Joel Silveira

Jornalista e escritor brasileiro
por Marcos Júnior
O jornalista e escritor Joel Silveira faleceu em 15 de agosto de 2007, aos 88 anos, vítima de câncer na próstata, após uma longa carreira nos meios de comunicação, mais destacadamente para os Diários Associados, Última Hora, O Estado de S. Paulo, Diário de Notícias, Correio da Manhã e Manchete.
Silveira nasceu na cidade sergipana de Lagarto, em 23 de setembro de 1918, mudando-se para o Rio de Janeiro aos 19 anos, sendo contemporâneo de David Nasser e Samuel Wainer, entre outros.
Alinhado com o pensamento da esquerda, Joel Silveira foi um dos jornalistas de seu tempo a trabalhar com a chamada linha das "grandes reportagens", meio encontrado por muitos profissionais para escaparem da censura da ditadura do Estado Novo.
Foi escolhido por Assis Chateaubriand como correspondente dos Diários Associados junto à F.E.B (Força Expedicionária Brasileira) na 2ª Guerra Mundial, contrariando a oposição por parte do General Dutra e do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), orgão que trabalhava a serviço do Estado Novo.
Considerado um dos precursores do jornalismo internacioal e literário do Brasil, ganhou de Chateaubriand o apelido de "A Víbora", por conta de seu estilo contundente, representado também em 40 livros publicados, entre eles "O Pacto Maldido", "Segunda Guerra Mundial", "A Luta dos Pracinhas" e "Você Nunca Será um Deles". Aliás, pelo conjunto de sua obra como escritor, ganhou em 1998 o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, mais importante da entidadade, além dos prestigiados Jabuti e Esso, entre outros.
Preso pelo regime militar após o AI-5, quando dirigia o jornal "O Paiz", Silveira foi amigo de diversos presidentes, entre eles Juscelino Kubitschek (de quem teria "roubado" uma namorada).
Candidatou-se à vaga de Jorge Amado na Academia Brasileira de Letras, mas acabou derrotado pela mulher do escritor baiano, Zélia Gatai, por 32 votos a 4.
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