Hugo Chávez

Ex-presidente da Venezuela
por Tufano Silva
Além de ter revolucionado a política em boa parte da América do Sul, com o que costumava denominar como socialismo do século XXI, o ex-presidente venezuelano Hugo Rafael Chávez Frias foi também importantíssimo para a evolução do futebol no seu país. Chávez morreu no dia 5 de março de 2013, aos 58 anos, vítima de câncer na região pélvica, contra o qual lutou por aproximadamente um ano e meio.
Tendo o beisebol, pouco popular na América do Sul, como o principal esporte de seu país, Chávez viu no futebol um bom modo de conseguir difundir a evolução da Venezuela por conta de sua política. Sendo assim, logo que foi eleito pela primeira vez, em 1998, decidiu investir no esporte bretão.
O primeiro resultado razoável foi nas eliminatórias para a Copa de 2002, quando a equipe venezuelana, considerada sempre um "saco de pancadas?, conseguiu cinco vitórias na competição, ficando à frente da sempre tradicional seleção chilena.
Em 2007, Chávez conseguiu levar a Copa América para o seu país. E a Venezuela surpreendeu, tanto na organização quanto no desempenho em campo, já que a equipe "vinotinto? conseguiu o primeiro lugar de seu grupo e caiu só nas quartas-de-final, após derrota para o Uruguai.
Na torneio continental de 2011, outro espantoso resultado da seleção venezuelana: quarto lugar, depois de perder na prorrogação da semifinal contra o Paraguai. Os destaques venezuelanos na competição foram Orozco e Rondon.
Em 2013, quando Chávez morreu, o futebol ainda não tinha conseguido passar o beisebol na preferência popular do povo venezuelano. Entretanto, já havia se consolidado como o segundo esporte do país.
Para saber mais sobre Hugo Chávez, leia abaixo o texto publicado no blog do jornalista Flávio Gomes no dia da morte do ex-presidente venezuelano
SÃO PAULO ? Hugo Chávez foi um libertador. É um dos heróis desta América Latina violentada por séculos que encontrou, ao longo dos anos, pouca gente de coragem para enfrentar o que de pior a espécie humana produziu. Do seu jeito, porque na Venezuela não havia outro jeito, peitou as mais odiosas elites econômicas e políticas de seu país e do vizinho ao norte, e ganhou.
Ganhou no voto, ao contrário do que os obtusos guiados pela imprensa de sempre, cada vez menos relevante, imaginam. Tentaram tirá-lo do poder à força, mas o povo venezuelano o conduziu de volta a Miraflores. Chamam-no de ditador. Um ditador que nunca teve medo de uma eleição. Que não deu um passo fora da Constituição de seu país. Que não partiu para a vendetta contra aqueles que chegaram, até, a defender seu assassinato em horário nobre de TV. Esses se retiraram do jogo democrático, covardes que são. E fugiram para a Flórida.
O comandante morre cedo, mas deixa uma herança política eterna, que se espalhou por sua querida América do Sul. Brasil, Bolívia, Equador e Uruguai, principalmente, ao seu modo, seguem os passos do bolivariano no sentido de defender sua autonomia e de se preocupar com os pobres, gerações de pobres estupradas por uma minoria abjeta que sempre deteve, e na maioria dos casos ainda detém, o poder econômico e político no continente. Amar os pobres é algo que não entra na cabeça de uma parcela da sociedade.
Sua morte será comemorada em Miami, nas redações da "Veja? e dos jornalões e em alguns outros círculos desprezíveis formados por gente desprezível.
As ruas da Venezuela, porém, vão mostrar quem foi Chávez e o que ele representou. E, aí, aqueles que festejam sua morte e se preparam para tomar o país de volta perceberão que já não é mais possível.
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