David Nasser

Jornalista
por Marcos Júnior
O jornalista e compositor David Nasser morreu em 10 de dezembro de 1980, aos 62 anos, por complicações de diabetes e câncer no pâncreas.
Natural da cidade paulista de Jaú, onde nasceu em 1º de janeiro de 1917, viveu em Caxambu (MG), onde conheceu o cantor Francisco Alves, com quem se reencontrou na juventude, já morando no Rio de Janeiro, trabalhando nos Diários Associados, de Assis Chateaubriand.
Desenvolveu sua carreira jornalística, escrevendo inúmeras histórias, entre elas "Giselle - A Espiã Nua que Abalou Paris" e, paralelamente sua veia musical também não foi deixada de lado, musicando versos para letras de Francisco Alves e sendo autor da marchinha carnavalesca "Nega do Cabelo Duro".
Após passar pelo "O Globo", Nasser destacou-se na revista "O Cruzeiro", principal publicação brasileira nas décadas de 40 e 50, onde fez inúmeras reportagens em parceria com o fotógrafo Jean Manzon.
Ligado às correntes mais conservadoras, severo críticio de Leonel Brizola, apoiou a ditadura militar no Brasil, iniciada com o Golpe de 64 e passou a trabalhar na revista "Manchete" a partir de fevereiro de 1976, iniciando um período de intensos ataques a seu antigo chefe, João Calmon, utilizando-se de influência às esferas militares para que os processos contra o mesmo fossem acelerados.
Autor de diversos livros, entre eles "A Revolução dos Covardes", "Só meu sangue é alemão" e "A Revolução que se perdeu a si mesma", Nasser foi aquilo que podemos chamar do jornalista do "politicamente incorreto". Exemplo maior disso foi uma reportagem que fez em 1945 ao lado de Jean Manzon para "O Cruzeiro", quando assinou uma matéria com a intenção de diferenciar chineses de japoneses. Para Nasser, o japonês poderia ser distinguido pelo seu aspecto repulsivo, míope e insignificante.
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