João Segurança

Segurança do Galo por 30 anos

João Batista da Paixão, conhecido como João Doce de Leite ou João Segurança, trabalhou no Clube Atlético Mineiro durante 30 anos. Ele morreu no dia 6 de junho de 2014, aos 65 anos, vítima de um câncer na região da próstata.

Abaixo, leia a homenagem de Igor Assunção ao histórico segurança do Galo, publicada no portal Terceiro Tempo no dia em que ele morreu

Vai com Deus, João Segurança

O Atlético se despede de um doce de pessoa. João Lobão, João Doce de Leite, como queiram. Segurança do clube durante vários anos, viveu anos de ouro do Galo, ao lado de craques desde Reinaldo, Éder, Nelinho, Dario, Telê até mais recentemente, com Marques, Guilherme, Taffarel, dentre outros.

João foi vencido pela doença mais covarde que existe. Não sem lutar. Não sem brigar para, até o último dia que pôde, estar na porta da sede, onde pediu para trabalhar desde quando se cansou das viagens com o time e onde constantemente recebia os gritos de “Ô DOCE DE LEITE”, seja de um conselheiro, de um funcionário, de um amigo, ou até de um torcedor conhecedor de sua história. História? Ah, sim. Esse tinha demais para contar. Uma pena que se foi antes de escrever o livro que tanto falava que iria fazer.

João, sem dúvida, é um dos responsáveis por me fazer entender de Atlético. Não só ele, como Zé Flávio, que também já nos deixou, o Pedra, cuja última notícia que tive era que estava curtindo a aposentadoria cuidando de passarinho, o Miltinho, que lá vai para mais de 50 anos de Galo... ainda moleque, voltando do colégio Santo Agostinho para pegar o ônibus na Rua Curitiba, a sede de Lourdes sempre foi parada obrigatória. Na portaria, os primeiros ensinamentos de Galo. Pretensão? Nenhuma. O moleque queria era conversar do clube que amava com quem conhecia o clube. Cornetagem, alegria com as vitórias e até compartilhar os momentos ruins administrativos do clube eram constantes. Épocas terríveis de Paulo Cury... Ali, na calçada em frente ao edifício da Av. Olegário Maciel, 1516, formei, graças a estes personagens, grande parte do meu conhecimento de Galo.

Tantos anos se passaram e o carinho por essa turma e a gratidão cada vez cresce mais. O Atlético é o que é por tudo o que conquistou, mas o que conquistou deve também a essa turma.

Vou sentir saudade das porradas nas costas quando chegada à sede e dava um “boa tarde, Docinho”. Ou das carreiras que tinha que dar quando passava lá em frente e gritava um DOCE DE LEITE em plenos pulmões.

Vai com Deus, meu parceiro. Vai adoçar a vida no céu e vê se respeita São Pedro e não enche ele de pancada também.

Saudações Alvinegras,

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