Itá

Ex-lateral-esquerdo do Criciúma, Santos e Bahia
por Milton Neves e Marcos Júnior Micheletti
 
Itá, o Antônio Luís Sartoretto, inesquecível capitão do Criciúma Esporte Clube de Felipão, campeão da Copa do Brasil de 1991, em final  contra o Grêmio, segue morando em Criciúma-SC onde é proprietário de importante imobiliára, (clique aqui e conheça a Itá Imóveis).
 
Ele abandonou a carreira de treinador que chegou a tentar por dois anos.
 
Itá, porque nasceu na simpática cidade do mesmo nome, que dista 70 quilômetros de Criciúma no sul de Santa Catarina, foi o líder do time-surpresa campeão da Copa do Brasil de 91.
Capitão, "peitou" a diretoria do clube e não deixou ser efetivada a demissão de Felipão quando o time perdeu do juventude em Caxias do Sul, sendo rebaixado para a Série C do Brasileiro em competição que o "Tigrão" disputava simultaneamente com a Copa do Brasil.
 
Prestigiado, Felipão seguiu no torneio nacional e revelou-se no cenário brasileiro como técnico campeão e importante ao lado de figuras como Wilsão, o goleiro Alexandre, Itá, atacantes Wanderlei e Jairo Lenzi, entre outros.
 
Mas o Capitão Itá guarda mágoa de Felipão, lembrando que não teve do treinador, quando encerrou a carreira de jogador, reciprocidade e gratidão.
 
"Ele jamais me indicou para qualquer clube quando tentei ser técnico. Pedi `1000´ vezes uma chance, uma só, e ele sempre me ignorou. Foi uma grande ingratidão", lamenta o triste Itá, um lateral de pernas curvas assim como os grandes também ex-alas Leandro e Leonardo.
 
Aliás, a carreira de Itá, nascido em 14 de abril de 1962, começou em outra posição, como  ponta-esquerda, nos Juniores da Chapecoense-SC, com 16 anos.
 
Deu uma pausa no futebol para estudar Administração de Empresas em Bagé-RS, mas retornou aos gramados um ano depois, pela própria Chapecoense, agora como profissional.
 
"Eu marcava muitos gols como ponta-esquerda, mas um dia o time ficou sem lateral-esquerdo e o técnico Juarez Vilela pediu para que eu o substituísse. Acabei nunca mais saindo dessa posição", disse Itá em entrevista ao Portal Terceiro Tempo no dia 17 de outubro de 2012.
 
Permaneceu na Chapecoense até 1985, transferindo-se em seguida para Criciúma em 1986, onde permaneceu até 1992, período em que conquistou a Copa do Brasil de 1991 e disputou a Libertadores em 1992.
 
A boa performance de Itá rendeu o convite para um contrato na Arábia Saudita, pelo Al Shabab, mas esteve no mundo árabe por um período curto, entre janeiro e abril de 1993.
 
De volta ao Brasil, a convite de Oberdan (ex-zagueiro), disputou o hexagonal de 1993 pelo Santos.
 
Em julho do mesmo ano foi para o Vitória-BA, treinou por 15 dias mas acabou não assinando contrato quando recebeu um telefonema da diretoria gremista para defender a equipe gaúcha, em uma proposta bem vantajosa, com salário e luvas três vezes maiores que a oferta do Vitória.
 
Em 1994 o técnico Afrânio Riul (já falecido) o chamou para ajudar na campanha do Taquaritinga-SP na terceira divisão, entre janeiro e março de 1994.
 
Em seguida, ainda no futebol paulista, chegou ao Atlético de Sorocaba, retribuindo a gentileza do técnico anterior, indicando Afrânio Riul para a equipe, que acabou o contratando.
 
Depois, ainda em 1994 integrou o time do Bahia, à época treinado por Joel Santana, mas as constantes mudanças acabaram por influenciar em sua decisão para retornar à Santa Catarina com a família.
 
Como diz o ditado, "o bom filho à casa torna", Itá voltou a vestir a camisa da Chapecoense, e em grande estilo, sendo vice-campeão catarinense de 1995 e campeão em 1996, com Vicente Arenari como treinador.
 
Ainda em Santa Catarina, defendeu o Avaí (campeão em 1997 e quarto em 1998) para encerrar sua carreira pelo Fraiburgo, em 1998.
 
Foi diretor do Criciúma antes de algumas experiências como treinador, uma delas no Caxias de Joinville, até abandonar definitivamente o futebol para começar como corretor de imóveis, a convite de um amigo.
 
Os bons contatos ao longo de muitos anos renderam frutos logo de início, fechando a venda de vários imóveis, culminando com a abertura do próprio negócio, em 2007.
 
É casado com Maria Lúcia Meller Rovaris Sartoretto com quem tem dois filhos: Roberta Rovaris Sartoretto (concluindo arquitetura) e Eduardo Rovaris Sartoretto (estudante de medicina).
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