José Eduardo Soares

Ex-jornalista e presidente da CBD
por Túlio Nassif
Na história do jornalismo brasileiro, um dos nomes de grande relevo foi José Eduardo de Macedo Soares, que militou entre os anos 20 aos 50 na imprensa brasileira e, durante longo período, era tratado como "o príncipe dos jornalistas brasileiros?. E no início de sua carreira como jornalista, se prestou a ser dirigente e à frente do comando da CBD (confederação Brasileira de Desportos), na qual assumiu no dia 16 de abril de 1921 e a deixou no dia 26 de janeiro de 1922. Era casado e pai de duas filhas.
Com origem em Saquarema, Rio de Janeiro, foi criado em São Paulo no início do século XX, mas continuou mantendo o interesse político no Rio.
Entrou para a Marinha, mas logo sua paixão pelo jornalismo levou-o a se demitir como aspirante, para fundar "O Imparcial?, que acabou se transformando no principal porta-voz dos tenentes na década de 20.
Na CBD, passou por um momento delicado devido a um terrível episódio de racismo cometido com jogadores brasileiros, anos antes de assumir a entidade, na Argentina, em 1916, onde um dos jornais de Buenos Aires publicou uma charge em que os atletas do Brasil eram representados por macacos. O marco virou motivo de gozação popular e o povo brasileiro passou a ser chamado de "macaquitos?.
Por tal motivo, no Sul-Americano de 1921, realizado em Buenos Aires, José Eduardo se viu encurralado quando na época, o então Presidente da República, Epitácio Pessoa, convocou a diretoria da CBD para uma reunião no Palácio do Cacete, onde fez recomendações de que só deveriam seguir para a competição o melhor da elite futebolística nacional, em outras palavras, os moços das melhores famílias, peles mais claras, de cabelos lisos, etc. Vários craques ficaram de fora do campeonato e como já era de se esperar, a Argentina fora campeã e o Brasil, para a surpresa de muitos, vice.
Enfim, após o termino do mandato da CBD, José Eduardo continuou fazendo história.
Fundou em 17 de julho de 1928, o Diário Carioca. Além de uma figura muito importante na esfera política das décadas de 20 a 50, não era um jornal de grande circulação nem muito extenso, mas dedicava pelo menos uma página aos esportes desde o seu lançamento e participou da cobertura das duas Copas estudadas. O jornal foi um dos mais influentes do país e o responsável pela modernização técnica da imprensa brasileira.
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