Efraim ou Ephraim

Ex-ponta do São Paulo e Rei do futsal

Nascido na Zona Norte da capital paulista no dia 6 de novembro de 1942, mais precisamente no bairro de Santa Terezinha, Ephraim Gomes Júnior, o Ephraim, era considerado o Pelé do futsal no início da década de 60, quando jogava pelo tradicional Clube Atlético Ypiranga.

Ephraim morreu no dia 1º de agosto de 2017, aos 75 anos, em São Paulo-SP, vítima de tuberculose. 

Ele começou sua carreira no Colégio Salete, hoje Uniban, em 1960, depois foi para o Bangu (1961) e Ypiranga, entre 1962 e 1964).

O técnico Botelho o levou para o São Paulo no final de 64 até 68.
 
Parou por sofrer de "síndrome do pânico", mas se recuperou, sendo depois empresato para a Francana em 1966. Em 1967 jogou pelo Perdigão e encerrou sua carreira como amador, no Parque da Mooca, em 1968.

Diante de tanto talento, o São Paulo resolveu contratá-lo para atuar no futebol de campo em outubro de 1964, numa situação semelhante ao caso recente do ala Falcão, eleito o melhor do mundo nas quadras em 2004 e que tentou a sorte nos gramados, mas não deu certo no Tricolor do Morumbi.

Ephraim chegou para disputar o 2° turno do campeonato de aspirantes pela equipe são-paulina e, em janeiro de 64, já estreou na equipe principal como ponta-esquerda diante da Portuguesa, na vitória por 3 a 0.

Apesar de ser meia-armador, jogou como ponta para cooperar com o então técnico José Poy. Teve ótimas atuações nessa função. Foi companheiro do zagueiro Bellini, capitão brasileiro que levantou a taça da Copa de 58, Dior, Jurandir, Del Vecchio, Benê, entre outros bons jogadores.

Seu passe pertenceu ao São Paulo até o início de 1968. Mas, nesse ínterim, foi emprestado à Francana, onde jogou a segunda divisão do estadual no final de 66, e depois para o campeão catarinense Perdigão, em 67, quando disputou a Taça Brasil. Por último, defendeu o Clube Atlético Parque da Mooca.
 
Como fato pitoresco na carreira, Ephraim lembra do jogo entre São Paulo e Flamengo, no Maracanã, em que o juiz Romualdo Arpi Filho lhe desferiu uma cabeçada proposital, fato que proporcionou um show cômico de dar inveja aos grandes programas humorísticos da TV.

O ex-craque também ficou marcado por ter sido acometido pela "Síndrome do Pânico", doença pouco compreendida na época e que prejudicou bastante seu rendimento.

Depois que parou de jogar profissionalmente, foi proprietário de uma pequena pizzaria. Era pai de três filhas e tinha um casal de netos.

Nos últimos anos de sua vida, morando em São Paulo, Ephraim sentia muita falta do futebol. Por isso, batia uma bolinha sempre que podia nos veteranos do São Paulinho, de Santa Terezinha. 

por Raphael Cavaco e Milton Neves
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Pelo São Paulo:

Atuou em 18 jogos, sendo dez vitórias, quatro empates e quatro derrotas. Marcou dois gols.
Fonte: Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa.

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