Jaguaré

Ex-goleiro do Vasco, Olympique e Corinthians
por Túlio Nassif
Jaguaré Bezerra de Vasconcelos, o Jaguaré, foi um excelente goleiro que vestiu a camisa do Vasco. Nasceu no Rio de Janeiro.
Logo quando criança, começou a treinar no Vasco da Gama, na década de 20.
Ganhou o apelido de Babilônia ou Dengoso, por ficar com medo quando um novo arqueiro chegava no clube e o ameaçava em tirar sua posição de titular. Ao chegar no momento do treino de tiro livre, Jaguaré disparava chutes fortíssimos, todos contra a meta do novo goleiro. Seu concorrente saia do treino nocauteado e nunca mais retornava, para a felicidade de Jaguaré.
Certa vez, desafiou Grané, um dos melhores laterais-direito da história do Corinthians, da década de 20. Grané foi cobrar um pênalti e Jaguaré iria defendê-lo. A torcida esbravejava: "Cuidado Grané! Não mate o Dengoso, chuta fora?! O lateral tomou distância e cobrou a penalidade. Para o espanto de muitos, Jaguaré pulou para defender a bola e caiu no chão agarrado com ela. Ele se levantou e saiu rodando a bola no dedo, como se nada tivesse acontecido.
O Vasco fez uma excursão à Espanha onde participou de alguns amistosos. Após concluí-los, Jaguaré passou a defender o Barcelona-ESP. Em 1932, depois de uma discussão, retorna ao Brasil e, em 1934, começa a defender as cores do Corinthians. Com a chegada do goleiro estrangeiro, José Hungarez, a diretoria corintiana decidiu substituir Jaguaré. Em 1938, Jaguaré embarcou para a França para jogar no Olympique de Marseille-FRA. Na França, conquistou a Taça da França.
Logo depois da sua volta ao Brasil, em 1946, Jaguaré tornou-se dependente alcoólico. Acabou ficando muito debilitado e em uma passagem sua pela prisão, o grande goleiro bateu a cabeça na parede e foi transferido para o Manicômio Judiciário de Franco da Rocha (mais conhecido como Juquery). Lá, foi hospitalizado, mas Jaguaré veio a falecer semanas depois.
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