Cláudio Milar

Atacante do Brasil-RS, morto tragicamente

O atacante Milar, o Roberto Claudio Milar Decuadra, um dos maiores ídolos o Brasil de Pelotas nos últimos anos, morreu no dia 15 de janeiro de 2009, quando o ônibus em que todo o time estava caiu em uma ribanceira. Ele era casado e tinha um filho.
O acidente ocorreu em uma estrada próxima de Pelotas-RS. O Brasil voltava de um amistoso. Além dele, outras duas pessoas perderam a vida: o jogador Régis e o preparador de goleiros Giovani Guimarães.
Milar nasceu em Chuy, Uruguai, no dia 6 de abril de 1974. Com 1,78 cm de altura, começou a carreira no Nacional de Montevideo em 1991. Três anos depois ele foi vendido para o Godoy Cruz, da Argentina. A primeira passagem pelo Brasil-RS foi em 2002.
Milar jogou também pelos seguintes times: Portuguesa Santista, Náutico, Santa Cruz, LKS Loz (Polônia), Clube Africain (Tunísia), Botafogo-RJ , Grêmio Esportivo Brasil, Hapoel kfar-saba (Israel), e Pogón Szczecin (Polônia).
O camisa 7 do Brasil-RS estava na equipe desde 2006. Em 2008, ele comemorou a incrível marca de 100 gols feitos com a bela camisa do time gaúcho.
Cinderela.
Quando Milar comemorava o centésimo gol ao lado da torcida, sua chuteira sumiu. A partir daí, começou-se uma procura na cidade para saber quem pegou o calçado. Depois de muita procura, o atleta conseguiu reaver o objeto perdido.
Por Sérgio Quintella.


Ainda sobre Milar, veja o texto escrito pelo jornalista Ivan Schuster, colunista do site do Brasil-RS. É de emocionar!
"A alegria chora
Estou chocado. Acredito que todos vocês também. Logo cedo recebi a notícia do trágico acidente que causou a morte de 3 membros da nossa delegação, que retornava de uma apresentação ? o GEB não joga, apresenta-se - em Santa Cruz do Sul.
Perdemos dois grandes atletas, entre eles, o nosso maior ídolo dos últimos tempos. Não veremos mais Claudio Milar disparar suas flechadas imaginárias em direção a Torcida Xavante que enlouquecida comemora mais um gol nas arquibancadas do Bento Freitas. Nestes aproximados 40 anos que acompanho o GEB, não lembro de outro atleta que tenha se identificado tanto com o GEB como o Milar.
Nestes últimos 4 anos em que tenho acompanhado o GEB mais de perto, o Milar e o Régis foram os atletas de quem eu mais consegui me aproximar. Fosse em treinos ou viagens, sempre que eu estava próximo da delegação Xavante, conversávamos.
Mesmo em situações difíceis, como os momentos que antecederam a partida frente ao Esportivo, em Bento Gonçalves, no Gauchão de 2007, quando para nós uma vitória era fundamental, eles não se esconderam e nem deixaram de atender a solicitação dos Torcedores que lá estavam. Por sinal, ganhamos aquela partida por 2x0.
Estou triste e abalado com a perda destes atletas que tinham a cara da Torcida Xavante. Não sei como expressar o que sinto. Pelo que pude acompanhar lendo as notícias e comentários na internet, assim estão todos. Não há explicação para este tipo de situação. Por ser irreversível, resta-nos aceitar.
Perdemos dois grandes atletas e ídolos de uma geração. Entretanto, foram-se também três filhos, pais, irmãos e amigos de três famílias. Perdas irreparáveis e insubstituíveis. Mais do que a imagem e o exemplo, fica-lhes a ausência física, a falta do carinho e da palavra amiga. Para estas famílias estendo os meus mais sinceros pêsames. Tenham certeza que uma nação inteira sofre junto com vocês.
Hoje, nosso sorriso transformou-se em lágrimas.
Ivan Schuster
ivan@brasildepelotas.com"

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