Julio Brisola

Ex-diretor do São Paulo
Nome histórico na vida política e social do São Paulo Futebol Clube, o dirigente e empresário Julio Brisola morreu em São Paulo no dia 04 de maio de 2010, aos 89 anos.
Foi um abnegado dirigente do Tricolor do Morumbi, desde 1949.
Aliás, Brisola foi um dos principais responsáveis pela construção do exemplar estádio do São Paulo. Durante 60 anos, Julio Brisola foi tudo no Tricolor, inclusive diretor de futebol.
Era apaixonado pelos cachorros da raça pastor alemão e sempre viajava para a Europa participando de exposições e competições caninas de raça pura.
Julio Brisola também era sócio do Clube Paulistano, mas seu legado está fincado na Praça Roberto Gomes Pedrosa: ali está para sempre o Estádio Cícero Pompeu de Toledo, do qual Julio Brisola foi um os principais "pedreiros".
No futebol, um dia disse a mim, Milton Neves, em entrevista à Rádio Jovem Pan, que Roberto Dias, depois de Pelé, foi o mais completo jogador de futebol que viu na vida.
Deixou três filhos, seis netos e oito bisnetos. Seu corpo foi sepultado no cemitério do Morumbi, zona sul de São Paulo.
Hoje, no céu, está conversando com o grande marcador de Pelé.
por Milton Neves
Abaixo a homenagem do jornalista Estêvão Bertoni, da Folha de São Paulo, em 22 de maio de 2010.
Um empresário que amou o time do São Paulo até o fim
Julio Brisola era de chorar, ficar nervoso e até doente com o time que amava. A paixão pelo São Paulo Futebol Clube fez com que ele fosse mais do que um mero torcedor: por longos, também integrou a diretoria do clube.
Empresário, ele iniciou a carreira trabalhando com aço. Depois, foi sócio na antiga rodoviária de São Paulo, então no centro da capital.
Nos anos 50, envolveu-se mais intensamente com o clube do qual era filiado desde 1943. Naquela década, participou da construção do estádio do Morumbi, cuja inauguração se deu em 1960.
Foi diretor de relações exteriores e segundo secretário do time nos anos 50, e diretor de futebol durante quase quatro anos, na década de 90. Virou conselheiro vitalício.
Até os anos 70, conta a filha Lígia, Julio também se dedicou à criação de cães da raça pastor alemão. Viajava para participar de concursos e foi juiz em várias competições.
Nos últimos anos, havia abandonado o hobby. Gostava de ira ao Club Athletico Paulistano, onde todas as sextas almoçava com os amigos.
Em seu último dia de vida, ainda lembrou à filha, no hospital, que seu time jogaria pela Libertadores. Em 4 de maio, o São Paulo superou o Universitário do Peru em disputa de pênalitis ocorrida no momento de seu velório.
Sofrera um infarto, aos 89, deixando três filhos, seis netos e oito bisnetos. Foi enterrado no cemitério do Morumbi, na região do estádio, pois dizia que assim continuaria acompanhando as partidas.

por Estêvão Bertoni

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