Francisco Romão Lopes

Ex-centroavante do River-PI

Francisco Romão Lopes, excelente centroavante do futebol piauiense, faleceu em 12 de janeiro de 2012, aos 65 anos. Destacou-se no River Futebol Clube na década de 60, notabilizando-se sobretudo pelo cabeceio, sua maior especialidade.
Em 15 de janeiro de 2012 recebemos o e-mail de Carlos Amorim, da cidade de Teresina, no Piauí.
De: Carlos Amorim [mailto:olhodeaguia2010@hotmail.com]
Enviada em: domingo, 15 de janeiro de 2012 11:34

Fragmentos da vida Francisco Romão Lopes, nascido em 9 de março de 1946, faleceu dia 12 de janeiro de 2012 aos 65 anos, oriundo de uma família muito pobre, mas ganhou a dádiva divina do talento para jogar futebol, se destacou nos anos 60 envergando uniforme do River Futebol Clube, muito habilidoso, exímio cabeceador foi um centroavante que conseguiu conquistar admiração até dos adversários. Tive o privilégio de na minha pré adolescência vê-lo de perto se deslocar em altíssima velocidade com domínio de bola que lhe era peculiar e concluir a jogada desferindo violentíssimo chute na maricota como centenas de vezes o narrador Fernando Mendes alardeou aos quatro cantos do Piauí ( é bola no filó) através das ondas sonoras da rádio Difusora AM. Após encerrar sua carreira futebolística tornou-se profissional do volante como funcionário do Banco do Estado do Piauí/BEP, desenvolveu sua atividade por mais de 25 anos, ao ser acometido por um glaucoma que lhe tirou a visão foi aposentado dedicando-se somente ao convívio dos familiares em seu lar, há cinco anos surgiram novas patologias as quais agravavam-se a cada dia sem que fosse revestido tal situação, mesmo tendo sido submetido a inúmeras consultas médicas e várias baterias de exames, finalmente nessa quinta-feira deixou esse plano terrestre levando consigo a consciência do dever cumprido em sua missão. Frequentemente temos conhecimento de homenagens que são prestadas a forasteiros e desconhecidos pelos mais variados segmentos de nossa sociedade. Esse craque que nos deixou viveu anos no mais absoluto ostracismo, esquecido e abandonado pelo seu grande publico formado por autoridades, admiradores, seguidores, entusiastas, comentaristas, narradores esportivos e jornalistas. Todos foram unânimes em reconhecer sua habilidade pela maestria com que trabalhava suas jogadas, levando milhares de pessoas ao êxtase e euforia nos memoráveis clássicos no estádio Lindolfo Monteiro com toda torcida em delírio de felicidade ao ver mais uma vitória consagradora promovida pelo extraordinário centroavante Romão. Essa é minha homenagem póstuma a esse ídolo do futebol piauiense que nos deixa em um momento precário e triste do futebol piauiense, quando as indefinições de pseudos autoridades desse esporte ignoram o suor, lágrima e dedicação daqueles que construíram grandes espetáculos que hoje só os privilegiados podem contar em verso e prosa por terem sido testemunhas oculares dos fatos. Pouquíssimos desses brilhantes pioneiros ainda estão vivos para testemunhar a veracidade dos fatos. É premente a necessidade de compromisso, responsabilidade, competência e dignidade para resgatar o futebol do Piauí para que saiamos dessa patética situação que vivemos atualmente ostentando um troféu de permanente lanterna apagada do futebol brasileiro.

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