Copa Libertadores 2012

A "libertação? corintiana
por Tufano Silva
Após muitas eliminações traumáticas e inúmeras brincadeiras por parte dos torcedores rivais, em 2012, enfim, o Corinthians conquistou a sua tão sonhada Copa Libertadores da América. E o título não poderia ter vindo de maneira mais saborosa para a Fiel torcida: o triunfo do Timão se deu de maneira invicta e, em sua trajetória na competição, o Alvinegro eliminou um rival nacional, o Vasco, um regional, o Santos, e, na grande final, derrotou "apenas? o Boca Juniors, historicamente um grande carrasco dos brasileiros.
Na fase de grupos, o Corinthians caiu na chave 5, enfrentando em partidas de ida e volta o Deportivo Táchira-VEN, Cruz Azul-MEX e Nacional-PAR. Nos seis jogos, o Timão venceu quatro e empatou dois, se classificando para as oitavas-de-final no primeiro lugar do grupo.
No primeiro passo do mata-mata, o Emelec cruzou o caminho do Corinthians. No Equador, o Timão não jogou bem, foi pressionado, mas conseguiu levar para casa um empate em 0 a 0. No Pacaembu, vitória tranqüila por 3 a 0: gols de Fábio Santos, Paulinho e Alex.
Na fase quartas-de-final, o Alvinegro enfrentou sua primeira grande "pedreira? na competição: o Vasco da Gama de Juninho Pernambucano, Diego Souza, Felipe e Alecsandro. Em São Januário, empate sem gols. No Pacaembu, jogo brigado e marcado por uma clara chance de gol perdida por Diego Souza que, após falha do lateral Alessandro, partiu sem marcação até ficar cara a cara com o goleiro Cássio. O arqueiro, de 1,95m de altura, se agigantou e defendeu o fraco disparo do meia-atacante. E aos 42 minutos da etapa final, Paulinho, após escanteio batido por Alex, testou para o fundo das redes de Fernando Prass, garantindo o Alvinegro nas semifinais.
Na fase seguinte, o Corinthians enfrentou o rival Santos, que era o atual campeão da Libertadores e contava com um dos jogadores mais temidos em todo o mundo: o atacante Neymar. Na primeira partida, na Vila Belmiro, o Timão venceu por 1 a 0, com um golaço de Emerson Sheik, que acabaria expulso, sendo suspenso do segundo duelo, em São Paulo. No Pacaembu, o Santos saiu na frente, com Neymar. Mas o gol de Danilo, no início do segundo tempo, garantiu o time de Parque São Jorge na sua primeira final de Libertadores.
Na decisão, nada mais nada menos que o temível Boca Juniors, famoso por estragar festas de times brasileiros como Palmeiras, Santos e Grêmio. E na Bombonera, o gol de Facundo Roncaglia deixou a impressão de que essa escrita se repetira. No entanto, Tite sacou Danilo do time e colocou jovem Romarinho, que, nos minutos finais, após passe de Emerson Sheik, teve toda tranqüilidade do mundo para encobrir o goleiro Agustin Orion, e fazer o Timão levar para o Pacaembu um empate valioso.
Na partida de volta, no histórico dia 4 de julho de 2012, o técnico Tite mandou a campo o Corinthians com a seguinte formação: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Jorge Henrique e Emerson Sheik.
E foi este último foi quem brilhou no duelo decisivo. Com sua velocidade e habilidade, o atacante estava, ainda no primeiro tempo, incomodando e irritando a zaga do time argentino. E no segundo tempo, só deu ele. Marcou dois gols, o primeiro após passe de Danilo, e o segundo depois de roubar uma bola no meio-campo, ganhar na velocidade de Caruzo, e apenas colocar a bola no fundo das redes da equipe argentina, decretando o primeiro e histórico título corintiano na Copa Libertadores da América.
Foto: Reprodução/UOL
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