Clóvis José de Azevedo

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O paulistano Clóvis José de Azevedo nasceu no dia 23 de abril de 1923 e morreu em 09 de maio de 2010. Ele morava em São Paulo com Mara, sua quinta esposa, e deixou dois filhos e um neto.

Filho de mineiros, foi um grande homem de televisão a partir dos anos 50, especialmente na TV Paulista de São Paulo, canal 5, onde ocupou o cargo de diretor comercial. Vida profissional de sucesso que começou no escritório de advocacia de seu tio, Noé Azevedo, e passou depois pela Companhia Editora Nacional, tablóide ´Radar´, que fundou em 1949 junto com Ênio Silveira, e revista PN. Ex-diretor de futebol do Corinthians no início dos anos 60, também administrou uma usina de álcool e açúcar em Campo do Meio (MG), e plantou café em sua fazenda.

Sua participação foi marcante para a história das transmissões esportivas na televisão. Especialmente pela idéia da inclusão de um comentarista durante as partidas, função até então inexistente. "Na TV Paulista, contratei o Leônidas da Silva, que conhecia o futebol como poucos. Era necessário que o telespectador tivesse alguma referência para explicar o comportamento tático das equipes?, disse certa vez. Tempos depois, inovou mais uma vez ao participar da primeira mesa redonda esportiva de TV em nosso país, ao lado de Pedro Luiz, Paulo Planet Buarque, Edson leite, Leônidas da Silva e Vicente Feola.
A paixão pelo Corinthians, que começou em 1938, o levou ao clube 24 anos depois para trabalhar como diretor de Futebol a pedido do então presidente Wadih Helu. Tempos de vacas magras no Parque São Jorge, em que o apelido de ´faz me rir´, concedido pelos torcedores rivais ao clube, começava a pegar.

"Cheguei e mudei muita coisa. Dispensei jogadores e contratei o Fleitas Solich, que foi um grande treinador. O resultado foi muito bom. Conquistamos no início do ano a Taça Cidade São Paulo (torneio eliminatório que envolveu vários times de todas as divisões do Estado) e terminamos o Campeonato Paulista como vice-campeões, em uma época em que ganhar do Santos de Pelé era quase impossível?, revelou em entrevista.
Por Marcelo Rozenberg