Fluminense, campeão do mundo.

Veja por quê

O Flu também é campeão do mundo de clubes

Recebi de meu telespectador José Fernando Ribeiro Maciel, 36 anos, de Niterói-RJ, torcedor do Fluminense, o texto abaixo que publico, por pertinente que é:


"Prezado Milton Neves, porque o senhor também não falou, em seu programa, sobre o campeonato mundial que o Fluminense ganhou em 1952, já que disse que o Palmeiras foi o autêntico campeão mundial de 1951? Com craques como Didi, Castilho e Telê, o Tricolor carioca ganhou mais um torneio internacional. A II Copa Rio, torneio internacional patrocinado pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e pela Prefeitura da cidade, foi realizada no Brasil, em julho de 1952. Os clubes participantes foram divididos em dois grupos, um em São Paulo e outro na cidade do Rio de Janeiro. Na segunda edição da Copa, o Palmeiras e o Vasco, foram substituídos pelo Corinthians e pelo Fluminense, campeões paulista e carioca de 1951, respectivamente.
Os dois primeiros colocados de cada grupo (série de classificação), em sua sede, passariam para a fase semifinal e os vencedores realizariam a grande final, no Maracanã. Nossa estréia no torneio se deu no dia 13 de julho de 1952, quando enfrentamos o Sporting. O campeão português ofereceu grande resistência ao esquadrão tricolor, que esbarrou nas grandes defesas do goleiro Carlos Gomes. Ao final da partida, em pleno Maracanã, o 0 a 0 acabou sendo um justo resultado. A equipe tricolor atuou com Castilho, Píndaro, Pinheiro, Jair, Édson, Bigode, Telê, Orlando (depois Robson), Carlyle (depois Marinho), Didi e Quincas. O segundo confronto foi contra o Grasshopper (17 de julho). A defesa suíça, muito bem postada, com o chamado ferrolho, foi dura de ser vencida, o que provocou fortes críticas à equipe tricolor. Somente aos 78 minutos, em um lance em que Marinho e Vilalobos disputaram juntos, Marinho acabou finalizando para o Tricolor e nos deu a difícil vitória por 1 a 0. A equipe formou com Castilho, Píndaro, Pinheiro, Jair, Édson, Bigode, Lino (depois Telê), Orlando (depois Vilalobos), Marinho, Didi e Robson. Já contra a equipe do Peñarol (20 de julho), o Fluminense foi brilhante, e a torcida tricolor vibrou com a grande apresentação. A equipe uruguaia, com seu mais famoso jogador, Obdúlio Varela, foi massacrada por 3 a 0, gols marcados por Marinho, aos 38 e aos 75 minutos, e por Orlando, a um minuto do final, convertendo um pênalti sofrido por Marinho, em jogada violenta do uruguaio Davoine. Nosso time atuou com Castilho, Píndaro, Pinheiro, Jair, Édson, Bigode, Telê, Orlando (depois Vilalobos ), Marinho, Didi e Robson.
Fomos enfrentar a equipe do Áustria (23 de julho), que tinha ficado em segundo lugar na chave paulista e veio ao Rio de Janeiro, para o jogo com o Tricolor, que era dirigido por Zezé Moreira. Mais um jogo difícil e o resultado foi uma vitória magra, por 1 a 0, gol de Didi, cobrando falta aos 73 minutos. Formamos com Castilho, Píndaro, Pinheiro, Jair, Édson, Bigode, Telê (depois Robson), Orlando (depois Simões), Marinho, Didi e Robson (depois Quincas). Em novo jogo contra o Áustria de Viena (27 de julho) outra grande apresentação, acontecia uma goleada tricolor, 5 a 2. Nesta partida, o grande Castilho sofria seu primeiro gol no torneio. Telê abriu a contagem aos sete. O Áustria empatou aos 10 e, aos 21, desempatou. A virada tricolor começou com um gol de Orlando, que empatou logo em seguida e, aos 40, virou o jogo para 3 a 2. Quincas ainda marcou aos 53 e, novamente, Orlando, aos 77 minutos sacramentava a goleada. O Flu entrou em campo com: Castilho, Píndaro, Pinheiro, Jair, Édson, Bigode, Telê, Didi (depois Robson), Marinho (depois Simões), Orlando e Quincas.
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Partíamos para a grande final, contra o outro brasileiro, o Corinthians. Na primeira partida (30 de julho), nosso Tricolor venceu por 2 a 0, gols de Orlando de cabeça e Marinho. Na partida decisiva houve empate em 2 a 2 ( 2 de agosto ), e que dava o título ao Fluminense Football Club. Didi inaugurou o placar aos 10 e Jackson, pelo Corinthians empatou aos 57 minutos. Coube a Marinho o desempate, aos 65, e quando os tricolores já comemoravam o título, faltando um minuto para o término da partida, Sousa empatou para a equipe mosqueteira. Com o empate nos sagrávamos Campeões invictos da II Copa Rio. Na decisão o Flu formou com Castilho, Píndaro, Pinheiro (depois Nestor), Jair, Édson, Bigode, Telê (depois Robson), Didi, Marinho, Orlando e Quincas. Ô Milton Neves! Fala que o meu Fluzão é também campeão do mundo, em 1952".O milésimo gol do Fluminense em campeonatos brasileiros: o autor é Beto e não Petkovic!!! Por Sérgio Trigo.
No jogo contra o Cruzeiro, a imprensa em geral saudou a marcação do milésimo gol do Fluminense em campeonatos brasileiros da primeira divisão, desde 1971. Tecnicamente, o Fluminense já havia alcançado a marca de mil gols a favor no jogo contra o Paysandu, no dia 28/08, quando Beto marcou o quinto gol da vitória tricolor.
A maioria da imprensa, entretanto, não considerou o gol de Beto como o milésimo do tricolor em função de um jogo ocorrido no campeonato de 1991, eentre Fluminense e Botafogo, disputado nas Laranjeiras. Na ocasião, o jogo foi interrompido no intervalo, devido à uma confusão entre as torcidas, que começou nas arquibancadas e se espalhou pelo campo. A partida estava no intervalo, e o árbitro, José Roberto Wright, alegando falta de segurança, já que parte do alambrado havia sido derrubada, deu a partida por encerrada. A decisão foi para os tribunais, e, após ter ficado comprovado através de imagens da TV, que a torcida do Botafogo havia iniciado o tumulto, o Fluminense foi declarado vencedor pelo placar de 1x0.
Embora não tenha sido marcado por nenhum jogador, este gol valeu.
Quando uma partida tem o seu resultado homologado em decisões de tribunal, seu placar inicial é anulado, assim como os eventuais gols marcados, e lhe é atribuído um novo resultado. Exemplo recente, o jogo Brasiliense 2x2 Vasco, que teve seu resultado alterado para Brasiliense 0x1 Vasco. Os gols não contam nem para a artilharia do campeonato. O mesmo ocorre com aquele jogo de 1991. Foi 1x0 para o Fluminense e ponto final. O Fluminense "marcou" um gol naquele jogo, e foi um gol tão importante que levou o tricolor às semifinais do campeonato.
Apesar disso, a imprensa carioca "resolveu" que o milésimo gol foi o do Petkovic... enfim. Como o Fluminense não possui estatística oficial, coisa que aliás venho lutando há algum tempo para implantar no clube, acaba ficando o que sai na imprensa.
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A história do Fluminense no campeonato brasileiro começou no dia 08/08/1971, no empate em 0x0 contra o Internacional, no Beira-Rio. Na rodada seguinte, derrota para o Vasco por 1x0, no Maracanã. O primeiro gol tricolor, só saiu na terceira rodada, diante do Coritiba, no Maracanã, na noite de 18/08/1971, e foi marcado por Ivair Ferreira, o Príncipe.
Campeonato Brasileiro - 1971 ? 1ª Fase - 3a Rodada Local: Maracanã Público: 11.128 - Renda: Cr$ 55.530,75 Árbitro: Dulcídio Wanderley Boschila (SP) Gols: Ivair, Lula, Tião Abatiá
Fluminense: Félix; Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio; Silveira e Didi; Cafuringa, Cláudio Garcia (Jeremias), Ivair e Lula. - Téc. Zagalo.
Coritiba: Célio; Hermes, Toaldo, Piloto e Nilo; Hidalgo e Renatinho (Leocádio); Paquito, Negreiros, Tião Abatiá e Rinaldo (Picolé) - Téc. Tim.
O maior artilheiro da história do Fluminense em brasileiros é Magno Alves, seguido de Romário, Washington, Ézio, Roni, Robertinho, Manfrini e Gil, para ficar entre os artilheiros com mais de 20 gols.
Por hora é isso. Abraços.
Sergio Trigo, pesquisador de futebol e especialista em Fluminense.

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