Em 1938, diante do clima de tensão internacional pressagiado pelo medo da eclosão da 2ª Guerra Mundial (1939 ? 1945), dezesseis países se encontraram na França para a disputa do último grande encontro social entre nações antes do maior conflito militar registrado na Europa. Classificados após o sistema de eliminatórias que contou com um total de 37 seleções, Alemanha, França e Itália surgiram como os países evidenciados na competição, sobretudo, em virtude das divergências políticas que, entre outras questões, influenciaram diretamente no primeiro e único W.O da história das Copas, com a Áustria, incorporada e impedida pela Alemanha Nazista de jogar contra a Suécia em Lyon.
Dentro das quatro linhas, méritos para a corajosa equipe suíça que, mesmo diante da carta enviada por Adolf Hitler, derrotou a Alemanha por 4 a 2 na prorrogação. Foi também a única vez que a Seleção Nacional de Cuba disputou um mundial de futebol, caindo após a humilhante goleada de 8 a 0 sofrida para a Suécia nas quartas-de-final em Antibes.
Já a França, país sede do mundial, decepcionou em campo. Estreou em Paris no dia 5 de junho com vitória sobre a Bélgica por 3 a 1 e se deu mal em seu duelo subsequente contra a Itália. O jogo realizado na própria capital francesa terminou com a vitória por 3 a 1 para a Azzurra de Benito Mussolini. Um confronto que serviu, acima de tudo, para acirrar ainda mais o clima entre franceses e italianos - fora dos campos - iniciado com a invasão a Abissínia (atual território da Etiópia) três anos antes, em 1935. O episódio deixou um saldo de meio milhão de mortos africanos e resultou no embargo político por parte de Inglaterra e França.
Depois de conquistar o primeiro título mundial em 1934 diante de resultados supostamente manipulados, principalmente, mediante a influência de Benito Mussolini junto ao quadro de arbitragem da FIFA, a Itália chegou ao bicampeonato mundial em 1938 levantando literalmente a bandeira do fascismo na França.
Contra os donos da casa, em jogo válido pelas quartas-de-final, a Azzurra abdicou-se de usar o seu uniforme de número 2 para defender as cores do regime autoritário de Mussolini, trocando a tonalidade branca pelo negro. A Itália que já havia derrotado a Noruega por 2 a 1 na partida de abertura da Copa, venceu a França por 3 a 1 e se classificou para a disputa da semifinal contra o Brasil.
Em Marselha, os italianos abriram a vantagem de 2 a 0 contra o time brasileiro, com gols de Meazza e Colaussi. A Seleção Nacional do Brasil descontou aos 42 minutos do 2º tempo com Romeu. A Itália seguiu adiante, atropelou a Hungria por 4 a 2 na final e em Paris levantou o bicampeonato mundial. Dois anos depois, em 27 de setembro de 1940, assinou o Pacto Tripartite com representantes da Alemanha Nazista e do Império do Japão, formalizando as Forças do Eixo.
Em 1938, a Seleção Brasileira chegou a França com sua força máxima. Foi a primeira vez, ao longo dos três mundiais da FIFA (1930, 1934 e 1938) que a equipe do Brasil abriu mão dos rachas internos entre cariocas e paulistas para compor um time unido e coeso. Para jogar a Copa, o time canarinho encarou uma viagem de 15 dias à bordo do navio Arlanza pelo Oceano Atlântico o que, evidentemente, causou problemas a Ademar Pimenta.
Sem ter aonde treinar, o técnico brasileiro teve de se contentar com o convés da embarcação para tentar manter a plenitude física do grupo. A bem da verdade, não deu certo. Ao término do traslado, a delegação brasileira atracou em Paris acima do peso. Romeu foi quem mais engordou. Ganhou 9 quilos durante o trajeto.
Em campo, a Seleção Brasileira estreou contra a Polônia em 5 de junho de 1938 na cidade de Strasbourg. Leônidas da Silva (3), Romeu (1) e Perácio (2) fizeram os gols do Brasil. Entretanto, mais do que a vitória por 6 a 5 na prorrogação, o que chamou a atenção da imprensa e dos torcedores foi o gol de Leônidas da Silva marcado descalço. Enquanto aguardava pela chuteira, descosturada, em um lance de jogo, o atacante acertou uma bomba indefensável de fora da área para garantir a classificação da equipe para o duelo de quartas-de-final contra a Tchecoslováquia.
Partida que o time verde-amarelo só conseguiu vencer no jogo de desempate. Depois de um empate em 1 a 1 (Leônidas da Silva), o Brasil se garantiu entre os quatro melhores times do planeta com uma vitória apertada por 2 a 1. Leônidas da Silva, mais uma vez, marcou. Foi ele quem empatou o duelo para o Brasil que venceu com o gol de Roberto.
Em 16 de junho, na cidade de Marselha, contudo, a Seleção Brasileira não teve a mesma sorte. Derrota por 2 a 1 frente a Itália, com gol de honra de Romeu. O Brasil terminou a Copa do Mundo com a terceira colocação, depois de vencer a Suécia por 4 a 2 com Romeu, Leônidas da Silva (2) e Perácio.
Saudade: Há cinco anos morria Dirceu Krüger, grande ídolo do Coritiba
O 'Flexa Loira" atuou pelo Coxa por nove anos. Foto: Divulgação/CoritibaCorinthians ou São Paulo, qual é o maior?
Cavalo e simbologia
Os cavalos sentem frio?
Cheia de defeitos, seleção chega à final da Copa América. Não é hora de parar com a depreciação?
Tite evoca Zagallo por título da Copa América e reitera: 'fico até 2022'
Vídeo: confira as imagens do embarque da seleção para a Copa de 1970
'Desempregado' e veterano, Dani Alves tem proposta de gigante europeu, mas sonha com Barça
Live do Terceiro Tempo: O Santos pode manter o nível e brigar pelo título do BR19?
Em dia de análise da Copa do Brasil, teve até telemarketing na Live do Terceiro Tempo
Live: Flamengo de Jesus pode acirrar as disputas da temporada?