Cláudio Danni

Ex-zagueiro do Inter, Corinthians e Seleção

por Gustavo Grohmann

Nascido em Canoas (RS), no dia 22 de fevereiro de 1942, Cláudio João Danni, o Cláudio Danni, ou só Cláudio, começou a carreira no Internacional de Porto Alegre (RS). Ele passou ainda pelo Corinthians e Cruzeiro, além de ter feito 13 jogos com a camisa da seleção brasileira (inclusive a final da Copa Roca de 1963, contra a Argentina, no Maracanã). Em 2013, seguia residindo em Porto Alegre, capital gaúcha.

Abaixo, conheça sua história em um texto de autoria do jornalista Francisco Antonio, também conhecido como Xico Júnior. As fotos são de seu acervo.

?Depois de se revelar um craque nos torneios interséries no então Externato São Luiz (hoje Centro Educacional La Salle), no Esporte Clube Oriente (jogou apenas uma partida), Esporte Clube Brasil (duas partidas) e no E. C. Cometa, todos clubes de Canoas (RS), de onde despontou para tornar-se um craque, acabou indo para os juvenis do Sport Club Internacional, em 1959, levado pelo então jogador do extinto Grêmio Esportivo Renner e Esporte Clube Cruzeiro, o professor de Educação Física, Pedro Ário Figueiró, que também foi meu professor de Educação Física no ainda Externato São Luiz.

No mesmo ano, já no Internacional, Cláudio Danni conquistava seu primeiro título estadual: campeão juvenil de 1959. No ano seguinte foi elevado à categoria de Aspirante (hoje Juniores), sagrando-se campeão estadual. Em 1961, foi promovido à categoria especial, tornando-se titular como quarto-zagueiro, conquistando seu terceiro título consecutivo: Campeão Gaúcho de 1961.
No ano de 1963, transferiu-se para o Sport Club Corinthians, de São Paulo, onde jogou ao lado de Oreco (ex-Internacional de Porto Alegre e campeão mundial pela Seleção Brasileira em 1958, no México), ficando até 1966, ano em que foi contratado pelo Esporte Clube Cruzeiro, de Minas Gerais, quando se sagrou campeão da Taça Brasil de 1966 e bicampeão mineiro 1966/1967, tendo integrado a equipe até 1968.

Cláudio Danni encerrou sua brilhante carreira de jogador profissional, em 1970, jogando pelo Esporte Clube Cruzeiro, de Porto Alegre, por onde haviam passado outros canoenses natos, como Danton Andrade de Araújo (ex-Cruzeiro, Grêmio e Seleção Gaúcha), Walter (Valtão) Spiess (marcador implacável do endiabrado Di Stefano, na excursão do E.C. Cruzeiro / POA - o primeiro clube brasileiro a excursionar pela Europa e Ásia) e Léo Alves da Fonseca, jogando ao lado de craques como o goleiro Valdir Moraes (mais tarde revelou-se um dos principais treinadores de goleiros do Brasil), Antunes (irmão do craque Zico); Ortunho (ex-A. C. Nacional / POA, Grêmio FBPA e Vasco da Gama), Vieira e Marino (ambos ex-Grêmio).

CLÁUDIO DANNI E A SELEÇÃO BRASILEIRA
Poucos gaúchos e canoenses lembram desse grande craque, CANOENSE NATO, que jogou 13 partidas pela equipe principal da Seleção Brasileira de Futebol, no ano de 1963, quando era treinador Aimoré Moreira.
Sua trajetória com a camisa verde-amarela da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), teve início em 1963, jogando como quarto-zagueiro da Seleção Brasileira de Novos, quando foi o capitão da equipe e o Brasil conquistou o Vice-Campeonato.
No mesmo ano foi convocado por Aimoré Moreira para integrar a Seleção Brasileira de Futebol (a principal). Jogando ao lado de grandes craques (vide foto), Cláudio Danni foi Campeão da Copa Roca de 1963, e fez parte da mesma Seleção que excursionou por diversos países da Europa, entre os quais:
Portugal, Egito, França, Itália, Bélgica, Holanda e Alemanha. Além dos craques que aparecem na foto, Cláudio teve entre seus companheiros de Seleção: Jorge Lobo Zagallo, Gerson "o Papagaio? e Coutinho, então reservas.

NO SPORT CLUB INTERNACIONAL
Enquanto jogou pelo Internacional, de Porto Alegre (1961 / 1962), que o revelou para o futebol brasileiro, então ainda no antigo Estádio dos Eucaliptos, Cláudio Danni jogou ao lado de craques, como: Larry Pinto de Farias, Sérgio Lopes, Gainete, entre outros.
Foram seus técnicos: Abílio dos Reis (nos tempos de juvenis), Francisco Duarte Júnior (o Teté, que conquistou o II Campeonato Pan-Americano, em 1956, com a Seleção Gaúcha representando o Brasil); capitão Cunha; capitão Fronner; professor Pedro Ário Figueiró ou Pedrinho II; capitão Brunelli e Sérgio Moacir Torres Nunes, que foi goleiro do Grêmio e da Seleção Brasileira, formada só por jogadores gaúchos, que conquistou o Panamericano de 1956, no México.
No Corinthians (1963/1966) foram seus treinadores: Rato, Deldébio, Roberto Belangiero, Paulo Amaral e Cláudio Brandão. No Cruzeiro, de Minas, (66/67) o técnico foi Airton Moreira.


HISTÓRIAS DE BASTIDOR
Uma das histórias que me foi contada por Cláudio Danni, em 2003, foi quando na excursão à Europa a Seleção havia levado um único goleiro e que se machucara. A preocupação dos dirigentes era mandar buscar no Brasil um goleiro substituto diante da quase impossibilidade de condições de jogo do titular. No treino Cláudio DAnni vestiu a camisa de goleiro e se saiu muito bem. Paulo Nascimento, que o vira treinar, perguntou: "Se for preciso tu topa jogar de goleiro??. Com a afirmativa de Cláudio, não chamaram o substituto e nem Cláudio precisou jogar como goleiro porque o titular havia se recuperado a tempo de jogar, mas Cláudio continuou na quarta-zaga. Porém, na súmula seu nome constava também como goleiro substituto.


Seu último Gre-Nal como aspirante - e que eu assisti - Cláudio Danni entrou em campo e jogou toda a partida de cabeça enfaixada. A certa altura do jogo Cláudio driblou os adversários da grande área do seu Internacional até à entrada da área do Grêmio, e aí lançou o centroavante Poeira que foi derrubado por Renato. O juiz marcou pênalti. Final, Inter 1 x 0, resultado que deu o título estadual ao clube Colorado.
Xico Júnior
por Gustavo Grohmann

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