Ditão Boca Negra

Ex-centroavante do Colorado-PR
por Marcos Júnior, com informações do site oficial do Atlético Sorocaba
 
Benedito Gonçalves dos Santos, o Ditão Boca Negra, ex-centroavante do Colorado-PR (extinto, que uniu-se ao Pinheiros para dar origem ao Paraná Clube) morreu em 26 de setembro de 2010, aos 59 anos, vítima de câncer, em Paraguaçu Paulista, sua cidade natal.

Ele foi um dos grandes ídolos da história do Colorado, tendo atuado no início da década de 80, com destaque especial para a grande partida em que o extinto clube paranaense derrotou o Flamengo por 4 a 0, em 1981.

A partida, válida pelo Brasilieirão realizada em 15 de março de 1981 no Estádio Couto Pereira, no Paraná foi marcante, pois além de marcar um dos gols, Ditão deu assistências para os outros três gols de Jorge Nobre.

Segundo o Almanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins, 31.008 espectadores assistiram a vitória do Colorado sobre o Rubro-Negro que jogou com: Raul; Rondinelli; Luís Pereira, Marinho e Carlos Alberto; Carpegiani, Adílio e Andrade; Lino (Peu), Nunes e Édson. O árbitro foi Dulcídio Wanderley Boschillia.

O Colorado formou com Joel Mendes; Ivo, Caxias, Marião e Sidnei; Nilton, Peres (Marinho) e Jorge Nobre; Buião, Ditão Boca Negra e Aladim (Afrânio).

Aquela verdadeira seleção flamenguista não contou com Zico, Júnior e Leandro, todos servindo a Seleção Brasileira, que disputava as eliminatórias para a Copa de 1982.

De família humilde, Ditão teve uma infância bastante difícil, trabalhando desde pequeno na colheita de algodão e de amendoim.

A primeira equipe profissional pela qual Ditão jogou foi o MAC (Marília Atlético Clube), após ter atuado como amador na equipe mantida pela Usina Nova América, onde trabalhava.

Depois do Marília, Ditão passou pelo Grêmio Catanduvense e Velo Clube Rioclarense, onde sofreu uma lesão muito séria no joelho que o afastou dos gramados por dois anos, quase deixando-o inutilizado para o futebol.

Mas conseguiu retornar, pelo Independente de Limeira, e depois por várias equipes do interior paulista (Sertãozinho, Grêmio Esportivo São Carlense e União Bandeirante), antes de ser contratado pelo Colorado, do Paraná.

Com o término do Campeonato Brasileiro de 1981, Ditão foi emprestado ao time baiano do Leônico, e viveu uma triste história.

Na noite de 31 de outubro de 1981, ele pegou uma carona com um casal conhecido, que o deixaria em frente ao hotel em que seu time estava concentrado.

Como Ditão era muito alto, ele acabou indo no banco da frente. A mulher foi guiando e o marido dela atrás. A filha do casal foi na frente, no colo de Ditão.

Uma colisão frontal matou todos os ocupantes do veículo, exceto Ditão, que teve o olho perfurado pela fivela do cabelo da menina.

Após encerrar sua carreira como jogador, Ditão que casou-se aos 17 anos e tinha sete filhos, foi técnico do Paraguaçuense por algumas temporadas.
ver mais notícias

Selecione a letra para o filtro

ÚLTIMOS CRAQUES