Ilton Porco

Ex-lateral e médio-volante do Guarani, América do Rio e Bangu
Ilton Porco, o Ilton Celestino Vaccari, lateral-direito e médio volante do Bangu (de 1951 a 57), do América do Rio (de 1958 a 60) e do Guarani de Campinas (de 1960 a 65), morreu aos 84 anos, no dia 24 de julho de 2019, em decorrência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral).
 
Carioca de Bangu, Ilton Porco nasceu em 25 de outubro de 1934 e estava aposentado, residindo em Maricá (RJ), no bairro Itaipuaçu, perto de Niterói, onde sua família administra uma companhia de natação.

Ilton teve quatro filhos e quatro netos (um dos filhos é Marcelo Vaccari, técnico da seleção brasileira de natação).

Na história do ex-volante do Bugre ressalte-se também que ele disputou a Copa América de 1963 na Bolívia pela Seleção Brasileira. Foi uma seleção renovada depois do Mundial do Chile que contou com Hilton Chaves e Marcial, de Minas, Oswaldo Ponte-Aérea, do Guarani, e Marcos, do Corinthians, dentre muita gente boa.

Ilton tinha o apelido de ´Porco´ porque engordava muito e, em seus tempos de Bangu, havia uma propaganda do mercado "Casas da Banha", no Rio, que tinha o slogam ´O porco que ri´.
 
"Aí, o apelido pegou", dizia Ilton, que adorava o jingle do `reclame´das Casas da Banha.


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Abaixo, um pouco mais sobre Ilton Porco em texto de seu filho, Marcelo Vaccari.

"A carreira de meu pai teve início em 1952 nas divisões de base do Bangu (juvenil), sagrando-se bicampeão carioca (1952 e 53). Era um time muito técnico e também aguerrido, fazendo com que por várias vezes saíssem dos jogos com boas vitórias. E dentre as várias partidas inesquecíveis, uma não sai da memória de meu pai. Foi um jogo entre BANGU X FLAMENGO.

Na época o meu pai jogava de lateral e por isso não poderia ir ao ataque de forma alguma. Mas como o Bangu estava perdendo ele, desobedecendo taticamente o treinador, resolveu ir ao ataque, conseguindo criar boas chances de gol para o seu time. O seu treinador (o legendário Tim), mesmo descontente com as suas "arrancadas? percebeu que o time havia melhorado e resolveu fazer a seguinte troca: tirou o meu pai da lateral e passou-o para a cabeça de área e o cabeça de área para a lateral.

O time continuou criando várias oportunidades e os gols foram surgindo naturalmente. O Bangu venceu o jogo e o meu pai foi o melhor em campo, ficando com a vaga no meio-campo. E assim, com bastante rapidez, subiu ao time profissional.

Após passar algumas temporadas no time profissional do Bangu e realizando grandes atuações, recebeu propostas do Flamengo, Fluminense e América. Mas como naquela época palavra era "coisa de homem?, meu pai decidiu ir para o América, por ter feito uma promessa verbal com um diretor deste clube. Com isso, perdeu uma boa oportunidade de ter sido jogador de um desses dois grandes clubes, de ter tido uma maior projeção nacional e um melhor contrato. Outro fato importante em sua carreira foi a proposta da Fiorentina da Itália, também não aproveitada.

Em 1960, resolveu aceitar uma boa proposta do Guarani. Passou cinco anos em Campinas e teve grandes momentos em sua carreira. Um deles foi o jogo memorável contra o Santos (Guarani 5x1 Santos ? no dia 18 de novembro de 1964). Nesse jogo meu pai foi considerado o melhor em campo, conseguindo anular o grande Pelé. Um jogo histórico para o Guarani.

Outra momento inesquecível foi sua convocação (com mais dois jogadores do Guarani) para a Seleção Brasileira. Fato inédito na história do Guarani, até então. E, com isso, meu pai teve a oportunidade de voltar a seleção.

Ele tem muito a agradecer aos clubes pelo quais passou, aos amigos que fez e aos profissionais que conviveu. Guarda, hoje e sempre, valores, princípios e qualidades que o ajudaram a percorrer uma brilhante carreira no futebol: amor pelo que faz, dedicação e sede de vitória."

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