Édson Magrão

O jornalista " Sempre direto ao ponto"

O jornalismo perdeu o jornalista Edson Luiz dos Santos em 27 de janeiro de 2009. Magrão, como era conhecido nas redações, trabalhou de 1999 a 2004 no Diário de São Paulo como editor assistente na Editoria de Esportes.
Antes, por mais de uma década, foi repórter no Estadão e cobriu três Copas do Mundo - de 1982, 1986 e 1990. Sua última ocupação foi na Revista do Biomédico, como free lancer. Nas festas com amigos, também costumava tocar bem um violão.
Assim era Edson Magrão, em perfil traçado por seu ex-companheiro de coberturas locais e internacionais, Antero Greco:
?Edson Luiz dos Santos era magro, alto e prático. O tipo longilíneo se refletia em seu modo de vida ? simples, direto, conciso. Discretamente rebuscado.
Os milhares de textos que assinou no Estado, no Diário Popular e em muitas outras publicações em três décadas de redações eram ágeis, sem firulas; iam direto ao ponto.
Características que carregava também no futebol ? jogava de cabeça erguida, resolvia os lances com toques precisos e aparecia sempre na cara do gol para marcar.
Falava pouco, tinha humor elegante. Raro vê-lo irritado.
Edson Magrão não se apertava em situações delicadas. Na Copa de 82, na Espanha, por três dias seguidos teve de fazer longas entrevistas com Serginho. Na última delas, encostou no centroavante e, ar de gaiato, comentou: "Serginho, bate papo comigo e finge que estou te entrevistando?. O jogador riu e se abriu mais do que nas outras vezes. O texto saiu delicioso. Magrão ainda cobriu os Mundiais de 86 e 90.
Edson lutava contra um câncer havia algum tempo. Aos 56 anos, sentiu o cansaço e saiu de campo. Deixa Fátima, companheira da vida inteira, e Gabriela, seu gol mais bonito. Foi bater bola no céu com Tuca Pereira de Queirós e outros craques jornalistas.
Por Sérgio Barbalho

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