Dirceu Krüger

Ex-meia do Coritiba
Dirceu Krüger, o "Flecha Loira", ex-meia do Coritiba entre 66 e 76, morreu em 25 de abril de 2019, aos 74 anos, por conta de complicações após uma cirurgia para desobstrução intestinal, realizada duas semanas antes. Ele trabalhava como funcionário admistrativo do Coxa.

Natural de Curitiba, onde nasceu em 11 de abril de 1945, após se aposentar como jogador, o ídolo trabalhou como técnico, auxiliar e coordenador das categorias debase do clube. Em três ocasiões, a primeira em 1979, dirigiu a equipe profissional do Coritiba, totalizando 185 participações como técnico no clube paranaense.

O "Flecha Loira", como era conhecido, chegou a ficar entre a vida e a morte por causa de um choque em um jogo entre Coritiba e Água Verde, em 70, pelo Campeonato Paranaense. Dirceu Krüger bateu com a barriga no joelho do goleiro do Água Verde, mas conseguiu se recuperar.

Krüger onquistou pelo Coritiba os títulos paranaenses de 68, 69, 71, 72, 73, 74, 75 e 76.
 
Em 2016 foi homenageado pelo Coritiba, em alusão aos seus 50 anos de trabalho pelo clube, com uma estátua que está no Estádio Couto Pereira.

O Coritiba publicou uma nota oficial em seu site, llogo após a morte de Dirceu Krüger, que segue abaixo:

"Com muito pesar, o Coritiba Foot Ball Club lamenta o falecimento de um dos seus maiores ídolos da história, Dirceu Krüger. O “Flecha Loira” faleceu na manhã de quinta-feira (25), em Curitiba. Krüger tinha completado 74 anos de idade no último dia 11 de abril. O corpo diretivo, todos os conselhos do clube, funcionários, atletas e comissão técnica lamentam o falecimento do grande ídolo. Dirceu Krüger estreou no Coritiba em 1966 e, a partir de então, escreveu uma história que se confundiu com a do próprio Coritiba".

Abaixo, a homenagem da Folha de S.Paulo a Dirceu Kruger, publicada no dia 18 de maio de 2019

Mortes: Quase morreu em campo pelo Coritiba, que serviu por 54 anos

Dirceu Krüger, o Flecha Loira, fez 252 jogos como atleta do clube do coração

Guilherme Seto
SÃO PAULO

O torcedor do Coritiba tem atravessado um momento complicado na história do clube, que atualmente disputa a Série B do Brasileiro.

Ao chegar ao estádio Couto Pereira depara-se com a estátua de um de seus maiores ídolos, Dirceu Krüger, e é acometido pelo sentimento ambíguo de já ter sido muito mais feliz.

O Flecha Loira, apelido que o ex-meio-campista ganhou devido à velocidade com que carregava a bola, recebeu a homenagem em 2016, quando torcedores arrecadaram mais de R$ 190 mil para a construção do monumento em bronze.

Dirceu foi contratado pelo time do coração em 1966. Três dias após sua chegada ele entraria em campo para enfrentar o Grêmio e faria o primeiro de 58 gols que marcariam sua passagem pelo clube que nunca mais deixaria.

Fez 252 jogos como atleta e participou das campanhas de sete títulos paranaenses.

O episódio mais conhecido da trajetória de Dirceu aconteceu em 1970, quando se chocou com um adversário e teve o intestino perfurado. Ele chegou a receber a extrema-unção no hospital, mas recuperou-se em dois meses.

Após deixar as quatro linhas, em 1975, ainda seria treinador da equipe em diferentes passagens, acumulando 185 partidas. Dirceu trabalhou no clube durante 54 anos.

Mais de 32 mil torcedores encheram o Couto Pereira e cantaram seu nome na semana seguinte à sua morte.

O ex-meia Alex conta que recebeu dele a braçadeira de capitão pela primeira vez.

“Após uma derrota para o Athletico desci do ônibus e passei no meio de torcedores que nos ameaçavam. Sabia que não tínhamos cometido nenhum crime. No jogo seguinte, a braçadeira estava no meu lugar no vestiário”, diz o também ídolo do Coritiba.

Dirceu morreu no último dia 25, aos 74, devido a complicações após cirurgia para resolver obstrução intestinal. Deixa a esposa, dois filhos e uma neta.

 

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