Lacínio

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Lacínio de Lima Soares, o ex-meia-direita Lacínio, foi um dos mais emblemáticos jogadores da fase que marcou a transição do amadorismo para o profissionalismo do futebol brasileiro, na década de 30.
Capixaba nascido em Cachoeiro do Itapemirim em 05 de abril de 1913, começou a carreira no Rio Branco de Vitória.
Defendeu também a seleção capixaba no extinto Campeonato Brasileiro de Seleções.
Em 1938, já casado, aceitou convite para atuar pelo América do Rio de Janeiro.
Nesta época, conciliava as partidas e treinos com o emprego de contador. No entanto, atuou apenas dois anos do Diabo.
Em 1940, pendurou as chuteiras. Dez anos depois voltou ao clube da rua Campos Sales como diretor de futebol. Teve uma filha. Faleceu no Rio de Janeiro aos 67 anos, no dia 04 de outubro de 1980.
De baixa estatura, foi um meia de grande habilidade. Certa vez, a Federação Capixaba de Futebol alugou um jatinho especialmente para que ele pudesse viajar a Salvador, onde a seleção do Estado enfrentaria a da Bahia (Lacínio precisou resolver problemas particulares e não conseguiu embarcar com o restante do grupo).
Desencantou-se com o futebol quando foi para o América. Acostumado a jogar de graça no Rio Branco, não conseguiu entender o espírito do profissionalismo.
Um dia, ao notar que alguns companheiros faziam corpo mole durante uma partida, esperou o intervalo para lhes oferecer dinheiro em troca de empenho. Desiludido, parou com a bola com apenas 27 anos.
Por Marcelo Rozenberg