, e depois tem que jogar lá pra baixo. Resolvi parar e parei feliz", falou ao UOLEsporte.

Eis então que era hora de realizar um desejo que foi amadurecendo durante os anos de casado com Tatiana de se mudar para os Estados Unidos em busca de uma qualidade de vida melhor. A mulher do jogador já havia feito um intercâmbio na Califórnia nos tempos de estudante, e a ideia de se mudar para América do Norte sempre foi debatida, porém nunca concretizada em função da carreira de Leandro.

"Depois que parei, viemos duas vezes de férias para Orlando e Miami, e achamos que seria um bom lugar para morar por causa das crianças. Tenho trigêmeos de oito anos, e é uma ótima idade para aprender falar inglês. Decidimos rapidamente tudo. Em uma semana arrumamos a mala e nos mudamos", contou.

A escolha pela cidade da Flórida foi, entre outros motivos, para deixar os filhos mais próximos do mundo encantado dos parques e personagens de desenho. "A gente veio para Orlando por causa das crianças, por causa da Disney. Primeiro sempre o estudo, mas também por causa dos parques e conhecíamos outras pessoas que moravam. Sempre vínhamos mais para Orlando por causa das crianças. Tem os parques do lado, que eles gostam."

Para o desejo sair do papel, Tatiana acionou uma amiga dos tempos de intercâmbio nos Estados Unidos que tinha um conhecido que trabalha com esportes na cidade de Orlando. Eis então que Leandro conseguiu uma chance para ser treinador de uma escolinha de futebol por indicação dessa pessoa. Passou os primeiros meses com visto de turista, e agora já tem visto de trabalho para dar aulas.

Trabalha com crianças em um clube chamado Rush e também faz trabalhos à parte em treinos particulares de finalização com crianças que querem aprimorar os fundamentos. Enquanto isso Tatiana cuida das crianças e ajuda na adaptação da família. 

O ex-atacante conta que não deseja mais voltar ao país de origem, apesar da saudade da família e amigos. Diz que a qualidade de vida aumentou muito e que um regresso ao país natal só é utilizado como forma de "pressionar" os filhos a ter um bom comportamento.

"A gente adora o Brasil, sentimos falta dos amigos. Mas aqui dá uma qualidade de vida melhor pras crianças, um estudo melhor, mais segurança. As escolas não tem como comparar. Eu morava em Alphaville, pra pagar estudo pra três crianças era caríssimo. Aqui eles estudam na rede pública, mas que é seis estrelas. É uma baita escola", contou.

"Eles adoram (Orlando), não querem voltar. Quando eles fazem bagunça a gente brinca que vai voltar, aí eles param na hora. Pra criança não tem cidade no mundo como Orlando. É uma qualidade de vida impressionante", continuou.
Título em campeonato de três contra três

A fase da família Amaral é tão boa que Leandro conta que eles conquistaram o título de um torneio de futebol muito disputado nos Estados Unidos, chamado de 3v3, algo como o futebol de rua brasileiro com o famoso gol "japonês".

Um jogo de três atletas na linha e sem goleiro, com algumas regras específicas, como de só poder fazer gol dentro da área, entre outras. É possível inscrever até sete atletas, mas somente três atuam, e os outros ficam na reserva.

Eis então que Leandro formou seu time com os filhos Lorenzo, Felipe e até a garota Valentina. Começaram a ir bem nos campeonatos e passaram até a "contratar" bons jogadores de outro time. Nasceu então o Super Striker.

"Disputamos um campeonato e ganhamos de times fortes. No começo mal sabíamos as regras. Aí fomos jogando mais torneios, ficando em segundo, terceiro e até primeiro. Tinha um time muito bom que ganhava todos os torneios. Aí eles quiseram terminar o time deles e jogar com a gente. Nosso time ficou mais forte ainda", falou.

O Super Striker então venceu um campeonato estadual, da Flórida, e se classificou para disputar o nacional, que envolvia os campeões de outros estados americanos. E conseguiu mais um título.

"Ganhamos o torneio do estado e nos qualificamos para o torneio da Disney, que é nacional. Pegamos o s melhores times e ganhamos", contou.
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