Devair

Ex-zagueiro de Rio Branco, Catanduvense e Paraisense


A opção por não fincar raízes em clube algum foi a principal característica da carreira do ex-zagueiro Devair Pereira, o Devair. Paulista de Catanduva, nascido em 6 de novembro de 1963, vestiu quase duas dezenas de camisas, trajetória que começou em 1982 no Rio Branco de Americana e
terminou 18 anos depois no Clube Atlético Paranaibense (MS). Atualmente, é secretário de Esportes da prefeitura de Santa Albertina, cidade próxima a Jales, no interior paulista, além de dar aulas em uma escolinha de futebol local. É casado e tem uma filha.
Devair disputava campeonatos amadores em Nova Odessa quando foi descoberto e levado para o Rio Branco. A partir daí, defendeu Santa Fé, Catanduvense, Caldense, Vila Nova-MG, URT de Patos de Minas, Rio Branco de Andradas, Patrocinense, Ipiranga de Manhuaçu (MG), Social de Coronel Fabriciano, União Bandeirante (PR), Apuracana, Umuarama, Paraisense (MG) e Aymoré de Ubá (MG). Parou aos 37 anos. "Talvez estivesse velho para seguir nos gramados. Mas com formações táticas como o 3-5-2, por exemplo, acredito que qualquer zagueiro que se cuide possa continuar jogando até os 40 com certa tranqüilidade?.
Devair nunca gostou de empresários. Costumava assinar pré-contratos quando ainda estava vinculado a algum clube. Passou a maior parte da carreira (9 anos) em Minas Gerais. Mas foi no Santa Fé, do interior paulista, que levou o maior susto da vida. "Em uma partida contra o Fernandópolis, dividi uma bola com o Soares (atacante que passou depois pelo Santos) e levei a pior. Caí desmaiado no chão e só despertei dez minutos depois. Tentei voltar para o campo, mas um novo desmaio impediu que isso ocorresse. Deixei o estádio de ambulância?.
Títulos foram raríssimos. O que mais marcou foi o acesso com a Paraisense para a primeira divisão do Campeonato Mineiro, em 1995. Mágoas, também não carrega. Embora faça questão de lembrar de uma situação ocorrida em 1998, quando defendia o Ipiranga de Manhuaçu e era treinado por Ricardo Drubski.
"Vínhamos de uma vitória por 3 a 0 sobre o Atlético Mineiro, em que fui muito bem, e teríamos o Cruzeiro pela frente. Faltando duas horas para a partida, o técnico me chamou em seu quarto e comunicou que eu não atuaria. Disse também que minha vaga seria ocupada pelo Flávio, jogador que ele conhecia dos tempos de América-MG. Fiquei surpreso, mas não reclamei, embora tenha perdido a chance de aparecer, já que a partida foi transmitida pela televisão para todo Estado de Minas Gerais.
Por Marcelo Rozenberg

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