Edson Bergara, o ex-corredor que ganhou cerca de 2000 troféus em sua carreira, nasceu no dia 27 de agosto de 1953 na cidade de Itapevi, grande São Paulo. Bergara foi o corredor de rua brasileiro mais famoso dentro e fora do país nas décadas de 70 e 80, e acabou morrendo no dia 22 de novembro de 2013, por causa de um câncer no intestino.
Bergara começou a correr por acaso. Um amigo, que era atleta, insistiu para que eles fossem juntos na corrida de Carapicuíba. Mesmo de "bicão?, Edson venceu a competição e, assim, começou sua carreira no mundo do atletismo.
Até então, Bergara, que era neto de espanhóis e o segundo dos nove filhos da dona de casa Rosa e do pedreiro Antonio, ajudava o pai nas obras. Ele não tinha nem o material necessário para as corridas. Por vezes, chegou a correr de Conga ou Kichute, calçados apropriados para jogar futebol.
Durante a ditadura militar, Edson foi o principal corredor do Brasil. Assim, era sempre escalado para representar o país nas competições do exterior. Por isso, em 1981, Bergara foi o primeiro brasileiro a conquistar um bom resultado na maratona de Nova York. Ele completou a prova em 2h05min, chegando na 23ª colocação.
O Audaz, como era conhecido, brilhou em toda sua extensa carreira. Com sua característica de largar forte e se distanciar na frente logo na primeira parte da corrida, Bergara foi o terceiro atleta brasileiro a terminar uma prova de 10 km abaixo de 30 minutos. Ele conseguiu essa façanha no Troféu Brasil de 1979, quando completou e venceu a prova em 29min45s.
Edson foi um dos primeiros corredores a ter patrocínio fixo no Brasil. Graças a isso, conseguiu participar de provas em todo o território nacional. Na São Silvestre, Bergara conseguiu uma sétima colocação como melhor participação na principal corrida de rua do Brasil.
Quando encerrou a carreira, com mais de 40 anos, Edson voltou a trabalhar com a construção civil na periferia de São Paulo. Porém, a partir de 2011, Bergara teve que enfrentar mais uma batalha em sua vida, foi diagnosticado com câncer no abdômen. Desde então, passou a vida cuidando da doença. Contudo, no final de novembro de 2013 não resistiu ao problema de saúde e acabou morrendo, deixando três filhos.
