Dudu, o Carlos Duarte Silva, meia-direita que fazia muitos gols, nasceu em São Paulo em 10/07/1954, no bairro de Guaianazes, São Paulo.
Começou no futebol de várzea, pelo time do Sobrados, até fazer um teste no São Paulo Futebol Clube, com o técnico Firmo de Melo.
Disputou vários campeonatos juvenis pelo São Paulo, no entanto não se profissionalizou pelo Tricolor.
Em busca de melhores oportunidades foi para o interior paulista e, na cidade de Olímpia, passou os melhores momentos de sua carreira.
Uma das melhores atuações de Dudu pelo Olímpia foi diante do XV de Piracicaba, quando fez o gol que deu a vitória ao seu time, no finalzinho do jogo, com o estádio completamente lotado.
Transferiu-se para o América (MG) e retornou ao Olímpia, onde encerrou a carreira.
Casou-se em 1979 com a promotora de eventos e culinarista Ivonete da Silva, com quem permaneceu casado até 2004.
Dessa união, nasceram dois filhos: Paulo Eduardo, e Marcos Paulo.
O ex-craque começou a trabalhar como motorista particular. Entrou para a C.E.T (Companhia de Engenharia de Tráfedo de São Paulo) como motorista dos engenheiros e passou para técnico de trânsito e depois no serviço de motocicletas. Atuou ainda como "DJ? do famoso Aristocrata Clube, sendo bastante conhecido pelo público que freqüentava a casa da região central de São Paulo.
Passou a fazer o patrulhamento da C.E.T em eventos esportivos, atuando nos arredores dos estádios, ginásios e no autódromo de Interlagos, entre outros.
Em 2005, o querido Dudu sofreu um gravíssimo acidente enquanto trabalhava como guarda da C.E.T. Foi na praça Panamericana, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
Dudu estava aguardando o sinal abrir quando um carro em alta velocidade bateu violentamente em sua moto, por trás. Dudu foi arremessado a mais de 10 metros de distância, batendo a cabeça na guia. O impacto foi tão violento que o capacete quebrou em várias partes. O resultado do acidente: traumatismo craniano com hemorragia, 10 costelas fraturadas, uma cervical trincada, a clavícula quebrada e a área do cérebro, responsável pela memória recente, comprometida.
Dudu passou 65 dias internado, 35 deles em coma. Entrou no hospital com 101 kg e saiu com 79.
Embora separado de dona Ivonete, foi ela quem passou a cuidar dele assim que saiu do hospital. Além disso moram juntos, embora continuem separados de fato, é ela quem cuida do ex-marido com muito carinho.
Moram em Praia Grande desde 2004, no bairro de Vila Guilhermina.
Dudu tem algumas limitações físicas (principalmente movimento do braço direito) e tem dificuldades de lembrar de fatos ocorridos recentemente. Por isso é bastante difícil sair sozinho, pois muitas vezes não consegue lembrar sequer o prédio em que reside.
Mas a memória antiga está preservada e foi graças a ela que conseguimos relatar algumas passagens da carreira desse verdadeiro herói, que conseguiu vencer uma batalha pessoal das mais difíceis.
Parabéns Dudu! Por sua carreira profissional e pelo seu belo exemplo de vida.
E também à dona Ivonete, que no momento mais difícil da vida de Dudu e, até hoje, permanece ao seu lado.
Dois grandes exemplos a serem seguidos.
Veja um depoimento do querido Dudu, feito no ano de 2009 em seu apartamento, na Praia Grande. Gravação: Marcos Júnior/Portal TT
