por Rogério Micheletti
Joãozinho, o João Marques Oliveira Souza, ponta-esquerda que defendeu o Sergipe, o Confiança, o Santa Cruz, o Corinthians, o Sport, o Bahia e encerrou a carreira no São Cristóvão (SE), hoje mora na cidade sergipana de Carmópolis, 40km da capital Aracaju. Lá, Joãozinho acumula dupla função: presidente do clube São Cristóvão e funcionário público. Além de cartola, Joãozinho trabalha como vigilante.
"Estou fazendo as duas coisas ao mesmo tempo. Sou presidente do São Cristóvão desde 2001. Já é a segunda gestão. É que ninguém quer problema pela frente. O clube é muito modesto. Temos problemas até para arrumar uniformes. Mas eu assumi o compromisso de ser o presidente até 2009 e quero contribuir", comenta Joãozinho.
Nascido em Aracaju, no dia 25 de junho de 1956, Joãozinho começou a carreira de jogador no Sergipe. Foi campeão estadual duas vezes, ainda com contrato de gaveta, isto é, sem ser profissional. "O meu primeiro contrato só foi assinado em 1976, no Confiança", revela.
O ponta teve sucesso também no rival do Sergipe. Pelo Confiança, foi mais duas vezes campeão estadual, em 1976 e 1977. "Já tinha sido duas vezes pelo Sergipe, em 1974 e 1975, e depois do Confiança fui mais duas vezes pelo Santa Cruz, em Recife, nos anos de 1978 e 1979. Isso foi motivo até de matéria na revista Placar", lembra.
No time coral, Joãozinho atuou ao lado de jogadores famosos, entre eles Nunes (centroavante que depois brilhou no Flamengo), Lula Pereira, Givanildo, Carlos Alberto Barbosa, Fumanchu e Joel Mendes. "Era um forte time comandado pelo Evaristo de Macedo", conta.
As boas exibições com a camisa do Santa chamaram a atenção do técnico Oswaldo Brandão, à época no Corinthians. Joãozinho se transferiu para o alvinegro do Parque São Jorge em 1980 e lá ficou até o começo de 1982. Fez 65 jogos com a camisa corintiana (29 vitórias, 22 empates e 14 derrotas) e marcou cinco gols, números que estão no "Almanaque do Corinthians", de Celso Unzelte. "Pedi para o Vicente Matheus me negociar para o Sport porque as minhas filha Tatiana não se adaptou ao clima de São Paulo. Mas fiz grandes amigos no Corinthians: o Zenon, o Caçapava, o Luciano, o Biro-Biro e muitos outros", diz o ex-ponta.
Em 1982, ele chegou a ser convocado por Sebastião Lapola para defender a seleção brasileira de novos, mas foi vetado pelo departamento médico. "Do Sport, eu e o Betão (lateral-direito) fomos chamados", diz Joãozinho, que em 1986 teve uma rápida passagem por empréstimo pelo Bahia.
Em 1987, voltou ao Sport. Mas um amigo lhe iludiu com a possibilidade de encerrar a carreira no futebol português. "Ele pediu para conseguir o meu passe no Sport. Eu convenci a diretoria do clube, mas não aconteceu a transferência para o futebol de Portugal. Foi um erro que cometi", lamenta.
Antes de encerrar a carreira, o ponta voltou para Sergipe e lá defendeu o São Cristóvão. "Na época o clube era comandado por um amigo meu que era vereador. Mas ele desistiu de tudo. Eu cheguei a ser dois anos técnico e depois topei ser presidente", comenta. "Até hoje estou em Carmópolis, a Terra do Petroléo", emenda o ex-atacante, que é casado pela segunda vez, tem cinco filhos (João Augusto, Tatiana, Monique, Avir e Maria Clara) e dois netos (João Vitor e Maria Letícia).
Elogios ao colega Emerson Leão
Joãozinho conheceu Emerson Leão no Sport, em 1987, e guarda boas recordações do ex-goleiro. "Só tenho boas lembranças dele. O Leão sempre que podia ajudava o pessoal. Era um cara sério, que gostava de treinar. Fomos algumas vezes na casa dele em Porto de Galinhas. Muita gente fala do Leão, mas ele sempre foi uma pessoa bacana nos tempos de Sport", diz Joãozinho.
A estréia de Casão e o brilho do Doutor
Dois jogos pelo Corinthians estão guardados na memória de Joãozinho. O primeiro é a vitória por goleada sobre o Guará, do Distrito Federal, em 1982. "Era a estréia do Casagrande, que tinha voltado da Caldense. Ele substituiu o Mário, o Galego. O Casão acabou com o jogo, fez quatro gols. E eu fiz uma das minhas melhores partidas com a camisa do Corinthians", fala.
Joãozinho também se recorda de um jogo em que Sócrates teve uma atuação de gala contra o Internacional, em Porto Alegre. "O Sócrates era um gênio. O pessoal de hoje não sabe como alguns jogadores eram talentosos. O Magrão jogava muito. Era impressionante", conta.
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Ele residia em Araraquara. Foto: Portal Terceiro TempoFez 65 jogos com a camisa corintiana (29 vitórias, 22 empates e 14 derrotas) e marcou cinco gols, números que estão no "Almanaque do Corinthians", de Celso Unzelte.
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